Monitor Mercantil online, 01/10/2010
                                                  De acordo com pesquisa do Instituto de Estudos e Pesquisa em  Comunicação (Epcom), o Brasil vive um momento de "caos regulatório",  causado principalmente pela concentração do controle dos meios de  comunicação, exercido por poucos grupos. Noventa e dois por cento dos  grupos afiliados das seis maiores redes atuam somente em um estado e  74,7% delas possuem apenas emissoras de rádio e TV. 
A Rede Globo tem o maior número de  empresas afiliadas. Segundo o Epcom, 40,6% de todas rádios, TVs e  jornais do país estão sob o controle "global". 
A televisão no país também é dominada  por essas seis redes, que recebem 80% de toda receita publicitária.  Além de 294 emissoras de TV, o seleto grupo também publica os dez  jornais impressos de maior circulação no país e ainda controla 15 canais  em UHF, 122 emissoras de rádio AM, 184 de FM e 50 jornais. No total,  esse mercado totaliza US$ 3 bilhões, segundo a pesquisa.  
"Na maioria dos estados, as  concessões de radiodifusão estão nas mãos de políticos dos partidos mais  conservadores", relata Berenice Mendes, do Fórum Nacional pela  Democratização da Comunicação. (FNDC). Para ela, isso dá ao cartel da  mídia poder quase absoluto sobre o Congresso.  
Já o engenheiro eletrônico Israel  Fernando de Carvalho Bayma denuncia, em trabalho elaborado para a  bancada do PT na Câmara, que "o compadrio, a patronagem, o clientelismo e  o patrimonialismo ganharam, no Brasil, a companhia dos mais  sofisticados meios de extensão do poder da fala até então inventados  pelo homem: o rádio e a televisão". Para ele, tal fato constitui um dos  traços determinantes do atual poder oligárquico nacional. "É o que se  convencionou chamar de coronelismo eletrônico", resumiu.
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