Governo se curva a previsões dos bancos e estima queda de 0,9% no PIB deste ano
Faturamento caí e desemprego aumenta
Faturamento caí e desemprego aumenta
por Almir Cezar
Ao longo dos últimos meses o ministro da Fazenda Joaquim Levy vinha dizendo que as medidas de corte de gastos e de aumento de tributos adotadas seriam apenas o primeiro passo para reequilibrar a economia. Sempre minimizava o impacto das medidas de ajuste fiscal anunciadas na produção e no consumo em 2015. Contudo, a equipe econômica, agora, estima que a atividade econômica deve encolher 0,9% este ano. É o que consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviado esta semana ao Congresso Nacional, que revê para baixo a previsão do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.
Com um ministro da Fazenda oriundo do sistema financeiro, o governo Dilma alinhou sua previsão com as estimativas dos bancos. Embora os números sejam divulgados pelo Ministério do Planejamento, as estimativas são de autoria da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Para 2016, a proposta da LDO prevê crescimento de 1,3%. Na véspera, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmara que as projeções da equipe econômica haviam incorporado as estimativas do mercado financeiro. Na última edição do Boletim Focus, pesquisa semanal com economistas de mercado divulgada pelo Banco Central, as instituições previam queda de 1,01% do PIB em 2015 e crescimento de 1% em 2016. A última edição do Focus prevê inflação de 8,13% para este ano e de 5,6% para 2016.