por Almir Cezar Filho*
Linha de montagem na Ford (década de 1930) |
Nesse marco, um dos ramos do atual Marxismo europeu, a "Escola da Regulação", afirma que o Capitalismo contemporâneo viveria agora uma fase pós-fordista, toyotista. Magnetizada pelo conceito "fordismo", que utiliza inclusive como categoria classificatória para o estágio moderno do Capitalismo, substitui a periodização e classificação marxista e leninista desse sistema, e o faz, negando as categorias analíticas e as conclusivas do materialismo histórico para entender as crises capitalistas. Contudo, antes de concluir que nível ou etapa histórica que o sistema capitalista se encontra - se Pós-Fordista ou não - devemos analisar se de fato houve o "Fordismo". Mas antes deve-se analisar quem é a Escola da Regulação e o que é regulação econômica para essa escola e o que de fato o é para o Marxismo.
A Escola da Regulação (ER), ou Teoria da Regulação, é uma corrente heterodoxa do pensamento econômico, de origem francesa e de matiz marxiano, tendo como ponto de partida o conceito de "regulação econômica". A Regulação Econômica é a área da Economia que estuda o funcionamento do sistema econômico através da regularidade de preços e de quantidades produzidas, ofertadas e demandadas através da interação econômica entre as respectivas partes (ou agentes) do sistema econômico: o Estado, as empresas, os credores, os trabalhadores, os consumidores e os fornecedores. Não deve ser confundida com a regulação estatal, ou mesmo com a regulamentação, onde o Estado através de leis, portarias e intervenções pela política econômica e pelos órgãos públicos, que direta e indiretamente regulamenta e intervém na vida econômica.