E, em apenas 8 meses, governo já torrou R$ 160 bilhões com pagamento de juros 
A dívida líquida do setor público  chegou a R$ 1,549 trilhão em agosto, segundo o Banco Central. Esse  montante equivale a 39,2% de tudo o que o Brasil produz - Produto  Interno Bruto (PIB), embora represente recuo de 0,2 ponto percentual  sobre o mês anterior e de 1 ponto percentual no ano. 
Já a dívida bruta do governo geral  (Tesouro, Previdência, governos estaduais e municipais) chegou a R$  2,216 trilhões, ou 56,1% do PIB, redução de 0,1 ponto sobre julho. As  informações são da Agência Brasil. 
Além disso, de janeiro a agosto, o  desperdício com juros alcançou R$ 160,207 bilhões, ante R$ 125,045  bilhões de igual período do ano passado. 
O superávit primário (desvio de  recurso para gastar com juros do setor público consolidado - governo  federal, estados, municípios e empresas estatais) chegou a R$ 4,561  bilhões em agosto, contra R$ 5,193 bilhões, no mesmo mês de 2010. 
A gastança com juros, em agosto,  porém, foi cerca de quatro meses maior que o superávit: R$ 21,663  bilhões, ante R$ 15,893 bilhões em igual período do ano passado. 
Com isso, o déficit nominal (receitas  menos despesas, incluindo os juros) ficou em R$ 17,101 bilhões, contra  R$ 10,699 bilhões de agosto de 2010. 
Em agosto, o Governo Central teve  superávit primário de R$ 2,031 bilhões. Os governos estaduais  contribuíram para esse aperto fiscal com R$ 2,697 bilhões. Naquele mês,  os governos municipais não contribuíram com o arrocho fiscal. As  empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, desviaram  R$ 166 milhões para o governo torrar com juros. 
Nos oito primeiros meses do ano, o  superávit primário do setor público consolidado já alcançou R$ 96,540  bilhões. Esse número é cerca de R$ 26,5 bilhões superior ao orçamento  anual da Saúde (R$ 70 bilhões). O arrocho fiscal também é maior do que o  do mesmo período de 2010, de R$ 48,781 bilhões.
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