sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Produção industrial cai em 9 das 14 regiões pesquisadas em agosto

Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional - Fonte IBGE

Base: Agosto de 2010

Produção industrial cai em 9 das 14 regiões pesquisadas em agosto

Entre julho e agosto deste ano, a produção industrial caiu em nove dos 14 locais pesquisados, já descontadas as influências sazonais. Paraná, com queda de 7,2%, assinalou o recuo mais acentuado, influenciado principalmente pela paralisação técnica ocorrida no setor de refino de petróleo e produção de álcool. Com redução acima da média nacional (-0,1%), ficaram: Goiás (-4,8%), Rio Grande do Sul (-4,3%), Pernambuco (-4,0%), Amazonas (-3,0%), região Nordeste (-1,9%), Bahia (-1,7%) e Espírito Santo (-1,1%). Minas Gerais (-0,1%) mostrou resultado igual ao total da indústria do país. Pará (2,4%), Rio de Janeiro (1,6%), São Paulo (1,3%), Ceará (0,8%) e Santa Catarina (0,1%) registraram aumento na produção.

Na comparação com igual mês do ano anterior, os resultados foram positivos nas 14 regiões pesquisadas. Vale destacar que agosto de 2010 teve 22 dias úteis, um a mais que em agosto 2009. Os avanços mais intensos que a média nacional (8,9%) foram observados no Ceará (17,4%), Espírito Santo (15,0%), Pará (11,2%), Minas Gerais (10,9%), Rio de Janeiro (9,6%), São Paulo (9,4%), Paraná (9,1%) e Amazonas (9,0%). As demais taxas positivas ficaram com região Nordeste (8,0%), Rio Grande do Sul (5,4%), Pernambuco (5,1%), Goiás (4,6%), Bahia (4,4%) e Santa Catarina (3,8%).

O indicador acumulado janeiro-agosto também mostrou perfil generalizado de crescimento frente ao mesmo período de 2009, com todos os locais apontando expansão na produção. Com ritmo mais acentuado que a média nacional (14,1%) situaram-se: Espírito Santo (31,7%), Amazonas (23,8%), Minas Gerais (19,2%), Paraná (17,9%), Goiás (16,8%), Ceará (16,6%) e Pernambuco (15,6%). São Paulo, parque industrial mais diversificado do país e de maior peso na estrutura da indústria, cresceu 13,5%. Observa-se nesses destaques uma forte presença da indústria automobilística (automóveis, caminhões e autopeças), de setores produtores de eletroeletrônicos (eletrodomésticos das linhas branca e marrom) e de máquinas e equipamentos, além das atividades associadas às commodities exportadas (minérios de ferro e siderurgia). Os demais resultados foram: região Nordeste (13,3%), Bahia (12,4%), Rio de Janeiro (10,2%), Rio Grande do Sul (10,1%), Santa Catarina (9,4%) e Pará (8,5%).


Na evolução dos índices quadrimestrais, o setor industrial avançou 10,8% no período maio-agosto, ritmo menos intenso que os 18,0% registrados nos quatro primeiros meses do ano, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Isso reflete não só o comportamento mais moderado da atividade industrial nos últimos meses, mas também a elevação da base de comparação. Nos índices regionais, esse movimento foi observado em 12 dos 14 locais investigados, com destaque para as reduções no ritmo de crescimento de Goiás, que passou de 26,6% nos quatro primeiros meses do ano para 9,0% no segundo quadrimestre, Amazonas (de 32,7% para 16,1%), Espírito Santo (de 40,3% para 24,6%) e Minas Gerais (de 25,2% para 14,2%). Os dois únicos locais que apontaram ganho de dinamismo entre esse dois períodos foram Ceará (de 15,3% para 17,8%) e Paraná (de 11,6% para 23,9%).






Ricardo Bergamini

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