CSP Conlutas: 'no 2o turno da eleição: nem Dilma, nem Serra, unidade de ação contra os ataques que virão'
CSP-Conlutas aprova posição sobre segundo turno e chamado à unidade de ação contra os ataques que virão
ANDRÉ FREIRE,
Opinião Socialista online
• No final de semana de 15 a 17 de outubro foi realizada a reunião da Coordenação Nacional da CSP Conlutas (Central Sindical e Popular), em Sarzedo (MG). Participaram representantes de 48 entidades sindicais, 12 oposições, 3 minorias de diretoria, 7 movimentos populares e 3 entidades estudantis. No total, foram credenciados 129 representantes com direito a voto e 58 observadores.
No primeiro dia da reunião foi realizada uma mesa de discussão sobre a situação internacional com a presença do professor da Unicamp, Álvaro Bianchi, e de Dirceu Travesso, dirigente da CSP Conlutas, que esteve no mês passado participando das atividades das greves gerais na França e Espanha.
No mesmo dia, à tarde, foi também realizada uma discussão sobre a situação nacional e as tarefas da central no próximo período. Em ambas as discussões, foram apontadas a necessidade de atividades de solidariedade às lutas dos trabalhadores europeus e a preparação de suas entidades e movimentos filiados, assim como sua base social, para o processo de ataques aos direitos dos trabalhadores e do conjunto dos explorados e oprimidos, seja qual for o novo presidente.
A CSP Conlutas aprovou uma resolução política sobre a conjuntura e as atividades, que tem como principal objetivo um amplo chamado à unidade de ação com todos os setores e entidades que estejam dispostos a reagir aos ataques que virão após as eleições. Especialmente a já anunciada reforma da Previdência, que novamente vai querer aumentar o tempo de trabalho para se aposentar.
O objetivo da central é organizar ainda para novembro deste ano uma reunião que dê os primeiros passos conjuntos entre todos estes setores para a construção de um plano de ação para o ano de 2011. Neste ponto, também foi discutida a necessidade do posicionamento da CSP Conlutas sobre o segundo turno das eleições presidenciais.
É parte importante deste calendário de lutas o ato em defesa do Andes (o sindicato dos docentes do ensino superior) que será realizado já no próximo dia 21 de outubro, no Ministério do Trabalho (em Brasília). Este importante sindicato nacional filiado à CSP Conlutas segue sofrendo ataques contra o seu registro e organização sindical.
Consta também com destaque no calendário de ação da central o dia 20 de novembro - Dia da Consciência Negra; o dia 22 de novembro - cem anos da Revolta da Chibata; e o dia 25 de novembro - Dia de Luta contra a Violência à Mulher. A central também fará uma pequena campanha nestas duas semanas que ainda faltam para o segundo turno contra a campanha reacionária que busca criminalizar ainda mais o aborto e a união civil entre casais do mesmo sexo.
Reorganização
Na sábado, foram realizados dois pontos muito importantes para a central. O primeiro, sobre a organização da CSP Conlutas e, o segundo, sobre o processo de reorganização depois da ruptura do Conclat.
No primeiro ponto, ficou definido que até o final do ano será considerada tarefa prioritária da central a sua organização e fortalecimento, com a realização das plenárias e coordenações nos estados e regiões para a eleição das Secretarias Executivas Estaduais. Outra tarefa importante será a retomada com mais ênfase do processo de legalização da entidade junto ao MTE.
No ponto sobre a reorganização, a Secretaria Executiva Nacional apresentou uma resolução comum que apontava para que as ações da central fossem prioritariamente em três sentidos: o primeiro, com o objetivo de fortalecer e organizar a CSP Conlutas; o segundo, a nossa central deve buscar construir um amplo movimento de unidade de ação com todas as entidades e movimentos que queiram resistir aos ataques que virão; e o terceiro, mas não menos importante, que a Secretaria Executiva Nacional siga realizando esforços com o objetivo de construir a possibilidade de uma reunificação orgânica com os setores que infelizmente romperam o Conclat, mas que também apontam a necessidade de retomarmos a discussão sobre a unificação.
Outro ponto alto da reunião foi à realização das reuniões setoriais, como o de educação básica, funcionalismo público federal, mulheres, negros, entre outras.
O domingo, último dia da reunião, foi dedicado à votação das resoluções. As principais resoluções foram aprovadas por ampla maioria dos votos. Como a resolução sobre o segundo turno, onde a Central chama os trabalhadores a não apoiarem nem Dilma e nem Serra, a resolução sobre conjuntura e atividades, as duas aprovadas apenas com uma abstenção. E, a resolução sobre reorganização, que foi aprovada por unanimidade.
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