A grande mídia aponta na campanha feita pela Marina Silva, candidata do Partido Verde que obteve a terceira colocação no primeiro turno das eleições presidenciais, o papel de atrair os votos dos avessos à política. Na verdade, o eleitorado foi induzido a identificá-la como alternativa ao bipartidarismo, contudo, no programa de Economia, os três candidatos mais votados desfrutem a mesma visão.
É importante lembrar primeiramente que, embora expressiva, a votação de Marina Silva, de19.632.138 de votos, é 4.948.824 inferior aos 24.580.962 de brasileiros que se abstiveram de votar, domingo. Ou seja, a “onda branca” superou a “onda verde”.
Muito além de uma simplista “onda verde”, a definição, em cima da hora, de parte do eleitorado pela candidata Marina Silva comprova que o Brasil não cabe no modelito PSDB x PT que a maior parte da mídia se esforça em empurrar há pelo menos 16 anos aos brasileiros. Cientistas políticos concordam que a votação da candidata do PV, Marina Silva, demonstra que uma significativa parcela da sociedade não se sente representada pelos partidos políticos tradicionais e tentou buscar uma alternativa. Sem conhecer direito a candidata verde, os eleitores, sistematimaticamente desinformados na existência de outros candidatos (como Zé Maria do PSTU), compraram a imagem favorável de Marina na mídia, na esperança de ter uma opção ao virtual bipartidarismo.
As candidaturas do PSTU, PCB e PCO eram chamadas de candidaturas de partidos nanicos e eram desrespeitadas em programas de entrevista e humorísticos, como o fez arrogantemente e ao vivo um jornalista do telejornal local da Rede Globo com o candidato a governador do RJ pelo PSTU Cyro Garcia e o CQC com todos os candidatos de esquerda.
O irônico é que, na questão mais decisiva de um governo, a Economia, os três candidatos mais votados desfrutem a mesma visão, ainda que com nuanças diferentes, e sem explicitá-la ao eleitorado.As candidaturas do PSTU, PCB e PCO eram chamadas de candidaturas de partidos nanicos e eram desrespeitadas em programas de entrevista e humorísticos, como o fez arrogantemente e ao vivo um jornalista do telejornal local da Rede Globo com o candidato a governador do RJ pelo PSTU Cyro Garcia e o CQC com todos os candidatos de esquerda.
Mas, muitos dos eleitores no neoverdes desconheceram que na coordenação de programa Marina Silva reunia uma equipe ainda mais neoliberal que a de Serra. Estavam lá, entre outros, Armínio Fraga e Eduardo Gianetti. Certeza de juros altos e retirada de direitos da Previdência, se Marina fosse eleita.
Por exemplo, Marina Silva (PV) ficou devendo explicação fundamental ao eleitorado durante os debates: o que entende por "simplificação das contratações" dos trabalhadores? Como não existe qualquer burocracia na assinatura da carteira de trabalho, estaria Marina defendendo a simplificação das demissões? Como não explicitou, ficou no ar a indireta de Dilma: "No meu governo, não vamos reduzir direitos trabalhistas"(por sua vez, será que essa promessa será cumprida?).
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