A greve nacional dos bancários, iniciada na manhã desta quarta-feira, fechou 3.864 agências em todo o país, segundo balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) divulgado no início da noite. O movimento atinge 26 estados e o Distrito Federal e não tem prazo para acabar.
Segundo o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, em nota divulgada pela entidade sindical, a grande adesão à paralisação reflete o descontentamento da categoria com as instituições financeiras. "Essa grande participação na greve mostra a indignação dos trabalhadores com os bancos. Apesar de apresentarem crescimento médio de 32% no lucro líquido do primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado, os bancos só ofereceram o índice de inflação de 4,29%, ou seja, zero de aumento real".
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) informou, também em nota, que irá adotar "as medidas legais cabíveis e necessárias para garantir o acesso e o atendimento da população nas agências". A entidade, contudo, já admite discutir reajuste real dos salários e demais benefícios da convenção coletiva, inclusive a participação nos lucros e resultados.Monitor Mercantil online, 01/10/2010
No terceiro dia da greve nacional, os bancários conseguiram fechar 6.215 das 19,8 mil agências de todo o país nesta sexta-feira, de acordo com balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Houve, portanto, um aumento significativo do movimento em relação à véspera, quando 4.895 agências não abriram as portas.
A tendência, de acordo com o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, é que a mobilização cresça ainda mais na próxima semana. Segundo ele, o movimento iniciado nas grandes cidades, na última quarta-feira, já se propaga também por cidades de porte médio. "O fortalecimento da greve é uma sonora resposta dos bancários ao silêncio dos bancos", disse o sindicalista.
Coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Cordeiro disse que os trabalhadores "estão revoltados com o desrespeito" da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que, diante da reivindicação de reajuste de 11%, ofereceram apenas os 4,29% da inflação dos últimos 12 meses, sem nenhuma sinalização sobre outros benefícios.
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