segunda-feira, 18 de março de 2019

DÍVIDA | Rombo das contas não vem da Previdência, mas da Dívida. Parte não é excesso de despesas, mas vem do BC.

Almir Cezar Filho, da Agência ANOTA 

 A proposta de reforma da previdência social é o principal tema do noticiário nacional. Alega-se para a reforma um rombo das contas públicas, causada por um déficit da Previdência. Contudo, a principal despesa é o pagamento da dívida pública. Parte desta nem mesmo é gerada no excesso de despesas, mas vem de operações financeiras regulares do Banco Central.

Reformar a previdência social é uma proposta que vem recorrentemente circulando nos meios políticos, mercado financeiro e na grande imprensa já a muitos anos. As sucessivas reformas feitas pelo governo FHC, Lula e Dilma não teriam sido suficientes para esses círculos. A justificativa seria conter um suposto déficit da Previdência, que contaminaria as contas públicas, prejudicando o orçamento.

Auditores-fiscais, pesquisadores e uma Comissão Parlamentar de inquérito (CPI) demonstraram que as receitas da Seguridade Social são mais que suficientes para as suas despesas, inclusive aposentadorias e pensões.  A exceção da previdência dos servidores militares, da magistratura e dos cargos políticos eletivos. Muitas das receitas da Seguridade Social são desviadas por meio da chamada Desvinculação das Receitas da União (DRU) para cobrir o déficit público gerado em outras áreas.

quarta-feira, 6 de março de 2019

Pela proposta de Reforma de Bolsonaro-Guedes modelo chileno pode vir a qualquer momento.

PREVIDÊNCIA |  Capitalização paga pouco a aposentados e custará caro ao país

A proposta de reforma da Previdência entregue pelo presidente Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes ao Congresso Nacional institui o sistema de capitalização, acabando com o regime solidário que vigora atualmente no Brasil e em quase todo os países. O modelo foi adotado pelo Chile na ditadura Pinochet, há 40 anos. Hoje, mais da metade dos aposentados chilenos recebem menos de 40% do salário mínimo.

A reforma acabará com a vinculação da aposentadoria com o salário mínimo aqui, o que pode fazer com que idosos recebam, por exemplo, um benefício de apenas R$ 400.

No meio do texto do Projeto de Emenda a Constituição (PEC) há ainda a desconstitucionalização da Previdência. No futuro, por uma mera lei complementar, todas as regras vão poder ser revistas. Será possível alterar todas as regras por mero quórum de maioria absoluta, ao contrário de agora que é por meio de PEC com votação qualificada.

Reforma retira R$1 tri dos trabalhadores.

PREVIDÊNCIA |  Recessiva, inviabilizará as aposentadorias no futuro e forçará novas mudanças mais extremas

A proposta da Reforma da Previdência Social do presidente Jair Bolsonaro e do seu ministro da Economia Paulo Guedes retira R$ 715 bi dos trabalhadores do setor privado e R$ 173,5 bi dos servidores; militares ficam de fora.

O mercado financeiro comemora a proposta. São beneficiário das mudanças. Com a migração dos trabalhadores de classe média para os fundos de aposentadoria privados e pelo aumento da folga no orçamento público para ampliar os pagamentos dos juros dos títulos da dívida em mãos dos bancos.Só para lembrar: em um ano, só de juros, sem contar a rolagem, o governo torra coisa de R$ 400 bilhões.

Previdência Social inviabilizada - Essa transfusão de recursos dos trabalhadores para os banqueiros e rentistas traz dois efeito danoso: acarretará redução de consumo, o que afetará o crescimento do país. Como a Economia de verdade explica, o empresário não contrata porque a mão de obra é barata, mas quando há demanda. Se você contrai a renda, não é preciso ser especialista para entender que vai diminuir o consumo. Menos consumo, menos contratações e menores salários. Portanto, a Reforma é recessiva.

Esse efeito colateral pode inclusive levar a outro ainda mais grave problema: a inviabilização no médio a longo prazo do próprio financiamento do sistema de previdência social reformada. Recessiva retroalimentará a queda na quantidade de trabalhadores contribuintes. No futuro haverá assim uma pressão por uma nova rodada de reformas que retira direitos.

Projeto permite que piore mais a frente - A PEC apresentada ppr Bolsonaro-Guede traz ainda a desconstitucionalização da Previdência, ou seja, no futuro, por uma mera lei complementar, todas as regras vão poder ser revistas. No futuro, será possível alterar todas as regras por mero quórum de maioria absoluta no Congresso Nacional, ao contrário de agora que precisa ser por meio de emenda constitucional. Isso é insegurança jurídica. Tudo que está sendo anunciado é provisório. A proposta dita como solução definitiva, não o é.

Por Agência de Notícias Alternativas - ANotA.

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terça-feira, 5 de março de 2019

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