quarta-feira, 6 de março de 2019

Reforma retira R$1 tri dos trabalhadores.

PREVIDÊNCIA |  Recessiva, inviabilizará as aposentadorias no futuro e forçará novas mudanças mais extremas

A proposta da Reforma da Previdência Social do presidente Jair Bolsonaro e do seu ministro da Economia Paulo Guedes retira R$ 715 bi dos trabalhadores do setor privado e R$ 173,5 bi dos servidores; militares ficam de fora.

O mercado financeiro comemora a proposta. São beneficiário das mudanças. Com a migração dos trabalhadores de classe média para os fundos de aposentadoria privados e pelo aumento da folga no orçamento público para ampliar os pagamentos dos juros dos títulos da dívida em mãos dos bancos.Só para lembrar: em um ano, só de juros, sem contar a rolagem, o governo torra coisa de R$ 400 bilhões.

Previdência Social inviabilizada - Essa transfusão de recursos dos trabalhadores para os banqueiros e rentistas traz dois efeito danoso: acarretará redução de consumo, o que afetará o crescimento do país. Como a Economia de verdade explica, o empresário não contrata porque a mão de obra é barata, mas quando há demanda. Se você contrai a renda, não é preciso ser especialista para entender que vai diminuir o consumo. Menos consumo, menos contratações e menores salários. Portanto, a Reforma é recessiva.

Esse efeito colateral pode inclusive levar a outro ainda mais grave problema: a inviabilização no médio a longo prazo do próprio financiamento do sistema de previdência social reformada. Recessiva retroalimentará a queda na quantidade de trabalhadores contribuintes. No futuro haverá assim uma pressão por uma nova rodada de reformas que retira direitos.

Projeto permite que piore mais a frente - A PEC apresentada ppr Bolsonaro-Guede traz ainda a desconstitucionalização da Previdência, ou seja, no futuro, por uma mera lei complementar, todas as regras vão poder ser revistas. No futuro, será possível alterar todas as regras por mero quórum de maioria absoluta no Congresso Nacional, ao contrário de agora que precisa ser por meio de emenda constitucional. Isso é insegurança jurídica. Tudo que está sendo anunciado é provisório. A proposta dita como solução definitiva, não o é.

Por Agência de Notícias Alternativas - ANotA.

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