Apesar da crise cambial, BC e Fazenda seguem em campos opostos
Enquanto Ministério da Fazenda tenta controlar a alta do dólar, o Banco Central age no sentido contrário, poderá contribuir ainda mais para sua alta, por meio da elevação da taxa Selic, nesta quarta-feira.
Na contramão da maioria dos analistas, que espera manutenção da taxa básica de juros (Selic), na reunião do Copom que termina nesta quarta-feira, o professor de economia da Escola de Economia e de Administração da FGV-SP Samy Dana prevê que os juros subirão 0,25 ponto percentual, ou até 0,5 ponto. O motivo seria a alta na projeção de inflação (de 5,15% para 5,20%) feita pelo mercado financeiro - o mesmo que se beneficiaria de um aumento na Selic.
Se realmente ocorrer, a elevação mostraria, mais uma vez, o governo Lula dividido: enquanto o Ministério da Fazenda luta para reduzir a valorização do real, o Banco Central trabalha no sentido oposto, aumentando o diferencial entre os juros internos e externos e tornando sem efeito o aumento de impostos determinado pelo ministro Guido Mantega.
fonte: Monitor Mercantil
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