Os juros cobrado ao consumidor no momento que constituí um custo nas mercadorias compradas, elevando-as, transforma-se em uma inflação oculta, não medida pelos índices de oficiais de inflação, e com taxas muito maior.
Inflação oculta
Marcos Oliveira e Sergio Souto - FATOS & COMENTÁRIOS - 29/03/2012
Marcos Oliveira e Sergio Souto - FATOS & COMENTÁRIOS - 29/03/2012
Os cálculos e especulações do mercado financeiro sobre a inflação no país têm um vício de origem. Todos eles consideram apenas o IPCA, ignorando a inflação financeira, que, com juros de até três dígitos, esfolam os brasileiros que não pagam suas contas à vista. E, no entanto, segundo o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior, 30% dos brasileiros refinanciam suas dívidas via rotativo do cartão de crédito. Como, em março, segundo pesquisa do Procon-SP, os juros por essa modalidade de crédito alcançaram inacreditáveis 198,4% ao ano, para pelo menos 30% dos nacionais a inflação para produtos comprados no cartão foi 44 vezes maior do que a meta de 4,5%.
Padrão Maílson
Embora inflação seja um cálculo que envolve média ponderada, a mistura do hábito nacional de parcelar o pagamento das compras e do comércio de embutir juros nas vendas a prazo faz com que, embora o IPCA gire por volta de 5% ao ano, num grande número de produtos e serviços ela se localiza na casa dos dois dígitos. Ou seja, a inflação financeira continua nos mesmos patamares da produzida pelo ex-ministro Maílson da Nóbrega, o Senhor Inflação, que à frente da Fazenda no Governo Sarney, escalou uma inflação de 15% em novembro de 1989 para 84% em março de 1990.
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