Monitor Mercantil, 13/04/2012
Aperto para 2013 é R$ 50 bi maior que a soma do orçamento de Saúde e Educação
Miriam: possibilidade de ‘salvar’ R$ 45 bi do aperto
Apesar de a economia continuar a patinar, a presidente Dilma Rousseff ainda resiste a reduzir o desvio de recursos da economia para gastar com juros (superávit primário) para 2013, definido em R$ 155,9 bilhões. O montante, que equivale a 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado para o ano que vem, é R$ 50,4 bilhões maior que a soma do orçamento da Saúde (R$ 72,110 bilhões) e da Educação (R$ 33,361 de bilhões) para 2012, após o corte de R$ 55 bilhões imposto ao Orçamento.
Para este ano, a previsão é desviar R$ 140 bilhões - quase duas vezes o orçamento da Educação - para a gastança com juros. Os dados fazem parte do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o 2013, encaminhado ao Congresso Nacional.
O governo central (União, Banco Central e Previdência Social) vai arcar como responsável por 2,15% (R$ 108,1 bilhões) do total do dinheiro que será esterilizado em juros. Já os estados e municípios responderão por 0,95% (R$ 47,8 bilhões) da sangria.
A meta do governo é que o percentual da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto fique em 27,4% em 2015, ante 36,41% de 2011.
Segundo o Planejamento, a insistência na trava na economia confirma "o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal". A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ressalvou, porém, existir a possibilidade de abater os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da meta de superávit em até R$ 45,2 bilhões, que equivalem a 0,9% do PIB.
"Nosso objetivo é perseguir a meta cheia (do superávit primário), como temos feito todos os anos. Isso é uma precaução que temos para que, se houver algum problema, tenhamos condição de preservar os investimentos, que é nossa prioridade", afirmou Miriam.
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