O setor industrial brasileiro tem pior março em 6 anos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduz projeção de crescimento do setor industrial para 2%. Indústria de São Paulo corta 4,5 mil vagas e tem pior resultado para março desde 2006. Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) emprego na indústria cai em 8 dos 14 locais pesquisados em fevereiro. Em
março, 4,5 mil pessoas foram demitidas nos setores investigados;
segundo Fiesp, tendência é que índice encerre ano com resultado negativo. Com juro alto e real forte setor não decola, não adiantando incentivos fiscais do governo.
Monitor Mercantil, 12/04/2012
ECONOMISTA LEMBRA QUE ATÉ EUA REVITALIZAM MANUFATURA E DIZ QUE COM JURO ALTO E REAL FORTE SETOR NÃO DECOLA
Em março foram fechadas 4,5 mil vagas
na indústria paulista, queda de 2,1% sobre o mesmo mês de 2011. Foi o
pior resultado desde 2006. Em relação a fevereiro, o desemprego cresceu
0,18%.
E, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a tendência é 2011 fechar com resultado negativo.
"Está cada vez mais evidente que é
uma enorme bobagem dizer que a perda de participação da indústria é algo
natural. Competitividade, produtividade, carga tributária tudo não
passa de retórica. O problema está no câmbio valorizado e nos juros
altos", analisa o economista Claudio Salm, da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), acrescentando que os entraves macroeconômicos
estão "ameaçando o futuro do país".
Observando que "até os Estados Unidos
estão revitalizando sua indústria manufatureira", Salm defende que o
país utilize todas as ferramentas possíveis para equilibrar o câmbio,
inclusive baixar a taxa de juros mais aceleradamente e adotar controles
sobre os fluxos de capitais.
"Os economistas ortodoxos acham que é artificialismo influir no mercado de câmbio e juros. Isto é outra bobagem", classifica.
Segundo a Fiesp, o setor de açúcar e
álcool foi uma das exceções à queda verificada no emprego industrial,
pois ampliou o número de vagas em 0,17%. Nos demais segmentos, o número
de empregos encolheu 0,35%.
O setor que mais demitiu, mês
passado, foi o de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos),
que demitiu 2.463 empregados.
Em seguida, aparece o setor de
produtos alimentícios, com redução de 1.536 vagas. Já o segmento de
preparação de couro e fabricação de artefatos de couro, artigos para
viagem e calçados criou 1.744 empregos
Agência Brasil, 12/04/2012
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu de 2,3% para
2% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) industrial
do país em 2012. Segundo o Informe Conjuntural, divulgado hoje, a
economia brasileira "iniciou o ano sem qualquer sinal de recuperação da
estagnação do segundo semestre de 2011". Em 2011, o PIB industrial
cresceu 1,6%.
Segundo o comunicado, os primeiros
números de 2012 apontam para a continuação de um crescimento econômico
"baixo e desbalanceado, com avanço do setor de serviços e indústria
fraca". O documento destaca ainda que o aumento do consumo interno
mantém o setor de serviços em crescimento, mas não significa o bom
desempenho do setor industrial.
Para a entidade, o pacote de
estímulos adicionais à economia industrial, lançado semana passada pelo
governo federal, atende "em parte"os problemas do setor. "São medidas
emergenciais e necessárias para enfrentar o ambiente hostil produzido
pela crise mundial, mas precisam estar em sintonia com uma estratégia de
longo prazo", diz a pesquisa.
Em relação ao crescimento do PIB do
país, a entidade manteve a estimativa de 3% de crescimento para o ano. A
projeção é mais pessimista que as do Ministério da Fazenda (4,5%) e do
Banco Central (3,5%).
Por outro lado, a entidade está
otimista em relação à taxa de desemprego. A estimativa caiu de 5,8% para
5,5%. "Mesmo com a continuidade da fraca atividade econômica, o emprego
voltou a crescer em ritmo um pouco maior", diz o documento.
Segundo a CNI, "o problema da
indústria não é de caráter conjuntural. Tem características estruturais
que refletem tanto as alterações na ordem econômica mundial (…), como as
dificuldades da economia brasileira em elevar sua competitividade",
informou.
Monitor Mercantil,12/04/2012 - Com informações da Agência Brasil
O nível de emprego em São Paulo caiu 2,1% no mês de março,
comparado ao mesmo período do ano passado. O número faz parte da
Pesquisa Mensal de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, divulgada
hoje pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Em março, 4,5 mil pessoas foram
demitidas nos setores investigados. O número é o pior para o mês desde
2006. Segundo a Fiesp, a tendência é que o índice encerre o ano com um
resultado negativo.
O setor que mais demitiu, no mês
passado, foi o de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos,
totalizando 2.463 vagas a menos. Em seguida, aparece o setor de produtos
alimentícios, com redução de 1.536 vagas. Por outro lado, o setor de
preparação de couro e fabricação de artefatos de couro, artigos para
viagem e calçados gerou 1.744 empregos. As cidades paulistas com maior
número de oferta de vagas foram Jaú, Franca e Araçatuba.
IBGE: emprego na indústria cai em 8 dos 14 locais pesquisados em fevereiro
O emprego na indústria brasileira
diminuiu em oito dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em fevereiro deste ano na comparação com o
mesmo período do ano passado. De acordo com dados da Pesquisa
Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada hoje, o
principal impacto negativo partiu de São Paulo, onde o emprego
industrial caiu 2,9% no período.
Nesse local, as demissões superaram
as contratações em 15 dos 18 setores investigados, especialmente nas
indústrias de produtos de metal (-11,9%), metalurgia básica (-16,8%),
máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,5%).
O levantamento ainda que houve
diminuição no pessoal ocupado nas indústrias da Região Nordeste (-1,4%),
influenciada pela queda nos setores de calçados e couro (-6,7%),
vestuário (-8,2%) e têxtil (-9,2%); de Santa Catarina (-1,3%), em função
das perdas nos setores de madeira (-17,2%), vestuário (-4%) e têxtil
(-5%); e do Ceará (-3,6%), pressionada por calçados de couro (-5%),
vestuário (-4,9%) e têxtil (-9%).
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