terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Merkel vê crise longa, mas pede mais aperto

Primeira-ministra da Alemanha apesar de ver crise longa, pede mais aperto e recusa apoio à compra de papéis pelo BCE e quer enquadrar "infiéis" 


Merkel vê crise longa, mas pede mais aperto
Monitor Mercantil, 02/12/2011


Embora tenha admitido que a crise no continente deve "demorar anos" para ser debelada, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, reiterou sua oposição à proposta de o Banco Central Europeu (BCE) emitir títulos em nome dos países da Zona do Euro. Em lugar disso, Merkel defendeu a institucionalização da política de ajuste fiscal que arrastou o continente para a estagnação.
 
Ao participar de sessão no Parlamento, a chanceler alemã limitou-se a dizer ser necessário definir um freio da dívida e lançar as bases para a unidade fiscal na área do euro. 


Segundo Merkel, a crise representaria "uma oportunidade para fortalecer a União Monetária Européia". Mas, sem apresentar alternativas que envolvam os bancos cuja salvação levou os países da região à crise, ela defendeu uma "nova união fiscal", com "mais disciplina" no uso de recursos do Orçamento. Ou seja, punições para os países que não impuserem a retirada de direitos sociais a seus povos. 

Merkel se reúne, na próxima segunda-feira, com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, quando pretendem apresentar propostas para tentar enquadrar os demais países, dentro de uma perspectiva de reestruturação da União Européia (UE). 

Na versão da chanceler, uma nova ordem na regulamentação definirá mudanças nas instituições de supervisão e nos mecanismos para fazer cumprir as disposições. Os dois países querem impor duras punições aos membros que não se submeterem às exigências. 

Em mais baque para o bloco, a China advertiu que a Europa não deve esperar que o país use parte significativa de suas reservas internacionais, de US$ 3,2 trilhões, para salvar nações altamente endividadas. A informação foi divulgada pela vice-ministra das Relações Exteriores da China, Fu Ying. 

Segundo a Agência Reuters, ela disse que essa expectativa não é válida. E que os europeus podem ter entendido mal como a China administra suas reservas.

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