“There is a big
difference between suspecting the existence of a fact
and in empirically demonstrating it”[2]
Todos temos
acompanhado, décadas a fio, as notícias sobre grandes empresas comprando-se
umas as outras, formando grupos cada vez maiores, em princípio para se tornarem
mais competitivas no ambiente cada vez mais agressivo do mercado. Mas o
processo, naturalmente, tem limites. Em geral, nas principais cadeias produtivas,
a corrida termina quando sobram poucas empresas, que em vez de guerrear,
descobrem que é mais conveniente se articularem e trabalharem juntas, para o
bem delas e dos seus acionistas. Não necessariamente, como é óbvio, para o bem
da sociedade.
Controlar de
forma organizada uma cadeia produtiva gera naturalmente um grande poder
econômico, político e cultural. Econômico através do imenso fluxo de recursos –
maior do que o PIB de numerosos países – político através da apropriação de
grande parte dos aparelhos de Estado, e cultural pelo fato da mídia de massa
mundial criar, através de pesadíssimas campanhas publicitárias – financiadas
pelas empresas, que incluem os custos nos preços de venda – uma cultura de
consumo e dinâmicas comportamentais que lhes interessa, e que gera boa parte do
desastre planetário que enfrentamos.
Uma característica básica do poder corporativo, é o quanto é pouco conhecido. As Nações Unidas tinham um departamento, UNCTC (United Nations Center for Transnational Corporations), que publicava nos anos 1990 um excelente relatório anual sobre as corporações transnacionais. Com a formação da Organização Mundial do Comércio, simplesmente fecharam o UNCTC e descontinuaram as publicações. Assim o que é provavelmente o principal núcleo organizado de poder do planeta deixou simplesmente de ser estudado, a não ser por pesquisas pontuais dispersas pelas instituições acadêmicas, e fragmentadas por países.
O documento
mais significativo que hoje temos sobre as corporações é o excelente
documentário A Corporação (The
Corporation), estudo científico
de primeira linha, que em duas horas e doze capítulos mostra como funcionam,
como se organizam, e que impactos geram. Outro documentário excelente, Trabalho
Interno (Inside Job), que levou o Oscar de 2011, mostra como
funciona o segmento financeiro do poder corporativo, mas limitado
essencialmente a mostrar como se gerou a presente crise financeira. Temos
também o clássico do setor, Quando as Corporações Regem o Mundo (When
Corporations Rule the World) de David Korten. Trabalhos deste tipo nos
permitem entender a lógica, geram a base do conhecimento disponível.
Mas nos faz
imensa falta a pesquisa sistemática sobre como as corporações funcionam, como
se tomam as decisões, quem as toma, com que legitimidade. O fato é que
ignoramos quase tudo do principal vetor de poder mundial que são as corporações.
É natural e saudável que tenhamos todos uma
grande preocupação em não inventarmos conspirações diabólicas, maquinações
maldosas. Mas ao vermos como nos principais setores as atividades se reduziram no
topo a poucas empresas extremamente poderosas, começamos a entender que se
trata sim de poder político. Agindo no espaço planetário, e na ausência de
governo mundial, manejam grande poder sem nenhum controle significativo.
A pesquisa do
ETH (Instituto Federal Suíço de Pesquisa Tecnológica)[3]
vem pela primeira vez nesta escala iluminar a área com dados concretos. A
metodologia é muito interessante. Selecionaram 43 mil corporações no banco de
dados Orbis 2007 de 30 milhões de empresas, e passaram a estudar como se
relacionam: o peso econômico de cada entidade, a sua rede de conexões, os
fluxos financeiros, e em que empresas têm participações que permitem controle
indireto. Em termos estatísticos, resulta um sistema em forma de bow-tie ¸ou “gravata borboleta”, onde
temos um grupo de corporações no “nó”, e ramificações para um lado que apontam
para corporações que o “nó” controla, e ramificações para outro que apontam
para as empresas que têm participações no “nó’.
A inovação, é
que a pesquisa aqui apresentada realizou este trabalho para o conjunto das
principais corporações do planeta, e expandiu a metodologia de forma a ir
traçando o mapa de controles do conjunto, incluindo a escada de poder que às
vezes corporações menores detêm, ao controlarem um pequeno grupo de empresas
que por sua vez controla uma série de outras empresas e assim por diante. O que
temos aqui, é exatamente o que o título da pesquisa apresenta, “a rede do
controle corporativo global”.
Em termos
ideológicos, o estudo está acima de qualquer suspeita. Antes de tudo, é
importante mencionar que o ETH de Zurich faz parte da nata da pesquisa
tecnológica no planeta, em geral colocado em segundo lugar depois do MIT dos
Estados Unidos. Os pesquisadores do ETH detêm 31 prêmios Nobel, a começar por
Albert Einstein. A equipe que trabalhou no artigo entende tudo de mapeamento de
redes e da arquitetura de poder que resulta. Stefano Battiston, um dos autores,
assina pesquisas com J. Stiglitz, ex-economista chefe do Banco Mundial. O presente
artigo, com 10 páginas, é curto para uma pesquisa deste porte, mas é
acompanhado de 26 páginas de metodologia, de maneira a deixar transparentes
todos os procedimentos. E em nenhum momento tiram conclusões políticas apressadas:
limitam-se a expor de maneira muito sistemática o mapa do poder que resulta, e
apontam as implicações.
A pesquisa é de difícil leitura para não
leigos, pela matemática envolvida. Pela importância que representa para a
compreensão de como se organiza o poder corporativo do planeta, resolvemos
expor da maneira mais clara possível os principais aportes, ao mesmo tempo que
disponibilizamos abaixo o link do artigo completo.
O que resulta
da pesquisa é claro: “A estrutura da rede de controle das corporações
transnacionais impacta a competição de mercado mundial e a estabilidade
financeira. Até agora, apenas pequenas amostras nacionais foram estudadas e não
havia metodologia apropriada para avaliar globalmente o controle. Apresentamos
a primeira pesquisa da arquitetura da rede internacional de propriedade, junto
com a computação do controle que possui cada ator global. Descobrimos que as
corporações transnacionais formam uma gigantesca estrutura em forma de gravata
borboleta (bow-tie), e que uma grande
parte do controle flui para um núcleo (core)
pequeno e fortemente articulado de instituições financeiras. Este núcleo pode
ser visto como uma “super-entidade” (super-entity)
o que levanta questões importantes tanto para pesquisadores como para os que traçam
políticas.”(1/36)
Para
demostrar como este travamento acontece, os autores analisam a estrutura
mundial do controle corporativo. O controle é aqui definido como participação
dos atores econômicos nas ações, correspondendo “às oportunidades de ver os
seus interesses predominarem na estratégia de negócios da empresa”. Ao desenhar
o conjunto da teia de participações, chega-se à noção de controle em rede. Esta
noção define o montante total de valor econômico sobre a qual um agente tem
influência.
O modelo
analisa o rendimento operacional e o valor econômico das corporações, detalha
as tomadas mútuas de participação em ações (mutual
cross-shareholdings) identificando as unidades mais fortemente conectadas
dentro da rede. “Este tipo de estruturas, até hoje observado apenas em pequenas
amostras, tem explicações tais como estratégias de proteção contra tomadas de
controle (anti-takeover strategies),
redução de custos de transação, compartilhamento de riscos, aumento de
confiança e de grupos de interesse. Qual que seja a sua origem, no entanto,
fragiliza a competição de mercado... Como resultado, cerca de ¾ da propriedade
das firmas no núcleo ficam nas mãos de firmas do próprio núcleo. Em outras
palavras, trata-se de um grupo fortemente estruturado (tightly-nit) de corporações que cumulativamente detêm a maior parte
das participações umas nas outras”. (5)
Este
mapeamento leva por sua vez à análise da concentração do controle. A primeira
vista, sendo firmas abertas com ações no mercado, imagina-se um grau
relativamente distribuído também do poder de controle. O estudo buscou “quão
concentrado é este controle, e quem são os que detêm maior controle no topo”.
Isto é uma inovação relativamente aos numerosos estudos anteriores que mediram
a concentração de riqueza e de renda. Segundo os autores, não há estimativas
quantitativas anteriores sobre o controle. O cálculo consistiu em identificar
qual a fração de atores no topo que detém mais de 80% do controle de toda a
rede. Os resultados são fortes: “Encontramos que apenas 737 dos principais
atores (top-holders) acumulam 80% do
controle sobre o valor de todas as ETNs... Isto significa que o controle em
rede (network control) é distribuído
de maneira muito mais desigual do que a riqueza. Em particular, os atores no
topo detêm um controle dez vezes maior do que o que poderia se esperar baseado
na sua riqueza.”(6)
Combinando o
poder de controle dos atores no topo (top
ranked actors) com as suas interconexões, “encontramos que, apesar de sua
pequena dimensão, o núcleo detém coletivamente uma ampla fração do controle
total da rede. No detalhe, quase 4/10 do controle sobre o valor econômico das
ETNs do mundo, através de uma teia complicada de relações de propriedade, está
nas mãos de um grupo de 147 ETNs do núcleo, que detém quase pleno controle
sobre si mesmo. Os atores do topo dentro do núcleo podem assim ser considerados
como uma “super-entidade” na rede global das corporações. Um fato adicional
relevante neste ponto é que ¾ do núcleo são intermediários financeiros.”
Exemplo de apenas algumas
conexões financeiras internacionais. Em vermelho, grupos europeus, em azul
norte-americanos, outros países em verde. A dominância dos dois primeiros é
evidente, e muito ligada à crise financeira atual. Somente uma pequena parte
dos links é aqui mostrada. Fonte Vitali, Glattfelder e Fattiston, http://j-node.blogspot.com/2011/10/network-of-global-corporate-control.html
Os números em
si são muito impressionantes, e estão gerando impacto no mundo científico, e
vão repercutir inevitavelmente no mundo político. Os dados não só confirmam
como agravam as afirmações dos movimentos de protesto que se referem ao 1% que
brinca com os recursos dos outros 99% O New Scientist reproduz o comentário de
um dos pesquisadores, Glattfelder, que resume a questão: “Com efeito, menos de
1% das empresas consegue controlar 40% de toda a rede”. E a maioria são
instituições financeiras, entre as quais Barclays Bank, JPMorgan Chase&Co,
Goldman Sachs e semelhantes.[4]
Algumas implicações
são bastante evidentes. Assim, ainda que na avaliação do New Scientist as
empresas se comprem umas as outras por razões de negócios e não para dominar o
mundo, não ver a conexão entre esta concentração de poder econômico e o poder
político constitui evidente prova de miopia. Quando numerosos países, a partir
dos anos Reagan e Thatcher, reduziram os impostos sobre os ricos, lançando as
bases da trágica desigualdade planetária atual, não há dúvidas quanto ao poder
político por trás das iniciativas. A lei recentemente passada nos Estados
Unidos que libera totalmente o financiamento de campanhas eleitorais por
corporações tem implicações igualmente evidentes. O desmantelamento das leis
que obrigavam as instituições financeiras a fornecer informações e que
regulavam as suas atividades passa a ter origens claras.
Outra
conclusão importante refere-se à fragilidade sistêmica que geramos na economia
mundial. Quando há milhões de empresas, há concorrência real, ninguém consegue
“fazer” o mercado, ditar os preços, e muito menos ditar o uso dos recursos
públicos. Esses desequilíbrios se ajustam com inúmeras alterações pontuais,
assegurando uma certa resiliência sistêmica. Com a escalada atual do poder
corporativo, as oscilações adquirem outra dimensão. Por exemplo, com os
derivativos em crise, boa parte dos capitais especulativos se reorientou para
commodities, levando a fortes aumentos de preços, frequentemente atribuídos de
maneira simplista ao aumendo da demanda da China por matérias primas. A
evolução recente dos preços de petróleo, em particular, está diretamente
conectada a estas estruturas de poder.[5]
Os autores
trazem também implicações para o controle dos trustes, já que estas políticas
operam apenas no plano nacional: “Instituições antitruste ao redor do mundo
acompanham de perto estruturas complexas de propriedade dentro das suas
fronteiras nacionais. O fato de series de dados internacionais bem como métodos
de estudo de redes amplas terem se tornado acessíveis apenas recentemente, pode
explicar como esta descoberta não tenha sido notada durante tanto tempo”(7) Em
termos claros, estas corporações atuam no mundo, enquanto as instâncias
reguladoras estão fragmentadas em 194 países, sem contar a colaboração dos
paraisos fiscais.
Outra
implicação é a instabilidade financeira sistêmica gerada. Estamos acostumados a
dizer que os grandes grupos financeiros são demasiado grandes para quebrar. Ao
ver como estão interconectados, a imagem muda, é o sistema que é grande e
poderoso demais para que não sejamos todos obrigados a manter os seus
privilégios. “Trabalhos recentes têm mostrado que quando uma rede financeira é
muito densamente conectada fica sujeita ao risco sistêmico. Com efeito,
enquanto em bons tempos a rede parece robusta, em tempos ruins as empresas
entram em desespero simultaneamente. Esta característica de ‘dois gumes’ foi
constatada durante o recente caos financeiro” (7).
Ponto chave,
os autores apontam para o efeito de poder do sistema financeiro sobre as outras
áreas corporativas. “De acordo com alguns argumentos teóricos, em geral, as
instituições financeiras não investem em participações acionárias para exercer
controle. No entanto, há também evidência empírica do oposto. Os nossos
resultados mostram que, globalmente, os atores do topo estão no mínimo em
posição de exercer considerável controle, seja formalmente (por exemplo votando
em reuniões de acionistas ou de conselhos de administração) ou através de
negociações informais”. (8)
Finalmente,
os autores abordam a questão óbvia do clube dos super-ricos: “Do ponto de vista empírico, uma estrutura em
“gravata borboleta” com um núcleo muito pequeno e influente constitui uma nova
observação no estudo de redes complexas. Supomos que possa estar presente em
outros tipos de redes onde mecanismos de “ricos-ficam-mais-ricos” (rich-get-richer) funcionam... O fato do
núcleo estar tão densamente conectado poderia ser visto como uma generalização
do fenômeno de clube dos ricos (rich-club
phenomenon).” (8) A presença esmagadora dos grupos europeus e americanos
neste universo sem dúvida também ajuda nas articulações e acentua os
desequilíbrios.
Conclusões
gerais a se tirar? Não faltam na internet comentários de que o fato de serem
poucos não significa grande coisa. Na minha análise, é óbvio que se trata sim
de um clube de ricos, e de muito ricos, que se apropriam de recursos produzidos
pela sociedade em proporções inteiramente desproporcionais relativamente ao que
produzem. Trata-se também de pessoas que controlam a aplicação de gigantescos
recursos, muito mais do que a sua capacidade de gestão e de aplicação racional.
Um efeito mais amplo é a tendência de uma dominação geral dos sistemas
especulativos sobre os sistemas produtivos. As empresas efetivamente produtoras
de bens e serviços úteis à sociedade teriam todo interesse em contribuir para
um sistema mais inteligente de alocação de recursos, pois são em boa parte
vítimas indiretas do processo. Neste sentido, a pesquisa do ETH aponta para uma
deformação estrutural do sistema, e que terá em algum momento de ser enfrentada.
E quanto ao
que tanto preocupa as pessoas, a conspiração? A grande realidade que sobressai
da pesquisa, é que nenhuma conspiração é necessária. Ao estarem articulados em
rede, e com um número tão diminuto de pessoas no topo, não há nada que não se
resolva no campo de golfe no fim de semana. Esta rede de contatos pessoais é de
enorme relevância. Mas sobretudo os interesses são comuns, e não é necessária
nenhuma conspiração para que os defendam solidariamente, como na batalha já
mencionada para se reduzir os impostos que pagam os muito ricos, ou para se
evitar taxação sobre transações financeiras, ou ainda para evitar o controle dos
paraísos fiscais.
O caos
financeiro planetário, em última instância, tem uma base muito articulada
(tight-nit) de poucos atores. No pânico mundial gerado pela crise, debatem-se
as políticas de austeridade, as dívidas públicas, a irresponsabilidade dos
governos, deixando na sombra o ator principal, as instituições de intermediação
financeira. No inicio do pânico da crise financeira, em 2008, a publicação do
FMI Finance & Development estampou
na capa em letras garrafais a pergunta “Who’s
in charge?”, insinuando que ninguém está coordenando nada. Para o bem ou
pra o mal, a pergunta está respondida.
Link para a resenha do New
Scientist traduzida para o português no
site Inovação Tecnológica:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=rede-capitalista-domina-mundo&id=010150111022&mid=50
site Inovação Tecnológica:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=rede-capitalista-domina-mundo&id=010150111022&mid=50
Link para a resenha em inglês no
site New Scientist:
http://www.newscientist.com/article/mg21228354.500-revealed--the-capitalist-network-that-runs-the-world.html?DCMP=OTC-rss&nsref=online-news
http://www.newscientist.com/article/mg21228354.500-revealed--the-capitalist-network-that-runs-the-world.html?DCMP=OTC-rss&nsref=online-news
Anexo
Abaixo, a
lista das primeiras 50 corporações listadas. Note-se que na classificação por
setor (NACE Code), os números que começam por 65, 66 e 67 correspondem a
instituições financeiras. Lehman Brothers tem direito a uma nota a parte dos
autores.
[1] Ladislau
Dowbor é professor da PUC-SP nas árees de economia e administração, e consultor
de várias agências das Nações Unidas. Autor de Democracia Econômica e numerosos
estudos disponíveis online em http://dowbor.org
ou http://www.dowbor.org/wp - Contato ladislau@dowbor.org
[2] Há uma
grande diferença entre suspeitar a existância de um fato, e demonstrá-lo
empiricamente” – Vitali, Glattfelder e Battiston - http://j-node.blogspot.com/2011/10/network-of-global-corporate-control.html
[3] S.
Vitali, J.B Glattfelder e S. Battiston – The
Network, of Global Corporate Control - Chair of Systems Design, ETH Zurich –
corresponding author sbattiston@ethz.ch – O texto completo foi
disponibilizado em arXiv em pré-publicação, e publicado pelo PloS One em 26 de
outubro de 2011. http://www.plosone.org/article/related/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0025995;jsessionid=31396C5427EB79733EE5C27DAFBFCD97.ambra02
A ampla discussão internacional gerada, com respostas dos autores da pesquisa,
pode ser acompanhada em http://j-node.blogspot.com/2011/10/network-of-global-corporate-control.html
[4] New Scientist (em português) http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=rede-capitalista-domina-mundo&id=010150111022&mid=50
e original inglês
http://www.newscientist.com/article/mg21228354.500-revealed--the-capitalist-network-that-runs-the-world.html?DCMP=OTC-rss&nsref=online-news
http://www.newscientist.com/article/mg21228354.500-revealed--the-capitalist-network-that-runs-the-world.html?DCMP=OTC-rss&nsref=online-news
[5] O
aumento do risco sistêmico nos grandes sistemas integrados é estudado por
Stiglitz em Risk and Global Economic
Architecture, 2010, http://www.nber.org/papers/w15718.pdf
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