A pesquisa mostra que em 2012 as margens de lucro das companhias devem se recompor em relação aos dois últimos semestres. As empresas não estão vendo necessidade de aumento da capacidade instalada. A recomposição das margens de lucro das empresas, pela via do aumento de preços, exercerá pressão sobre a inflação.
Como sempre falamos aqui, a alta taxa de inflação no Brasil não tem causa nas contas públicas desequilibradas ou na demanda superaquecida, mas sim, pela característica da economia ser controlada pelas multinacionais e oligopólios industriais e pelo latifúndio agroexportador de commodities. A variação no nível geral de preços é por aqui determinada sempre pela variação no patamar de margem de lucros industriais e na cotação internacional das commodities, onde os demais preços da economia (salários, serviços e comércio) apenas respondem.
A última Pesquisa de Expectativas Econômicas do ano, divulgada nesta segunda-feira pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), sinaliza que a economia brasileira seguirá em ritmo de expansão em 2012. Este ano, a estimativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça entre 3% e 3,5% este ano.
Para o ano que vem, 52% das companhias ouvidas esperam desempenho do PIB superior a 3,5%. Conforme avaliou o economista Alexandre Fischer, "isso traz como conseqüência, de imediato, investimentos. Com o ritmo estável de crescimento, as companhias declararam na pesquisa investir no mesmo ritmo que elas vêm investindo".
A expectativa é de estabilidade em relação às vendas no mercado interno e das exportações. "As empresas não estão vendo necessidade de aumento da capacidade instalada", disse Fischer. "Paralelamente, você também tem expectativa de manutenção do nível de emprego".
A pesquisa mostra que as margens de lucro das companhias devem se recompor em relação aos dois últimos semestres. Segundo o economista, esse é um indicativo que pode significar incremento da capacidade de investimento das empresas.
Câmbio - Para o câmbio, a expectativa é de estabilização da taxa em torno de R$ 1,75. Para a inflação em 2012, baseada no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), 12% das companhias consultadas esperam elevação do índice, contra 56% que apostam na estabilidade. Na pesquisa feita em junho, 70% das empresas esperavam alta da inflação, contra 30% que estimavam estabilidade.
O presidente da Abrasca, Antonio Castro, analisou que a manutenção do nível de investimento atual das companhias e a possibilidade de recomposição das margens, que pode ser alcançada com aumento de preços ou redução de custos, ocorrerão a partir de um patamar mais baixo, embora dentro de um cenário de estabilidade econômica.
Castro admitiu que a recomposição das margens de lucro das empresas, pela via do aumento de preços, exerce pressão sobre a inflação. Mas disse que a queda da taxa básica de juros (Selic) pode aliviar essa pressão.
Fonte: Agência Brasil
É PURO EGOISMO, o meu lucro, ao custo do seu sofrimento, que se dane você, o que importa sou eu.
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