Conta salgada
por Marcos Oliveira e Sergio Souto
Nos últimos quatro anos, a dívida geral na União Européia aumentou 34%, alta provocada pelos pacotes de salvação dos bancos após a ameaça de quebradeira geral em 2008. Na criticada Grécia, por exemplo, as garantias do setor público para os bancos, durante a crise, atingiram 108 bilhões de euros. Já os gastos estatais com salários, pensões e subsídios para os fundos da segurança social caíram de 42,3 bilhões de euros, em 2009, para 37,9 bilhões de euros em 2010.
Para o Partido Comunista grego (KKE), as medidas que tenta-se implantar na Europa buscam transferir para a população o prejuízo das instituições financeiras. Mais: "Isto conduz à indigência relativa e absoluta do povo e assegura força de trabalho mais barata, acelerando a acumulação e concentração do capital. O objetivo mais profundo da escalada da ofensiva antipopular é o reforço da competitividade dos grupos monopolistas europeus no mercado capitalista internacional, onde a competição é aparente."
Transferência
Lembra o KKE que todos os estados membros da UE enriquecem o Programa de Reforma Nacional e o Pacto de Estabilidade com novos e duros compromissos antipopulares. Na França, Grã-Bretanha e Áustria, a idade de reforma e as contribuições dos trabalhadores para a segurança social vão aumentar. Na Itália, Espanha e Irlanda, os impostos indiretos aumentaram dramaticamente. Na Áustria, Polônia, Romênia, República Checa e Irlanda, os salários dos trabalhadores foram significativamente reduzidos, bem como o número de empregados do setor público.
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