O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, enviaram ao presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, carta aberta detalhando as propostas para alterar os tratados da UE, apertando o controle sobre orçamentos nacionais e tornando mais duras as sanções contra quem descumprir os limites de déficit e dívida.
O economista Dércio Munhoz, que já presidiu o Conselho Federal de Economia (Cofecon) criticou a proposta. "A Europa incorre no mesmo erro dos EUA: em vez de salvar as famílias está optando por salvar bancos. E as mudanças propostas vão na direção errada. Os países, que já tinham perdido soberania sobre o câmbio e política monetária ficarão também desprovidos de autonomia para elaborar suas políticas fiscais".
Munhoz lembrou que os mesmos países que lideram a pressão pelo arrocho (França e Alemanha) são os que mais gastaram em passado recente: "A Europa caminha para um governo único. Em vez de comprar títulos públicos sem emitir mais dívida e ajudar às famílias, os líderes locais apostam no arrocho para pagar uma dívida que, na Zona do Euro, já supera US$ 10,5 trilhões. Só irão tomar atitude quando a França quebrar", critica.
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