Governo anuncia aumento do superávit e cortes de mais R$ 10 bi. Opção aplicada por Dilma/Mantega é ampliar aperto e travar ainda mais a economia. Gasto com juro é o triplo do aumento do aperto fiscal. Medida visa “preparar” o país para a recessão internacional que se desenha. Apesar das insistentes declarações de que o Brasil estava hoje mais preparado para uma crise econômica internacional, Com ampliação, arrocho já chega a R$ 91 bi - 62% da soma de Saúde e Educação.
Gasto com juro é o triplo do aumento do aperto fiscal
Monitor Mercantil, 29/08/2011
Com ampliação, arrocho já chega a R$ 91 bi - 62% da soma de Saúde e Educação
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira que a meta de superávit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) aumentará de aproximadamente R$ 81,8 bilhões para cerca de R$ 91 bilhões este ano.
Este total equivale a 61,6% da soma do Orçamento da Saúde (R$ 77 bilhões) com o da Educação (R$ 69 bilhões) para todo o ano de 2011. Além disso, este ano, o governo já torrou R$ 138 bilhões com pagamento de juros, contra R$ 109 bilhões em igual período de 2010.
Esses R$ 29 bilhões a mais entre um ano e outro equivale ao triplo do aumento do superávit primário.
"A parte do governo federal é aproximadamente R$ 81 bilhões. Eu estou anunciando um aumento para R$ 91 bilhões de (superávit) primário a ser realizado em 2011. Ou seja, (quase) R$ 10 bilhões a mais de resultado primário que nós vamos cumprir em 2011", disse Mantega.
O anúncio foi feito em entrevista no Ministério da Fazenda, após a reunião do Conselho Político, no Palácio do Planalto. No encontro, as mudanças foram apresentadas aos líderes de partidos da base aliada do governo no Congresso Nacional.
A única forma de o aumento do aperto não reduzir ainda mais o ritmo da economia brasileira - já em desaceleração pela nova escalada do aumento da taxa básica de juros (Selic) e das medidas de restrição fiscal - é se ele vier pelo não uso do excedente da arrecadação para estimular a economia.
Mantega destacou que o ajuste não se dará à custa de cortes adicionais. O governo já sinalizara a adoção de mudanças na política fiscal. Na última sexta-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, antecipara que um resultado fiscal forte supostamente abriria "um espaço interessante" para a redução das taxas de juros, apesar de a trajetória do país nas últimas duas décadas e meia em nenhum momento tenha confirmado isso.
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