"Custo BC"
Monitor Mercantil, 19/11/2010
A manutenção das reservas internacionais custou R$ 68 bilhões ao país, entre 2004 e 2010, segundo relatório do Banco Central sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal (LFR). Esse rombo é fruto da diferença entre os juros recebidos pelas aplicação das reservas internacionais do Brasil no exterior e as taxas pagas pelo país para a turma do papelório que investe seus dólares aqui. Para tentar dourar a pílula, o BC alega que a não manutenção de reservas no elevado patamar que o país ostenta custaria supostamente R$ 600 bilhões. A explicação confirma a tese de que, para desastres econômicos do passado, a melhor tática são projeções baseadas em cenários ao gosto do freguês.
Quinta coluna
A guerra cambial não exime o governo brasileiro de agir em duas frentes internas: reduzir os juros reais mais altos do mundo, responsáveis pela atração do capital especulativo, e adotar medidas para impedir a alavancagem dos bancos nos mercados futuros de câmbio, nos quais especulam para "puxar" a cotação do real. Nos dois casos, a ação para um enquadramento do Banco Central, para que, em lugar de ser um representante da banca junto ao Estado brasileiro, passe a agir como um braço do Estado contra a especulação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário