Prado critica empresário que ataca a CLT
Monitor Mercantil, 08/11/2010
O setor empresarial não pode querer "rasgar" a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) ou a Constituição, com o pretexto de reduzir custos pela redução de direitos trabalhistas. O alerta foi feito pelo presidente da Academia Internacional de Direito e Economia (Aide), jurista Ney Prado, durante o Congresso Indústria 2010, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
"O que precisamos é identificar nesses documentos os pontos que já perderam eficácia, a fim de fazer com que sirvam àquilo a que se propõe, ou seja, à sociedade", disse Prado, alertando para o fato de não ser possível impor mudanças em uma área que engloba três partes interessadas - patrões, trabalhadores e governo - e na qual qualquer reforma provoca resistências, não se viabiliza de forma pacífica.
Já o sociólogo José Pastore, um ferrenho defensor da redução de direitos trabalhistas alheios, insistiu em que seria possível desonerar a folha de salários, embora reconheça que não é algo fácil de se alcançar.
Embora alegue que, para cada real pago de salário, a empresa destina outro real para encargos, nenhuma proposta de revogar direitos trabalhistas será aprovada no Congresso Nacional. Pastore, porém, que, como professor da USP, tem direito a aposentadoria especial, na verdade, mistura salários indiretos com custo previdenciário. Ou seja, a prevalecer seu desejo, os trabalhadores teriam revogados ou "flexibilizados" conquistas como 13º salário, depósito para FGTS e pagamento de 1/3 do salário para as férias.
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