Com região submetida ao FMI, OIT alerta para nova recessão e explosões sociais, Europa já tem 16 milhões sem emprego.
Europa já tem 16 milhões sem emprego
Monitor Mercantil, 31/10/2011
A três dias da Cúpula do G20, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) advertiu que a economia mundial está prestes a viver um período de "recessão de novos empregos", atrasando a recuperação econômica global e com riscos de gerar conflitos sociais.
O alerta coincidiu com a divulgação de que, em setembro, o número de desempregados na Zona do Euro, saltou para 16,198 milhões, ou 10,2% da população economicamente ativa (PEA). É o maior índice desde janeiro de 1998, quando a série foi iniciada.
De agosto para setembro, quase 190 mil postos de trabalho foram fechados, o maior aumento na comparação mensal desde 2009 para o período.
"Não é à toa que os europeus estão indo em massa às ruas protestar contra as medidas de "austeridade". Ou seja, o cumprimento dos pacotes impostos por FMI, bancos e União Européia, que retiram direitos sociais para permitir o pagamento de uma questionável dívida", avalia o economista Rodrigo Ávila, da Auditoria Cidadã da Dívida.
Segundo Ávila, pela primeira vez na história foi interrompida uma parada militar que, na Grécia, comemora a data em que o país rejeitou a entrada de tropas italianas em 1940, durante a II Guerra Mundial. "A população chamou de "traidores" os membros do governo presentes no evento", completou.
"Apesar de a grande imprensa apontar que a Grécia fará um calote de 50% sobre sua dívida, tal desconto não incide sobre o total da dívida, mas apenas sobre a parcela detida por bancos privados."
E acrescenta que, nos últimos meses, o Banco Central Europeu (BCE) começou a comprar dos bancos privados grandes quantidades de títulos da dívida grega. "Em bom português: o BCE livrou os bancos privados do "mico", depois de esses bancos já terem lucrado rios de dinheiro com a Grécia", afirmou Ávila.
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