CSP-Conlutas apoia a luta dos estudantes da USP contra militarização da Universidade
10/11/2011
A CSP-Conlutas esclarece que apoia a luta dos milhares de estudantes que se levantam contra a repressão inaceitável, imposta no campus da USP pelo reitor João Rodas através da militarização da Universidade. Essa ação é parte da tentativa de destruição da organização sindical e estudantil, se utilizando de processos administrativos, judiciais e inquéritos contra do movimento estudantil e dirigentes e militantes do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).
A detenção recentemente dos três estudantes, acusados de portar e usar maconha, no prédio da História e Geografia, foi o que desencadeou a reação de centenas de estudantes e de alguns funcionários que presenciavam o evento. Aquela situação fez com que se manifestassem diante de uma ação totalmente arbitrária e que se repetia desde a do convênio entre a USP e a PM.
Perseguições, abordagens truculentas, blitzes, extorsão de dinheiro, ameaças e discriminação racial e homofóbica. As práticas imputadas só eram vistas na Universidade na época da Ditadura Militar.
Apoiar essa luta não significa tomar uma posição com relação à maconha como a reitoria, a polícia e a mídia tentam afirmar. Pelo contrário é trazer um debate à sociedade de que não podemos aceitar a militarização das universidades para reprimir e criminalizar as lutas dos trabalhadores e estudantes. Querem dar um caráter de caso de polícia e de drogas. Mas trata-se de militarização, repressão e ataque à democracia.
Quanto à quantia de R$ 39.420,00, paga como fiança para libertar os 73 presos, na madrugada do dia 8 de novembro de 2011, a CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) coordenou a arrecadação que contou com a colaboração dos seus sindicatos: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Sindicato dos Metroviários, Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal, Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior, CONTEC, bem como entidades da CUT – Central Única dos Trabalhadores, como:- APEOESP, Sindicato dos Bancários e contribuições individuais do próprio campus da USP.
Também foi levantado o dinheiro do Fundo de Solidariedade dos Funcionários em Greve que foi formado em 2010, com doações dos grevistas e ocupantes da reitoria na época, dinheiro arrecadado dos churrascos e festas e a doação da Adusp (Associação de Docentes da USP), bem como doações de aposentados, professores e companheiros que sempre se manifestaram contra a PM no Campus.
Já existe uma ação judicial para reaver este dinheiro.
A CSP-Conlutas continuará apoiando a luta pelo fim do convênio da USP com a PM e pela retirada de todos os processos contra estudantes e funcionários daquela instituição.
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