Para professor da Universidade de Barclay, padrão de desenvolvimento estadunidense com forte desigualdade da distribuição da riqueza nacional entre ricos e pobres é causa geradora da atual crise econômica.
Ao alvorecer do século XXI, EUA mergulham no crepúsculo
Monitor Mercantil, 19/08/2011
Distribuição de renda
Alex Corsini - Sucursal da União Européia
De acordo com o professor da Universidade de Barclay Alan Auerbach, em 1976, 1% dos mais ricos da população dos EUA arrecadava 9% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2008, o volume de recursos para aquele 1% atingiu 23,5% do PIB. E hoje, já superou 25%.
Em seu livro Fault Lines, Raghuran Rajan sustenta que a crise iniciada em 2008 se deve à abertura da tesoura de rendimentos entre os ricos e os pobres. Em analogia, os primeiros trabalham menos e pagam menos impostos do que os pobres, enquanto, simultaneamente, consomem parcela mínima de seus rendimentos, mas apoderando-se de uma grande parcela do PIB.
Também, sustenta Rajan que o aumento disparidade entre os dois extremos da sociedade reduz a participação de grande parcela da população, particularmente dos desempregados, no exigível esforço de aumento do PIB.
Tudo isso piora a atmosfera em uma sociedade e gera tendências de desistência. Algo que limita qualquer perspectiva de crescimento. Trata-se de uma situação que caracteriza plenamente os países da periferia européia. E constitui uma verdade diferente daquela dos déficits e da necessidade de apoiar o sistema bancário.
É verdade, mas que deveria ser minuciosamente documentada pelo Instituto de Pesquisas e Estudos dos sindicatos e dos partidos, os quais, publicamente, declaram-se contra os mnemônicos, mas na prática estas instituições só agitam e mais nada.
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