O PIB do Brasil tem o segundo menor crescimento entre os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), primeira se excluirmos a África do Sul - dados são do IBGE. Isso apesar da produtividade do trabalho e margem de lucro percentual do Brasil ser maior do que esses países. Isso é explicado pela queda interna da taxa de investimento, enquanto que de poupança aumenta. Sua causa é um orçamento público consumido por 48% em despesas financeiras, a maior taxa de juros reais do mundo e um dos câmbios mais apreciados.
A título de comparação, a alta taxa de crescimento da China é puxada pela alta taxa de investimento. Enquanto na China é maior que 35% do PIB, no Brasil está abaixo de 17%. E segue caindo, apesar das políticas do Governo, como o PAC, os incentivos fiscais mascarados de "nova política industrial" (o chamado programa "Brasil Maior") e o grande afluxo de IDE (investimento estrageiro direto) - que só serve para ainda mais apreciar o câmbio, inflar os ativos e desnacionalziar a economia, ampliando a importações e remessas de lucros, quando não é mascarado para inversão em títulos da dívida público.
PIB do Brasil tem o segundo menor crescimento entre os países do Brics
02/09/2011
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre deste ano foi o segundo menor entre os cinco países que compõem o Brics (grupo que inclui o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul). O crescimento de 3,1% na comparação com o mesmo período do ano passado só não foi menor do que a expansão de 1,3% da África do Sul.
A China teve o maior crescimento, com uma taxa de 9,5%. Já o PIB da Índia teve um aumento de 7,7%. A Rússia registrou uma taxa similar à do Brasil (3,4%), segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IBGE também divulgou uma tabela com o desempenho de 14 países e da União Européia, na comparação do segundo trimestre com o primeiro trimestre deste ano. Nesse tipo de análise, o Brasil, com crescimento de 0,8%, teve taxa inferior às do Chile (1,4%) e do México (1,1%).
A taxa brasileira foi igual à da Coréia do Sul e ligeiramente superior à da Bélgica (0,7%). Outras economias que tiveram taxa inferior à do Brasil foram as da Noruega (0,4%), da Itália (0,3%), dos EUA (0,2%), da Espanha (0,2%), do Reino Unido (0,2%), da União Européia (0,2%), da Holanda (0,1%), da Alemanha (0,1%), da França (0%) e da Japão (-0,3%).
Ritmo de crescimento da economia diminui no segundo trimestre deste ano
A economia brasileira continuou crescendo no segundo trimestre deste ano, mas em ritmo menor do que nos trimestres anteriores, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo período do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,1% no segundo trimestre deste ano, ou seja, a menor taxa desde o terceiro trimestre de 2009, quando houve uma queda de 1,8%.
No primeiro trimestre, o crescimento havia sido 4,2%, na comparação com igual período de 2010. Segundo a gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a desaceleração do ritmo da economia pode ser explicada por fatores como o aumento da taxa básica de juros (Selic) e o crescimento do volume das importações.
De acordo com o IBGE, as importações de bens e serviços cresceram 14,6% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as exportações cresceram 6%. Já a taxa básica de juros efetiva passou de 9,4% ao ano no segundo trimestre de 2010 para 11,9% ao ano no segundo trimestre deste ano.
- O volume dos bens e produtos importados continua crescendo mais do que o dos exportados. Parcialmente, isso tem a ver com o câmbio. A gente teve o câmbio com média de R$ 1,60 por dólar neste segundo trimestre, em relação ao R$1,79 do segundo trimestre do ano passado - disse.
Segundo a pesquisadora, o aumento das importações supre o consumo das famílias (que vem crescendo há 31 trimestres consecutivos) e a demanda por máquinas e equipamentos, mas prejudica setores da indústria, como têxteis e calçados. A indústria cresceu apenas 1,7% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado (ante 2,2% do primeiro trimestre).
Entre as atividades da economia, o único segmento que teve desempenho melhor no segundo trimestre deste ano, em relação ao primeiro trimestre, foi o de serviços de informação. A expansão ficou em 5,5% em relação ao segundo trimestre de 2010, puxada pelo aumento do mercado de telefonia móvel.
A construção civil e o comércio, por exemplo, tiveram seus piores desempenhos desde o terceiro trimestre de 2009. No comércio, o crescimento de 4,9% foi a menor taxa desde a queda de 3,2% em 2009. Já o aumento de 2,1% da construção civil é o pior desempenho desde a redução de 8,3% naquele período.
- Foi um recuo generalizado - disse Rebeca Palis.
A agropecuária teve o pior desempenho entre os três setores da economia, ao ficar estável em relação ao segundo trimestre de 2010. No primeiro trimestre deste ano, o setor havia tido um crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já os serviços, menos afetados pelo câmbio, tiveram um comportamento diferente dos demais setores, ao registrar um aumento de 0,8% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa é superior ao 0,7% registrado no primeiro trimestre deste ano.
Com informações da Agência Brasil
Taxa de investimento no país cai e de poupança aumenta, mostra IBGE
Agência Brasil, 02/09/2011
A taxa de investimento no país, que mede o volume de investimentos sobre o total do Produto Interno Bruto (PIB), chegou a 17,8% no segundo trimestre deste ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado é inferior ao registrada no mesmo período do ano passado, que havia sido 18,2%.
Já a taxa de poupança, que mede a proporção entre a poupança bruta e o PIB, aumentou em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa alcançou 18,1%, sendo maior do que a registrada no segundo trimestre de 2010 (17,8%).
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