O fraco desempenho econômico do Brasil se comparado aos demais integrantes do grupo dos principais emergentes (Bric) - Brasil, Rússia, Índia e China. Em base a dados oficiais, o Brasil é o lanterna na relação investimento e exportações em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Enquanto no Brasil o investimento patina em torno dos 18% do PIB, no México esse índice sobe para 22% e na China bate em 50%. Na Índia e na Rússia o patamar estava, em 2010, na faixa dos 40% e 25%, respectivamente.
Por outro lado, na comparação da carga tributária sobre o PIB, o Brasil sobe para a primeira posição. Enquanto o governo brasileiro arrecada 35% de tudo o que é produzido no país, na China esse índice cai para 21%, semelhante ao da Índia. E o México tem carga tributária de 18 pontos percentuais inferior à brasileira. Vale lembrar que nos últimos anos, o Orçamento Geral da União quase 50% das despesas é de Encargos Financeiros e de Refinanciamento da Dívida.
O desempenho se deve à submissão do país ao caráter especulativo e rentista de nosso padrão de expansão capitalista. Tal padrão impõe um modelo econômico que privilegia o ajuste fiscal, em detrimento do investimento e até do gasto corrente sadio, que qualifica e remunera condignamente os servidores públicos. Por sua vez, não se deveria segurar investimento, pois ele amplia a capacidade produtiva. Já o corte no custeio do orçamento público, dependendo da forma que é feito, é também estupidez. E ainda, em muitos aspectos da economia, o país ainda não recuperou o patamar da década de 90, tida como perdida.
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