quinta-feira, 5 de maio de 2011

EUA: neoliberalismo desmontam Estado no interior

Diante do fracasso do democrata Obama, nos EUA ultra-conservadores do partido republicano ganharam espaço nos estados, levam neoliberalismo ao interior do país, desmontam Estado, atacam a democracia local, atacam movimento sindical, demitem em massa servidores públicos, cortam gastos públicos, mas não conseguem gerar nenhum novo emprego privado.

EUA: republicanos desmontam Estado
Monitor Mercantil, 04/05/2011


Com a vitória dos republicanos nas últimas eleições, tanto nacionais quanto estaduais nos Estados Unidos, a receita dos ultraconservadores de Estado mínimo está sendo aplicada ao pé da letra. Como relata a Agência Latino-Americana, os republicanos usam o combate à dívida pública como álibi para tentar impor uma rápida e dramática mudança do modelo social, promovendo o mais selvagem neoliberalismo aos norte-americanos.

Com isso, a política de desmonte do Estado é levada, de forma agressiva, para o interior dos EUA: "Os republicanos entendem que deverão adotar em escala nacional a receita que já seguem em série alguns estados que elegeram novos governadores nas eleições de novembro do ano passado", relata Mary Stassinákis, correspondente da sucursal da União Européia da Latino-Americana.

No superendividado Estado de Michigan, os republicanos aprovaram uma lei que permite afastar os conselhos municipais eleitos, substituindo-os por gerentes contratados com poderes ditatoriais alegando "situação econômica emergencial".

Na cidade de Menton Harbor, o governador do estado, Rick Shneider, nomeou como czar um contador juramentado, Joseph Haris, que demitiu em massa funcionários públicos, quebrou acordos sindicais e, na calada da noite, eliminou vários serviços públicos, não hesitando, inclusive em fundir a Polícia local com o Corpo de Bombeiros.

O Texas, controlado pelos republicanos, com imposto de renda zero e sem direitos trabalhistas, atrai capitais e empregos em detrimento da Califórnia, cujas empresas imigram com ritmo ameaçadoramente veloz.

Nos Estados Unidos, o ritmo de contratações no setor privado se desacelerou em abril, segundo a pesquisa mensal do conselho de recursos humanos ADP: só 179 mil empregos.

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