sábado, 10 de outubro de 2009

A industrializada SP foi quem mais sofreu no Brasil com a crise

SP foi o que mais sofreu com crise

ESTADO COM PRESENÇA FORTE DA INDÚSTRIA, SÃO PAULO VIU A MISÉRIA SUBIR 5,9%, CONTRA 4,8% DA MÉDIA NACIONAL


Monitor Mercantil (Sexta-feira, 9 de Outubro de 2009) - São Paulo foi a região metropolitana que mais sofreu com a crise entre as seis principais do país, de acordo com pesquisa do Centro de Políticas Sociais (CPS) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Foi a única em que a miséria aumentou em agosto na comparação com o mesmo mês de 2008: 5,91%. Na média das seis regiões, houve redução da classe E, a mais baixa, de 4,82%.

São Paulo teve o menor crescimento do conjunto das classes de renda A, B e C, de 0,19%. A mesma pesquisa, baseada em análise de dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o conjunto das classes de renda A, B e C cresceu 1,52% na média de todas as seis regiões pesquisadas.

"São Paulo é a região metropolitana mais identificada com a indústria e o sistema financeiro, que foram os mais atingidos pela crise. Também tem poucos pobres, proporcionalmente, e acaba não sendo tão beneficiada por programas sociais para a pobreza como o Bolsa Família quanto o Nordeste, disse o economista-chefe do CPS, Marcelo Neri.

Além disso, São Paulo teve queda de renda média por habitante, de 2,78% em agosto, em relação a igual mês de 2008. Essa redução só não foi pior que a de 3,91% em Recife, enquanto a média foi de crescimento de renda per capita nas seis regiões foi de 1,56%.

No entanto, a renda por habitante na região de São Paulo caiu de R$ 883,06, em agosto de 2008, para R$ 858,48, no mesmo mês deste ano. Já a média das seis regiões, é menor em valor: R$ 662,15.

A pesquisa do CPS mostra ainda que São Paulo caiu no ranking de mais alta renda domiciliar per capita: do quarto lugar entre 1997 e 1999 (R$ 952,82), para o oitavo lugar de 2005 a 2008 (R$ 891,58).

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