Depois das denúncias da "epidemia" de suicídios na Renault, agora é a vez da France Telecom. Mais uma mostra de que a super-exploração do trabalho chegou na Europa e massacram as pessoas. Mas os trabalhadores não ficaram parados.
Trabalhadores da France Telecom iniciaram greve para denunciar o sofrimento em uma empresa onde 24 funcionários se suicidaram nos últimos dois anos. Os sindicatos da empresa (primeiro fornecedor de acesso à internet e terceiro operador móvel europeu) convocaram uma jornada de ação, com greves e protestos, nesta quarta-feira, no âmbito do apelo internacional 'por um trabalho decente'.
A France Telecom anunciou segunda-feira a demissão do seu 'número dois', Louis-Pierre Wenes, acusado pelos sindicatos de ter instituído uma 'gestão de terror', e prometeu suspender as transferências forçadas até o fim do ano.
Stéphane Richard, designado em maio para assumir a liderança do grupo em 2011, foi nomeado segunda-feira para suceder a Louis-Pierre Wenes.
Em uma mensagem enviada hoje aos trabalhadores, o novo "número dois" da empresa promete envolvê-los na "renovação social" de que a empresa "necessita".
O estado de stress dos trabalhadores e os suicídios são resultado dos métodos de postos em prática pelos gerentes. De 1995 até hoje, os funcionários da France Telecom passaram de 140 mil para 80 mil. Nestes últimos dois anos foram suprimidos 22 mil empregos, dos quais 2957 só nos últimos seis meses. Contudo, por outro lado, os dividendos distribuídos aos acionistas em 2008 elevaram-se a 4 bilhões de euros, representando 65 mil empregos e, no primeiro trimestre deste ano, o montante era já de 4,1 bilhões.
( Para ler matéria anterior falando sobre esse tema Ministro francês e chefe da France Telecom discutirão suicídios clique aqui )
Fonte: JB Online 07/10/2009 e Jornal Mudar de Vida.net
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