quarta-feira, 18 de maio de 2011

Entenda como a taxa Selic afeta a sua vida


Por Fabiana Piasentin | Guia do Bolso – sex, 13 de mai de 2011


O que é
A Selic é a taxa básica usada como referência pela política monetária brasileira. É a média de juros que o governo paga por empréstimos tomados dos bancos. Quando a Selic cai, as intituições financeiras são impulsionadas a emprestarem dinheiro ao consumidor para conseguirem um lucro maior. Quando ocorre o contrário, a Selic aumenta, os bancos preferem emprestar ao governo, que paga bem e oferece mais garantias. Assim, haverá menos dinheiro disponível e o crédito oferecido às pessoas físicas ficará mais caro.

Impacto na economia
A medida funciona como um mecanismo utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. A Selic é considerada a taxa básica porque é usada em operações entre bancos e, por isso, tem influência sobre as outras taxas de juros usadas no país: cheque especial, crediário, cartões de crédito e poupança, por exemplo.

E para o consumidor

Se os juros caem, a população tem maior acesso ao crédito e consome mais. Mas, de acordo com a lei da oferta e procura, quanto maior for a demanda, maiores os preços de produtos e serviços. Resultado: inflação. É isso que aconteceu nos últimos meses. O temor do governo diante desse cenário motivou o aumento da taxa Selic, que foi de 9,5% a 12% ao ano em 12 meses.

Com a Selic baixa, fazer um empréstimo ou comprar a prazo saia mais em conta para o consumidor. Com mais crédito, há mais dívidas. Um levantamento recente aponta que de 2009 para 2010, a renda do brasileiro cresceu 13%, enquanto os gastos subiram 16%. Com isso, 53% das famílias viram suas despesas ultrapassarem a renda.

A questão é que se constrói um ciclo, pois tanto a inflação quanto o encarecimento do crédito afetam o poder de compra e a capacidade de pagamento. Hoje, os analistas recomendam que o trabalhador não assuma novas dívidas, já que o crédito está caro. O jeito é esperar que o antídoto contra a inflação surta efeito para que, num segundo momento, as taxas de juros voltem a cair.

Pode até ser um processo chato, mas, para que nada saia do seu controle, é sempre importante ficar atento às taxas de juros e entender quais são as melhores opções para o momento.
***
Comentário
As reuniões do Copom  (Comitê de Política Monetária do Banco Central) ocorrem em intervalos de 45 dias, sempre em duas etapas, para fixar a taxa média dos financiamentos diários dos títulos federais, depositados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Por extensão, a taxa básica de juros é conhecida também como taxa Selic.

Não seria mais interessante  para forçar a queda dos preços, aumentar a produção, para estimular a concorrência e aumentar a oferta?Temos que aumentar a oferta sim, porém, temos dos pontos de estrangulamento: infra-estrutura e educação, e reduzir à própria taxa de juros.

Aumentar a produção seria o melhor para todos, porém, para isso é preciso que haja um macroinvestimento por parte das indústrias em máquinas e em tecnologia, e mão-de-obra qualificada. Para aumentar a oferta de bens e serviços precisamos de mão-de-obra qualificada e investimentos em portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e etc. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário