sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Desemprego em 2013 é o menor dos últimos 11 anos. Desalento levou a esse patamar.

Segundo o IBGE o desemprego em 2013 é o menor dos últimos 11 anos. Número de desempregados é o menor desde 2002. O que levou a esse resultado foi mais a saída de concorrentes do mercado de trabalho (desalento) do que a criação de novas vagas, segundo mostra a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) feita em conjunto pela Fundação Seade e o Dieese.

Desemprego em 2013 é o menor dos últimos 11 anos
30/01/2014 | Rio de Janeiro | Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

Número de desempregados é o menor desde 2002

A taxa de desocupação oficial fechou 2013 em 4,3%. A taxa é a menor já registrada desde o início da série histórica, iniciada em março de 2002, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano, a taxa média foi 5,4% - a menor também já constatada na pesquisa. O resultado foi 0,1 ponto percentual abaixo dos 5,5% de 2012, e 7 pontos percentuais abaixo dos 12,4% registrados em 2003.

Em dezembro de 2013, a taxa de desocupação (que corresponde à proporção de pessoas desocupadas em relação à população economicamente ativa) foi 4,3%. O percentual é 0,3 ponto abaixo do registrado em novembro passado e também em dezembro de 2012, ambas de 4,6%.

Já o rendimento real habitual caiu 0,7% em relação a novembro, de R$ 1.981 para R$ 1.966. Mesmo assim, o resultado ficou 3,2% acima do registrado em dezembro de 2012.

De acordo com o IBGE, a população desocupada caiu 6,2% de novembro para dezembro, o que significa em números absolutos que havia 70 mil pessoas a menos procurando trabalho no último mês de 2013. No ano passado, a soma dos desocupados foi de 1,3 milhão de pessoas, 20 mil a menos do que em 2012.

O número de ocupados ficou estável na comparação com novembro de 2013 e subiu 0,7% na média de 2013 comparada com a média de 2012. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado cresceu 2% de 2012 para 2013, com 236 mil postos a mais de trabalho, mas não cresceu de novembro para dezembro.

O rendimento médio real habitual da população ocupada cresceu 3,2% em dezembro de 2013 ante dezembro de 2012. A renda média ficou em R$ 1.966,90 no último mês do ano passado, em queda de 0,7% na comparação com novembro, quando estava em R$ 1.981,08.

Também consta na pesquisa divulgada hoje que os trabalhadores com carteira assinada do setor privado representam 50,3% da população ocupada nos locais pesquisados, somando 11,6 milhões de pessoas. Em 2012, eles eram 49,2%.

A Pesquisa Mensal do Emprego é divulgada pelo IBGE com base nos dados coletados nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Desalento leva SP ao menor desemprego
29/01/2014 | Monitor Mercantil

Embora tenha ficado praticamente estável na comparação com 2012, a taxa de desemprego nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo, no ano passado, foi a mais baixa desde 2004, ao passar de 10,9% para 10,4% da População Economicamente Ativa (PEA), uma variação negativa de 0,2%. Só em dezembro último, a taxa passou de 9,4% para 9,3%.

O que levou a esse resultado foi mais a saída de concorrentes do mercado de trabalho (desalento) do que a criação de novas vagas, segundo mostra a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) feita em conjunto pela Fundação Seade e o Dieese.

O saldo entre as demissões e as contrações no conjunto de municípios da região metropolitana de São Paulo indica a eliminação de 19 mil postos de trabalho, mas ao contrário de fazer subir o número de desempregados, houve recuo de 5,4%, passando de 1,192 milhão para 1,128 milhão, o que representa uma diminuição de 64 mil pessoas. Isso ocorreu devido à saída de 83 mil pessoas do grupo que está a procura de trabalho.

As razões para isso podem ser diversas, explica o economista Alexandre Loloian, coordenador da pesquisa pela Fundação Seade. Ele lembra que, quando circulam notícias de falta de vagas no mercado, as pessoas desistem de ir atrás de um emprego.

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