Coluna do dia 17/01 do quadro Economia é Fácil do programa Censura Livre, rádio Aliança FM 98.4, São Gonçalo (RJ)
Olá ouvinte do programa Censura Livre aqui quem fala é Almir Cezar, direto da sucursal Brasília da Agência de Notícias Alternativas - ANOTA, com a coluna "Economia é Fácil", sempre tentando explicar as principais notícias econômicas da semana. Hoje falaremos sobre duas:
A primeira é que a Caixa Econômica Federal desde segunda-feira corre atrás do prejuízo para se explicar depois que reportagens saídas no fim de semana informavam que o banco tinha encerrado ilegalmente as contas inativas e confiscado os recursos, usando o dinheiro para inflar os lucros em 2012.
A Caixa pressionada pela repercussão alegou que não mexeu nas inativas, apenas encerrou contas cujos titulares estivessem com CPF ou CNPJ irregulares. Segundo banco, este promovera uma varredura para identificar contas de titulares com irregularidades, mas que os correntistas que não se manifestaram tiveram suas contas encerradas em 2012.
Os recursos das quase meio milhão das contas encerradas foram contabilizados como receitas operacionais, o que elevou o lucro líquido da Caixa em R$ 420 milhões no balanço de 2012 depois do pagamento de tributos.
Esse montante foi distribuído aos acionistas do banco, especialmente o governo federal, que usou esse mais os impostos para equilibrar as contas públicas - abalada pela queda na arrecadação de impostos provocada pela desaceleração econômica, alta nos juros da dívida e desonerações fiscais.
A Caixa, desautorizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Banco Central, informou que no próximo balanço a ser divulgado, no começo de fevereiro, haverá a anulação dessa apropriação do dinheiro das contas encerradas.
Garantiu também que não prescreve o direito do portador da conta sobre o seu patrimônio, mesmo que ela tenha sido encerrada. Em outras palavras: a qualquer momento que o dono da conta aparecer, com documentos regularizados, o dinheiro poderá ser sacado.
A segunda notícia é que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou na quarta-feira dia 15 a taxa básica de juros (Selic) de 10% para 10,50% ao ano. Foi o sétimo aumento seguido de abril do ano passado até hoje. A ação visaria combater a inflação que precisa ser contida, mas travará a economia já bem devagar e complicará as finanças das famílias.
A taxa Selic cresceu 3,25 pontos percentuais de abril de 2013 até agora. A taxa básica de juros do Brasil – que já era a mais alta do mundo – aumentou mais um pouco, com impacto imediato na dívida pública. De acordo com o Dieese, cada ponto percentual de subida na Selic equivale a acréscimo aproximado de R$ 6 bilhões/ano de juros da dívida.
A iniciativa é criticada por economistas não-ligados ao setor financeiro - grande beneficiário com a medida - porém pouco ouvidos pela grande imprensa. Segundo eles não haveria necessidade dessa iniciativa. Embora juros altos reduzem o consumo, também inibe os investimentos, necessários para a recomposição do parque industrial e geração de mais empregos, e que aumentam a produção, logo a oferta de bens e serviços, o que combateria justamente a alta de preços.
Por outro lado, a consequência direta aos consumidores da alta será disparada na taxa de juros dos empréstimos e dos financiamentos. A dica é evitar o cheque especial e dívidas no cartão de crédito cujas taxas de juros irão à estratosfera, que alguns casos já estão chegado a quase duzentos porcentos ao ano.
Por hoje é isso. Dúvidas, críticas e sugestões envie uma mensagem para almir@agencianota.com ou deixe um recado na página do Censura Livre no facebook ou no blog. Boa noite!
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