quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Copom exagera na dose: Selic sobe 0,5 ponto e emperra economia


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou nesta quarta-feira a taxa básica de juros (Selic) de 10% para 10,50% ao ano. Foi o sétimo aumento seguido de abril do ano passado até hoje.

Segundo comunicado do Copom, a decisão de elevar a Selic em 0,50 ponto percentual, sem viés, foi tomada por unanimidade.

A taxa básica de juros do Brasil – que já era a mais alta do mundo – aumentou mais um pouco, com impacto imediato na dívida pública. De acordo com o Dieese, cada ponto percentual de subida na Selic equivale a acréscimo aproximado de R$ 6 bilhões/ano na dívida. A taxa Selic cresceu 3,25 pontos percentuais de abril de 2013 até agora.

“Embora todos saibam que juros altos reduzem o consumo, também inibe os investimentos privados, necessários para a recomposição do parque industrial e geração de mais empregos”, declarou a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em nota.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticou, na mesma linha, o aumento da taxa. “A inflação precisa ser contida, mas é necessário buscar alternativas para combatê-la que não penalizem tanto a atividade econômica e a vida das empresas e das pessoas”, ressaltou, em nota, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro, não havia necessidade da medida que deverá reduzir o desempenho da economia.

Já o presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Paulo Dantas da Costa, viu na decisão um exagero do Copom. “O Comitê exagerou no seu papel de controle dos preços via gestão da taxa de juros”, afirmou.

Monitor Mercantil | 15/01/2014

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