Nova cartografia social da Amazônia
A Amazônia não é só bicho, árvore e rio, tem gente, muita gente. Gente que o resto do Brasil pouco conhece. Gente que vive, sofre e labuta, e não apenas desmata, mas vive inclusive da "floresta em pé". E embora seja uma região com grande riqueza em potencial, são pessoas que sofrem com a pobreza, tornando-se sujeitas à depredação da florestas. Conhecer essas pessoas em seu território e desenvolver políticas públicas de combate a pobreza são o único meio de preservar a floresta.
Cartografia social
A partir de técnicas de mapeamento social, o trabalho de pesquisa visa interpretar os processos diferenciados de territorialização e sua relação com o advento de identidades coletivas objetivadas em movimentos sociais, que caracterizam hoje a diversidade sócio-cultural e são expressas por categorias, tais como: ribeirinhos, quilombolas, indígenas, piaçabeiros, pescadores artesanais, seringueiros, castanheiros, artesãos e artesãs (do arumã, do tucum), indígenas que residem em cidades, quebradeiras de coco babaçu, peconheiros (coletores de açaí), povos dos faxinais, fundos de pasto e outras.
Ameaça à Amazônia
Em 2009, 42% da população da Amazônia viviam em extrema pobreza, enquanto a média brasileira, naquele ano, era de 29%; a pobreza extrema no Brasil foi reduzida de 20% para 11%, mas no Amazonas e no Amapá aumentou. Na região que mais tem recursos hídricos do mundo, os serviços públicos de acesso à água potável e ao saneamento básico são precários: em 2009, 34% da população amazônica não tinham água encanada; até 2008, pelo menos 81% dos municípios amazônicos não tinham nenhuma rede de coleta de esgoto. Os dados demonstram que, embora a Região Amazônica seja rica em potencial, sua população continua vivendo em estado de pobreza. Combate à pobreza pode não render elogios de ecologistas, mas melhora a vida da população e reduz danos ecológicos.
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