por Almir Cezar
Hoje apresento um artigo clássico do marxismo econômico, mas um pouco esquecido recentemente, A Curva do Desenvolvimento Capitalista, de Léon Tróstki. Esse artigo apareceu pela primeira vez na revista Vestnik Sotsialisticheskoi Akademii (Revista da Academia Socialista) em seu nº 4, de 1923, como contribuição ao debate sobre a grave crise por que mergulhou mundial o Capitalismo longo após a Grande Guerra, e em parte como uma resposta teórica a teoria das Ondas Longas, de Kondratiev, apresentada ao público da época no ano anterior.
O economista russo N. D. Kondratiev que foi um dos primeiros teóricos que tentou provar estatisticamente o fenômeno das “ondas longas”, movimentos cíclicos de aproximadamente 50 anos de duração, conhecidos posteriormente na Economia, como “ciclos de Kondratiev”, ou 'ciclos K'. A primeira referência de Kondratiev aos ciclos prolongados ocorreu em seu livro de 1922 “A economia mundial e sua conjuntura durante e depois da guerra”. Em sua maior parte, o livro tratava de uma análise empírica dos eventos desde 1914, mais que questões explicitamente teóricas.
O conceito de ciclos prolongados foi introduzido nos últimos capítulos, e só na forma de uma generalização histórica mais bem tentada. Para ele a natureza particularmente aguda da crise do pós-guerra se explica assim mediante ao fato de que marcava um ponto de viragem no ciclo prolongado e o começo de sua fase descendente.
De fato, com o artigo, Trótski acaba por formular sua própria interpretação, do fenômeno dos ciclos de longo prazo do Capitalismo, divergente a de Kondratiev, como também desenvolve uma abordagem do estudo do fenômeno do desenvolvimento do sistema capitalista, tanto em sua dimensão mundial, como de suas economias nacionais, sob a perspectiva de uma dinâmica de longo prazo.
O tema (os ciclos longos) era popular e premente - era importante aos marxistas de então, especialmente da Rússia Soviética, saber se a crise por que passava o sistema era irrecuperável no curto prazo e se a conjuntura pró-revoluções proletárias (desde 1917 haviam estourado revoluções na Alemanha em 1919 e naquele ano, Hungria, além de uma vaga de greve gerais, que iam de Londres, Nova Iorque, São Paulo e Nanquim) facilitada pela crise se manteria por quanto mais tempo.
A Curva do Desenvolvimento Capitalista[i]
León
Trótski [ii]
Em sua introdução ao livro de Marx, A luta de
classes na França, Engels escreveu: “Quando se apreciam sucessos e séries
de sucessos da história diária, jamais podemos remontarmos até as últimas causas
econômicas. Nem se quer hoje, quando a imprensa especializada apresenta materiais
tão abundantes, se poderia, nem ainda na Inglaterra, seguir dia a dia a marcha
da indústria e do comércio no
mercado mundial e as mudanças operadas nos métodos de produção, até o ponto de
poder, em qualquer momento, fazer o balanço geral destes fatores, multiplamente
complexos e constantemente cambiantes; máxime quando os mais importantes deles
atuam, na maioria dos casos, escondidos durante longo tempo antes de sair
repentinamente e de um modo violento à superfície. Uma visão clara de conjunto
sobre a história econômica de um período dado não pode conseguir-se nunca no momento
mesmo, senão só com posterioridade, depois de ter reunido e tamizado os
materiais. A estatística é um meio auxiliar necessário para isto, e a estatística
vai sempre ao pé, acompanhando. Por isso, quando se trata da história
contemporânea, corrente, se verá forçado com farta frequência a considerar este
fator, o mais decisivo, como um fator constante, a considerar como dada para
todo o período e como invariável a situação econômica com que nos encontramos ao
começar o período em questão, ou a não ter em conta mais que aquelas mudanças
operadas nesta situação que por derivar de acontecimentos patentes sejam também
patentes e claros.
Por esta razão, aqui o método materialista tenderá que
limitar-se com farta frequência, a reduzir os conflitos políticos às lutas de
interesses das classes sociais e frações de classes existentes, determinadas pelo
desenvolvimento econômico, e a
por manifesto que os partidos políticos são a expressão política mais ou menos
adequada destas mesmas classes e frações de classe. “Greve diz que esta
desestimação inevitável dos mudanças que se operam do mesmo tempo na situação
económica - verdadeira base de todos os acontecimentos que se investigam - tem
que ser necessariamente uma fonte de erros”[iii].
Estas idéias
que Engels expressou pouco antes de sua morte não foram desenvolvidas por
ninguém depois dele. Segundo me recordo, elas são raramente citadas - muito mais
raramente do que deveriam sê-lo. Ainda mais, seu significado parece haver
escapado a muitos marxistas. A explicação para este fato deve encontrar-se nas
causas indicadas por Engels, que militava contra qualquer tipo de interpretação
econômica determinada de nossa história corrente.
É uma tarefa
muito difícil, impossível de resolver em seu pleno desenvolvimento, o determinar daqueles impulsos subterráneos que a
economia transmite à política de hoje; e sem dúvida a explicação dos fenómenos
políticos não podem ser pospostos a causa de quer a luta não permite esperar.
Daqui surge a necessidade de recorrer na atividade política cotidiana a explicações
tão gerais que através de um grande uso aparecem transformadas em verdades. Entretanto
a política segue fluindo dentro de uma mesma forma, através do mesmo dique, e a um ritmo semelhante,
por exemplo, a acumulação de quantidades económicas não se tem convertido em uma
mudança de qualidade política, esta classe de abstrações clarificantes (“os
interesses da burguesia”, “o imperialismo”, “o fascismo”) ainda serve mais ou
menos sua tarefa: interpreta um fato político em toda sua profundidade, mas o
reduz a um tipo familiar que é, seguramente, de inestimável importância.
Mas quando ocorre
uma mudança séria na situação, ou ao auge um giro agudo, tais explicações gerais
revelam sua total insuficiência, e surgem totalmente transformadas em uma
verdade vazia. Em tais cursos resulta invariavelmente necessário estudar em
forma muito mais profunda e analítica para determinar o aspecto qualitativo, e
se é possível também medir quantitativamente os impulsos da economia sobre a
política. Estes "impulsos” representam a forma dialética das “tarefas” que
se originam a fundação dinâmica e são transmitidas para buscar solução a esfera
da superestrutura.
Já as oscilações
da conjuntura econômica (auge-depressão-crise) as conformam causas e efeitos de
impulsos periódicos que dão surgimento a mudanças, ora quantitativos, ora qualitativos,
e a novas formações no campo político. Os rendimentos todas classes possuidoras,
o pressuposto do estado, os salários,
o desemprego, a magnitude do
comércio exterior, etc., estão intimamente ligados com a conjuntura econômica,
e a seu turno, exercem a mais direta influência sobre a política. Este só é
suficiente para entender quanto importante e frutífero é seguir passo a passo a
história dos partidos políticos, as instituições estatais, etc., em relação com
os ciclos do desenvolvimento capitalista. Mas nós
não podemos dizer que estes ciclos explicam tudo: ele esta excluído pela simples
razão que os ciclos mesmos não são fenômenos econômicos fundamentais, senão
derivados. Ele se desdobra sobre a base do desenvolvimento
das forças produtivas através do
mecanismo das relações de mercado. Mas os ciclos explicam uma boa parte, formando
como o fazem através das pulsações automáticas, uma indispensável mola dialética
na mecânica da sociedade capitalista. Os pontos de ruptura da conjuntura
comercial e industrial nos levam a um contato muito mais íntimo com os nós
críticos na trama do desenvolvimento das tendências
políticas, a legislação, e todas as formas da ideologia.
Mas o
capitalismo não se caracteriza só pela periódica recorrência dos ciclos, de outra
maneira a história seria uma repetição completa e não um desenvolvimento dinâmico. Os ciclos
comerciais e industriais são de diferente caráter em diferentes períodos. A
principal diferença entre eles que está determinada pelas inter-relações quantitativas
entre o período de crise e o de auge de cada ciclo considerado. Se o auge
restaura com um excedente a destruição ou a austeridade do período precedente, então o desenvolvimento capitalista está em ascenso. Se a crise, que
significa destruição, ou em todo caso contração das forças produtivas, sobrepassa
em intensidade o auge correspondente, então obtemos como resultado uma contração
da economia. Finalmente, se a crise e o auge se aproximam entre si em magnitude,
obtemos um equilíbrio temporário – um estancamento – da economia. Este é o
esquema no fundamental. Observamos na história que os ciclos homogêneos estão
agrupados em séries. Épocas inteiras de desenvolvimento
capitalista existem quando um certo número de ciclos estão caracterizados por
auges agudamente delineados e crises débeis e de curta vida. Como resultado,
obtemos um agudo movimento ascendente da curva básica do desenvolvimento capitalista. Obtemos
épocas de estancamento quando esta curva,
ainda que passando através de parciais oscilações cíclicas, permanece
aproximadamente no mesmo nível durante décadas. E finalmente, durante certos
períodos históricos, a curva básica,
ainda que passando como sempre através de oscilações cíclicas, se inclina para baixo
em seu conjunto, assinalando a declinação das forças produtivas.
É agora
postular a priori que as épocas de enérgico desenvolvimento capitalista devem possuir formas – em política, em
leis, em filosofia, em poesia – agudamente diferentes daqueles que correspondem
à época de estancamento ou de declinação econômica. Ainda mais, uma transição
de uma época desta classe a outra diferente deve produzir necessariamente as
maiores convulsões nas relações entre classes e entre estados. No Terceiro
Congresso Mundial da Komintern [iv]
nós temos insistido sobre este ponto na luta contra a concepção puramente
mecanicista da atual desintegração capitalista. Se o re-situação periódico de
auges “normais” por crises “normais” encontra sua projeção em todas as esferas
da vida social, então uma transição de toda uma época inteira de ascenso a outra
de declinação, ou vice-versa, engendra os maiores distúrbios históricos, e não é
difícil demostrar que em muitos casos as revoluções e guerras se expandem entre
a linha de demarcação de duas épocas diferentes de desenvolvimento econômico, por exemplo a união de dois segmentos
diferentes da curva capitalista.
Analisar toda a história moderna desde este ponto de vista é realmente uma das
tarefas mais gratificantes do
materialismo dialético. Continuando com o Terceiro Congresso Mundial, o professor
Kondratiev [v]
se aproximou a este problema – como é usual, evadindo dolorosamente a formulação
da questão como fora adotada pelo Congresso mesmo – tentando agregar ao “ciclo
menor”, cobrindo um período de dez anos, o conceito de um “ciclo maior”, abraçando
aproximadamente cinquenta anos. De acordo a esta construção simetricamente
estilizada, um ciclo econômico maior consiste de uns cinco ciclos menores, e
ademais, a metade deles tem o caráter de ascendentes, enquanto a outra metade
são de crises, com todas as etapas necessárias de transição. A determinação
estatística dos ciclos maiores compilada por Kondratiev deverá ser sujeita a uma
cuidadosa e nada crédula verificação, tanto respeito aos países individualmente
como ao mercado mundial como um todo. É agora impossível refutar pelo avançado o
intenção do professor Kondratiev
a investigar as épocas rotuladas como ciclos maiores com o mesmo “ritmo
rigidamente legítimo” que é observável nos ciclos menores; isto é obviamente uma
falsa generalização de uma analogia formal. A recorrência periódica de ciclos
menores está condicionada pela dinâmica interna das forças capitalistas, e se
manifesta por si mesma sempre e em todas partes uma vez que o mercado tem
surgido à existência.
Pelo que se refere
as fases longas (de cinquenta anos) da tendência da evolução capitalista, para as
quais o professor Kondratiev [vi]
sugere, infundadamente, o uso do
termo “ciclos”, devemos destacar que o caráter e duração estão determinados, não
pela dinâmica interna da economia capitalista, senão pelas condições externas
que constituem a estrutura da evolução capitalista. A aquisição para o
capitalismo de novos países e continentes, o descobrimento de novos recursos
naturais e, no despertar destes, fatos maiores de ordem “superestrutural” tais
como guerras e revoluções, determinam o caráter e a situação das épocas
ascendentes estancadas ou declinantes do
desenvolvimento capitalista. Ao lado
de que rumos deveria proceder a investigação?
Nosso
principal objetivo há de ser estabelecer a curva da evolução capitalista incorporando seus elementos não
periódicos (tendências básicas) e periódicos (recorrentes). Temos que fazer
isto para os países que nos interessam e para o conjunto da economia mundial.
Uma vez que temos
fixado a curva (o método de fixá-la
é sem dúvida uma questão especial por si mesma, e de nenhuma maneira simples,
que pertence ao campo da técnica da estatística econômica) podemos dividi-la em
períodos, dependentes do ângulo
de ascenso ou descenso com respeito ao eixo de abscissas. Por este meio obtemos
um quadro do desenvolvimento econômico, ou seja, a
caracterização de “a verdadeira base de todos os acontecimentos que se
investigam” (Engels).
De acordo ao
concreto ou detalhado de nossa investigação, podemos necessitar uma quantidade
de tais esquemas; um relativo à agricultura, outro à industria pesada, etc. Com
este esquema como ponto de partida, devemos sincronizar-nos logo com os sucessos
políticos (no mais amplo sentido do
termo), e então podemos buscar não só sua correspondência, ou para dizer-lo mais
cautelosamente, a inter-relação entre as épocas definitivamente delineadas da
vida social e os segmentos agudamente expressados da curva do desenvolvimento capitalista, senão
também por aqueles impulsos subterrâneos diretos que unem os sucessos. Ao longo
deste caminho, naturalmente, não é difícil cair na mais vulgar esquematização; e,
sobretudo, ignorar a tenacidade, dos acondicionamentos internos e a sucessão dos
processos ideológicos, e levar a esquecer que a economia só é decisiva em última
análise. Não tem faltado conclusões caricaturescas esboçado a partir do método marxista! Mas renunciar por
esta causa à formulação da questão como se indicara antes (“seu aroma de
economismo”) é demonstrar uma completa incapacidade para entender a essência do marxismo que busca as causas das
mudanças da superestrutura social nas mudanças da fundação econômica, e em nenhum
outro lado.
O paralelismo
dos sucessos políticos e as mudanças econômicas é sem duvida muito relativa.
Como regra geral, a “superestrutura” registra e reflete novas formações na
esfera econômica só depois de considerável atraso. Mas esta lei deve apoiar-se
em uma concreta investigação daquelas complexas inter-relações.
Em nosso
informe ao Terceiro Congresso Mundial [vii]
ilustramos esta ideia com certos exemplos históricos extraídos da época da
revolução de 1848, a época da primeira revolução russa (1905) e o período
através do qual estamos passando
(1920-1921). Referimos ao leitor a estes exemplos (veja O novo curso [viii]).
Eles não proporcionam nada finalizado, mas caracterizam em forma
suficientemente adequada a extraordinária importância da visão avançada por nossos
– sobretudo, para entender os saltos mais críticos na história: as guerras e
revoluções. Mas nenhum intenção desta classe pode assemelhar-se a um incauta
antecipação daqueles resultados que fluem de uma completa e dolorosa investigação
que ainda não se tem realizado.
Na atualidade
resulta ainda impossível prever até que grau e que seções do campo da história serão iluminadas,
nem quanta luz será lançada por uma investigação materialista que procedera a um
estudo mais concreto da curva capitalista
e da inter-relação entre a última e todos os aspectos da vida social. As
conquistas que podem obter-se por este caminho serão determinadas pelo
resultado da investigação mesma, a qual deve ser mais sistemática, mais
ordenada, que aquelas excursões histórico-materialistas empreendidas até agora.
Em qualquer aproximação à história moderna enriquecer a teoria do materialismo histórico com
conquistas muito mais preciosas que extremadamente duvidosos malabarismos
especulativos, com os conceitos e termos do método materialista que, baixa da pena de alguns de nossos
marxistas, transplantaram o método formalista ao domínio do materialismo dialético; que tem
levado a reduzir a tarefa a confecção de classificações e definições precisas e
a dividir várias abstrações em quatro partes igualmente vazias; em resumo, tem
adulterado o marxismo com as maneiras elegantemente indecentes dos epígonos de
Kant. Verdadeiramente é uma loucura afiar e re-afiar sem fim um instrumento,
furar a calçada marxista, quando a tarefa é aplicar o instrumento para trabalhar
sobre a matéria-prima. Em nossa opinião, este tema pode prover o material para
os mais frutíferos trabalhos de nossos seminários marxistas sobre materialismo
histórico. As investigações independentes empreendidas nesta esfera atirariam indubitavelmente
nova luz, ou a menos mais luz, sobre sucessos históricos isolados e ainda sobre
épocas inteiras. Finalmente, o mero hábito de pensar em termos das categorias
propostas facilitaria enormemente a orientação política na presente época, que
hoje revela mais abertamente que nunca a conexão entre a economia capitalista,
que tem chegado ao cume de sua saturação, com a política capitalista, que se tem
transformado até ser completamente desenfreada.
[i] Traduzido por Almir Cezar Baptista Filho, a partir da versão em espanhol, “La Curva del desarrollo capitalista” (ver pág. 69 de León Trotsky. Naturaleza y dinámica del capitalismo y la economía de transición. Buenos Aires: Centro de Estudios, Investigaciones y Publicaciones León Trotsky, 1999).
[ii] Esse artigo apareceu pela primeira
vez na revista Vestnik
Sotsialisticheskoi Akademii (Revista da Academia Socialista) em seu
número 4, de 1923.
[iii] Cf.
Marx-Engels, Obras Escogidas, Ediciones en Lenguas Extranjeras, Moscú,
s.d., tomo I, pp. 113-114. (nota da edição em espanhol)
[iv] Ver “Tese sobre a situação mundial e a tarefa da
Internacional Comunista” – Terceiro Congresso da Internacional Comunista, junho de 1921.
[v]
Economista russo N. D. Kondratiev que foi um dos primeiros teóricos que tentou
provar estatisticamente o fenômeno das “ondas longas”, movimentos cíclicos de
aproximadamente 50 anos de duração, conhecidos posteriormente na Economia, como
“ciclos de Kondratiev”. A primeira referência de Kondratiev aos ciclos
prolongados ocorreu em seu livro de 1922 “A economia mundial e sua conjuntura
durante e depois da guerra”. Em sua maior parte, o livro tratava de uma análise
empírica dos eventos desde 1914, mais que questões explicitamente teóricas.
O conceito de ciclos
prolongados foi introduzido nos últimos capítulos, e só na forma de uma
generalização histórica mais bem tentada. Para ele a natureza particularmente
aguda da crise do pós-guerra se explica assim mediante ao fato de que marcava
um ponto de viragem no ciclo prolongado e o começo de sua fase descendente.
Para saber mais leia “La teoría del ciclo prolongado de Kondratiev, Trotsky y
Mandel”, de Richard B. Day, revista Critique
no. 4 (originalmente publicado em inglês na New
Left Review, no. 99).
[vi] Três
anos depois do presente artigo, Trótski proferiu um discurso em 18 de janeiro
de 1926 no Clube de Negócios sobre os informes organizados pelo Conselho
Econômico Industrial do Ministério da Planificação da URSS, sobre as tendências
no desenvolvimento da economia mundial para 1919-1925, feitos pelos professores
Bukshpan, Kondratiev, Spektator e Falkner. O texto foi em seguida publicado
como “Sobre a questão das tendências no desenvolvimento da economia mundial” em
Planoovoe Khozyaistvo (versão em
espanhol também consta na coletânea Naturaleza y dinámica del capitalismo y la
economía de transición).
[vii] Informe
político proferido no III Congresso da Internacional Comunista, em 23 de junho
de 1921 como proposta de resolução à IC (“Informe sobre a crise econômica
mundial e as novas tarefas da Internacional Comunista”). Antes do
pronunciamento ao Congresso, Trótski apresentou uma versão preliminar desta (“A
Situação Mundial”) na reunião do Comitê Central do Partido Comunista Russo. A
versão corregida por Trotsky sobre a base taquigráfica foi publicado em Piat Let Kominterna. Este texto consta
em versão em espanhol (“La Situación Mundial”) consta na coletânea de textos
econômicos de Trotsky (León
Trotsky. Naturaleza y dinámica del capitalismo y la economía de transición.
Buenos Aires: Centro de Estudios, Investigaciones y Publicaciones León Trotsky, 1999).
Será nesse informe que
Trótski elaborará a teoria da “curva do desenvolvimento capitalista” que
aprofundara no presente artigo.
[viii]
Documento político aprovado pela direção do Partido Comunista Russo em 1923,
como compromisso político após a morte de Lênin, entre os vários grupos de
dirigentes, cuja redação coube a Trótski, sobre a situação mundial e interna e
sobre a necessidade de mudança dos rumos da atuação do partido para evitar a
burocratização do Estado soviético.
Artigo revisado em 30/11/2015
Artigo revisado em 30/11/2015
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