O ingresso de poupança externa não melhorou as contas externas no Brasil, pelo contrário. Em 10 anos, ingresso de IED (investimento estrangeiro direito) cresce 10% e déficit em transações correntes, 10 vezes.
Ao contrário, em 2000, o déficit em transações correntes de US$ 24,2 bilhões teve como contrapartida o ingresso de US$ 4,2 bilhões em investimento estrangeiro direto (IED). Já em 2010, o aumento do IED para US$ 26,6 bilhões não impediu que país terminasse o ano com um rombo de US$ 47,5 bilhões, quantia recorde em termos absolutos e que representou 2,28% do PIB. O aumento de US$ 22 bilhões no ingresso de IED, verificado entre 2009 e 2010, foi todo consumido pela saída, também de US$ 22 bilhões, do IED de empresas brasileiras no exterior.
Parte do IED que entra vai para o investimento especulativo, enquanto que, outra parte se destina à compra de ativos no Brasil, o que tem como conseqüência em mais remessa de lucros e dividendos. Por sua vez, as remessas de lucros são isentas de imposto de renda, e que o câmbio valorizado é maior um incentivo ao envio de remessas às matrizes de multinacionais, muitas delas em dificuldades devido à crise mundial. As remessas de lucro para o exterior são isentas e as pessoas jurídicas pagam imposto sobre lucro de apenas 15%, após fazerem inúmeras deduções. Mas a distribuição para os sócios é isenta e o IED volta para o exterior.
Isso tudo acontece, apesar de o BC estar tentando "calibrar o fluxo de divisas", a tendência de queda do dólar é mundial.
informações Agência Brasil
vivemos uma palhaçada.
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