Desde o Plano Real, devido as privatizações, o déficit com exterior saltou de US$ 15 bi para US$ 71 bi, consequência da desnacionalização, com as respectivas alta na remessas de lucros e dividendos e importação de tecnologia.
Privatizações quintuplicam rombo externo
Monitor Mercantil, 08/04/2011
Desde o início do Plano Real, o déficit na balança de serviços e rendas saltou de US$ 14,7 bilhões, em 1994, para US$ 70,6 bilhões ano passado, segundo o Banco Central (BC). Para o economista Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES, esse desempenho se deve, sobretudo, às privatizações. "As privatizações comprometeram de forma permanente o balanço de pagamentos", destaca.
Já Paulo Passarinho, economista do Conselho Regional de Economia (Corecon-RJ), acrescenta que a evolução do déficit da conta de serviços é diretamente relacionada ao grau de abertura da economia: "Em particular, da desnacionalização do parque produtivo do país e o conseqüente crescimento das remessas de lucros e dividendos das empresas estrangeiras aqui instaladas."
O conselheiro do Corecon-RJ lembra que, apesar de credor líquido (as reservas cambiais de cerca de US$ 300 bilhões equivalem ao montante da dívida pública externa), a dívida não foi paga e continua representando uma despesa importante para o país.
Além dessas despesas, pesam fortemente sobre a balança de serviços as despesas com fretes e os gastos dos brasileiros com viagens para o exterior, turbinados pela sobrevalorização do real.
Em 2010, o total das despesas dos brasileiros com o turismo internacional somou US$ 16,4 bilhões. Em 2003, esse valor fora de US$ 2,3 bilhões, quase igual ao verificado em 1994 (US$ 2,2 bilhões).
O déficit provocado pelos gastos com frete atingiram US$ 6,4 bilhões no ano passado superando em US$ 4,8 bilhões o resultado negativo de 2003, quando a conta de transportes fechara em US$ 1,6 bilhão negativo.
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