Condenados a serem o quintal do Bric?
PARA BANCO MUNDIAL, EXPORTAÇÃO DE COMMODITIES "É BÊNÇÃO" PARA AL E CARIBE
Se depender do Banco Mundial (Bird), os países da América Latina e Caribe estarão destinados a fornecer matérias-primas para o desenvolvimento da Ásia, em particular da China. Segundo o Bird, diante do forte crescimento chinês, a dependência dos países da América Latina e Caribe das exportações de commodities deveria ser visto como "uma bênção".
Essa é a principal conclusão do relatório Recursos Naturais na América Latina e Caribe: Indo além das altas e baixas, do Bird.
Muitos acadêmicos brasileiros, como Luiz Carlos Bresser Pereira e Ricardo Carneiro, já advertiram para risco de o país concentrar sua pauta de exportações em commodities, inclusive as manufaturadas de baixo valor agregado, como açúcar refinado e etanol.
O Bird, porém, insiste em destacar o peso dos recursos naturais para as vendas externas da região. E alega que o que é apontado por especialistas preocupados com o desenvolvimento como pernicioso, agora, seria benéfico.
Enquanto a região insiste em se especializar em commodities agrícolas e minerais, China e Índia optaram por tornarem-se produtores de mercadorias industrializadas e de serviços, como eletroeletrônicos, máquinas e softwares.
Com as receitas de exportações de produtos de maior valor agregado, os dois são os dois únicos integrantes do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) que continuaram a crescer durante a crise internacional.
"A rapidez da recuperação na América Latina e sua resistência à crise econômica global podem ser atribuídas, em parte, ao aumento das exportações de commodities da região para as economias emergentes da Ásia", afirmou o economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e Caribe, Augusto de la Torre.
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