quarta-feira, 18 de junho de 2025

A Rússia e Ucrânia está longe de um cessar-fogo. É o imperialismo que não deixa

 📼https://youtu.be/Mb3a1AcdpuI


Mais um vídeo do Economia É Fácil, o seu canal de economia e conjuntura com linguagem fácil e na perspectiva dos trabalhadores. Corte da entrevista com Cyro Garcia, historiador e professor de Direito.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Gaza: ONU denúncia os massacres. Europa ameaça romper com Israel. Netanyahu prossegue com guerras.

 https://youtu.be/6Dk3yRloVK4


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quarta-feira, 11 de junho de 2025

PROFESSORES EM GREVE, ESCOLA EM CRISE: QUEM PAGA ESSA CONTA?

🎙 Nova edição do Economia É Fácil
🗓 Quinta, 12/06 – às 21h
📍 Rádio Censura Livre

👨‍🏫 Entrevista com o professor Paulo Reis, da rede pública do DF, e profª Vanessa Portugal, da rede de Belo Horizonte/MG sobre:
✅ Greve, corte de ponto e repressão judicial
✅ Ataques ao Fundeb e arrocho salarial
✅ Saúde mental, assédio e metas abusivas
✅ Riscos do “apagão” de professores
✅ O papel da educação no orçamento público
✊🏾 Educação é investimento, não despesa. Valorizar o magistério é lutar pelo futuro do país!

🔗https://www.youtube.com/live/pbZRSPEwxnk?si=6rch3Rtqy0DfiFXj


#educação 
#professor 
#greve
#fundeb                  

sábado, 7 de junho de 2025

A Economia e a Revolução: os elementos básicos para uma Economia Política da Transformação Social no Século XXI

 Sínteses que permeiam uma Teoria Contemporânea Marxista do Desenvolvimento Capitalista

Por Almir Cezar Filho

Introdução

A compreensão das dinâmicas contemporâneas do desenvolvimento econômico exige, mais do que nunca, um retorno crítico e criativo à tradição marxista. Em tempos marcados por crises recorrentes, desigualdades estruturais e reconfigurações globais, a economia política não pode prescindir de uma leitura totalizante do capitalismo enquanto sistema mundial e historicamente determinado. Este capítulo introdutório propõe reunir os fundamentos de uma teoria contemporânea do desenvolvimento econômico capitalista à luz do marxismo, articulando a dinâmica da economia com os processos políticos, a estrutura social e as determinações extraeconômicas que moldam o movimento do capital e da luta de classes.

A partir do princípio do desenvolvimento desigual e combinado — que recusa as falsas simetrias dos modelos linear-evolutivos —, buscamos uma abordagem dialética e tridimensional da realidade. O desenvolvimento não se dá como trajetória homogênea ou universal, mas como expressão de múltiplos modos de produção articulados desigualmente dentro de um sistema global hierarquizado. Essa heterogeneidade é constitutiva do capitalismo, que, ao se expandir e buscar sua autorreprodução, incorpora formas sociais e produtivas distintas em escalas nacional e internacional. Portanto, a teoria do desenvolvimento deve partir da totalidade concreta, reconhecendo as mediações entre as estruturas econômicas nacionais, as lutas de classe e a inserção no sistema interestatal capitalista.

A revolução — entendida como salto histórico, ruptura da continuidade evolutiva e precipitação de contradições não resolvidas — é um elemento essencial para compreender tanto as mutações estruturais do capitalismo quanto as possibilidades de sua superação. Mais do que consequência de crises econômicas, a revolução pode ser seu motor. A história do século XX oferece múltiplas expressões dessa dinâmica: do Estado operário burocratizado à social-democracia do bem-estar, passando pelos nacionalismos desenvolvimentistas da periferia. Tais experiências, ainda que marcadas por limites e derrotas, alteraram profundamente as formas de organização produtiva, o papel do Estado e as mentalidades sociais — elementos que permanecem decisivos na configuração do presente.

Este texto parte, portanto, da premissa de que o capitalismo deve ser apreendido como totalidade contraditória, cuja estrutura e dinâmica são determinadas por leis econômicas internas (como a lei do valor e da acumulação) e por determinações extraeconômicas (como a política, a ideologia, a moral, o direito e as relações interestatais). A análise da conjuntura, das flutuações cíclicas, da política econômica e da inserção internacional de cada país não pode ser feita sem essa perspectiva de longa duração, que recusa o imediatismo da análise econômica convencional e resgata o horizonte da transformação revolucionária como categoria estratégica e analítica.

1. O Conceito de Desenvolvimento Econômico na Tradição Marxista

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Da Ucrânia a Gaza, do G7 ao STF | ECONOMIA É FÁCIL

🔗Link para assistir: https://youtube.com/live/qed6bDgkQkg

📺 ECONOMIA É FÁCIL #ConjunturaMensal | Com Cyro Garcia 🌍 O mundo está em chamas — e o Brasil no centro de disputas cada vez mais intensas. Nesta edição de Economia É Fácil, o historiador, professor e militante de esquerda Cyro Garcia analisa conosco os principais fatos da conjuntura nacional e internacional:

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Lula amigo de Xi e Putin? Articulações geopolíticas do Brasil na Rússia e na China

 🔗https://youtu.be/5r__AlWS_DM

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terça-feira, 3 de junho de 2025

Coerência Motivacional Retroativa - Infográfico Conceitual

Por Almir Cezar Filho


1️⃣ Problema: O Sentido da Ação Histórica

❓ O que justifica uma ação política ou histórica?
✔️ Vencer uma batalha é suficiente?
✔️ Impedir uma medida regressiva basta?
🔑 Ou precisamos garantir que a vitória preserve a razão pela qual lutamos?


2️⃣ Hipótese Central

🌀 Coerência Motivacional Retroativa

Alterar o passado é possível, desde que o novo futuro justifique a motivação original da ação.

Síntese:
✔️ O tempo pode mudar → mas não pode perder o sentido que o impulsionou.
✔️ A ação só é válida se manter ou recriar a motivação que a originou.

segunda-feira, 2 de junho de 2025

A guerra comercial EUA vs. China esconde uma luta pela ordem global capitalista, por Cyro Garcia

 https://youtu.be/ALJCqgBu-Ho?si=tK0L2YqRnOFj43fw


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domingo, 1 de junho de 2025

Ucrânia e Gaza: Duas guerras, um mesmo interesse do imperialismo

🔗https://youtu.be/9fJZHzvcDlw?si=QbtKJvD9cGcs3rUG


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quinta-feira, 29 de maio de 2025

TEMPO, PLANEJAMENTO E TRANSFORMAÇÃO: A coerência motivacional retroativa como princípio para a teoria econômica, a política pública e o fomento ao desenvolvimento

Um ensaio heurístico-dialético aplicada à Economia


Por Almir Cezar Filho


Vivemos em um tempo de incertezas profundas, marcado por choques externos, transições tecnológicas aceleradas e limites ambientais. Nesse contexto, cresce a exigência por políticas públicas que não apenas resolvam problemas imediatos, mas que preservem a coerência estratégica e histórica de seus objetivos. Este ensaio propõe uma lente alternativa para pensar a racionalidade econômica e a ação governamental no tempo: a coerência motivacional retroativa.

Este ensaio propõe uma lente alternativa para pensar a racionalidade econômica e a ação governamental no tempo: a coerência motivacional retroativa.

Trata-se de uma heurística — ou seja, uma regra prática orientadora que ajuda a pensar e agir em cenários complexos, instáveis ou incertos. Heurísticas não pretendem fornecer soluções fechadas, mas sim guiar decisões eficazes quando os modelos tradicionais não dão conta da realidade. No planejamento e na formulação de políticas públicas, esse tipo de ferramenta é essencial, pois permite alinhar intenção e efeito mesmo quando as condições mudam e os resultados são parcialmente imprevisíveis.

Originalmente inspirada por reflexões filosóficas e paradoxos da literatura de ficção científica, essa noção assume aqui um novo papel: o de princípio heurístico para o planejamento e o fomento ao desenvolvimento. Ela parte de uma pergunta fundamental: uma política continua justificável quando seus efeitos anulam ou distorcem os fins que a motivaram? Em outras palavras, os resultados de uma intervenção pública ainda legitimam a motivação que a originou?

A Economia contemporânea já opera com modelos baseados em expectativas retroalimentadas, como no caso das expectativas racionais. Entretanto, a teoria da coerência motivacional retroativa sugere um passo além: considerar não apenas as consequências econômicas previstas, mas a manutenção ou transformação da motivação que justifica as decisões.

Políticas econômicas ou movimentos de mercado só se sustentam historicamente se os efeitos retroativos dessas ações reproduzem ou atualizam a motivação que as impulsionou.

Exemplo: Um país adota uma política de juros altos para conter a inflação. Se, de fato, a inflação cai, mas ao custo de uma recessão prolongada, desemprego em massa e precarização social, a motivação original — estabilizar a economia — pode perder sua legitimidade.

Nesse caso, os sujeitos sociais/agentes econômicos exigem mudanças, ou até reversão, na política econômica, mesmo que ainda esteja em curso ou até nem tenha completado/finalizado a sua atuação. Isto é, a ação entra em contradição retroativa: os meios deslegitimam o fim.

Esse critério permite uma avaliação histórica da legitimidade das políticas econômicas, não apenas em termos de eficácia técnica, mas de coerência estratégica ao longo do tempo.


1. A Crise da Causalidade Linear nas Políticas Econômicas

Grande parte da teoria econômica moderna opera com um modelo de causalidade linear: políticas geram efeitos que, por sua vez, são avaliados por indicadores. Entretanto, crises sucessivas — como a estagflação, o colapso financeiro de 2008, ou os efeitos distributivos regressivos de reformas estruturais — mostraram que resultados econômicos podem deslegitimar a intenção original de uma política.

A lógica da coerência motivacional retroativa propõe, nesse cenário, um teste de consistência estratégica ao longo do tempo. Uma ação econômica ou institucional só se sustenta se os contextos que ela gera ainda justificam a sua adoção — ou reconfiguram, de forma coerente, sua motivação inicial.

Esse problema decorre, em parte, da persistência do raciocínio causal linear e do uso sistemático do ceteris paribus nos modelos econômicos, que isolam variáveis como se o restante do sistema permanecesse inalterado. No mundo real, porém, as políticas públicas e as decisões econômicas operam em contextos dinâmicos e interativos, onde cada ação modifica as condições iniciais e afeta outras variáveis relevantes. A coerência motivacional retroativa se apresenta, nesse cenário, como uma alternativa mais adequada: ela rejeita a fixação artificial de parâmetros e propõe um critério de causalidade histórico-dinâmica, em que a ação só se justifica se seus efeitos preservarem — ou reconfigurarem de modo legítimo — a motivação que a originou.

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Uma teoria dialética da coerência temporal com implicações para a economia, a história, a luta social (…e a ficção científica)

Por Almir Cezar Filho

🎥 Assista também: https://youtube.com/shorts/MVdN4IDnXzM

Vivemos um tempo em que a realidade parece escapar pelas frestas e o futuro se dissolve em incertezas. Talvez, diante disso, devêssemos pausar e encarar uma pergunta incômoda: o que realmente justifica uma ação política ou histórica? Basta vencer uma batalha? Impedir uma medida regressiva é suficiente? Ou é preciso mais: garantir que nossas vitórias preservem, no tempo, a razão pela qual lutamos?

Hoje, a ação parece cada vez mais desconectada de suas consequências. O futuro, quando não é temido, é descartado. Crises superpostas, decisões apressadas, mobilizações frustradas e retrocessos disfarçados de avanços formam o pano de fundo deste cenário. O que, então, justifica uma ação histórica? Basta o êxito imediato ou devemos considerar se a vitória mantém viva a coerência com o projeto que a motivou?

Este ensaio propõe uma reflexão filosófica que parte de uma especulação provocadora — a hipótese da viagem no tempo — para propor uma teoria com implicações políticas, históricas e éticas: a da coerência motivacional retroativa. Inspirada nos paradoxos clássicos da ficção científica, essa hipótese convida a pensar não apenas sobre os limites da causalidade, mas sobre o próprio sentido das transformações que buscamos. O tempo, aqui, não é mero cenário das ações humanas, mas um espelho crítico que interroga: nossas ações ainda fazem sentido, depois de realizadas?

O paradoxo temporal — a possibilidade de uma viagem ao passado alterar o futuro a ponto de impedir a própria viagem — tornou-se um tema recorrente na ficção científica moderna. De O Exterminador do Futuro a Dark, de Looper a Interestelar, a obsessão narrativa por curvar, refazer ou corrigir o tempo expressa uma ansiedade histórica profunda da nossa era. Em tempos de colapso ambiental, instabilidade democrática e avanços tecnológicos acelerados, o desejo de voltar atrás e refazer bifurcações perdidas transformou-se num anseio coletivo, mascarado de entretenimento.

Porém, a ficção científica nunca foi apenas escapismo. Ela funciona como um laboratório filosófico da razão humana, onde hipóteses radicais são testadas em cenários simbólicos. Em um mundo que parece girar mais rápido do que nossa capacidade de compreendê-lo, a sci-fi fornece não apenas metáforas potentes, mas estruturas lógicas alternativas para pensar tempo, causalidade, responsabilidade e agência. Ao encenar paradoxos temporais, a arte nos ensina a enfrentar as contradições do presente com rigor e, quem sabe, a encontrar saídas.

Mais que um gênero, a ficção científica opera como dispositivo epistemológico e estratégico. Ela antecipa tecnologias, projeta sistemas sociais, modelos econômicos alternativos, cenários de escassez, colapso ou utopia — oferecendo ferramentas heurísticas a campos como a economia, a sociologia, o urbanismo, a engenharia e o planejamento político. Modelos econômicos pós-trabalho, sociedades baseadas em inteligência artificial, crises de recursos ou reorganizações estatais: tudo isso foi primeiramente explorado pela ficção, antes de se tornar pauta nos fóruns da política global.

Nesse sentido, a ficção científica também é um instrumento de luta para os movimentos sociais. Ao imaginar futuros possíveis — e, às vezes, futuros a evitar — rompe com o fatalismo histórico e o estreitamento do imaginário imposto pelas ideologias dominantes. Permite que os movimentos populares formulem estratégias de longo prazo, reconstruam narrativas e visualizem o impacto sistêmico de suas ações — inclusive em termos temporais: coerência entre meios e fins, entre causas e efeitos. O tempo, nesse contexto, deixa de ser fluxo linear e passa a ser campo simbólico e estratégico a ser disputado.

Falo também de um lugar pessoal. Desde a infância fui marcado pelas sagas de Star Wars e Star Trek. Em suas galáxias distantes e futuros especulativos, não vi apenas naves e batalhas, mas projetos de sociedade. Star Trek me apresentou, ainda criança, a ideia de uma federação interplanetária onde o conhecimento e a cooperação superam a escassez. Star Wars, por outro lado, me ensinou que impérios caem — mas apenas quando a resistência se organiza e ousa imaginar alternativas. Essas obras, embora distintas, foram decisivas para meu despertar intelectual, moldando meu interesse pela economia e meu posicionamento político à esquerda: crítico às desigualdades, atento às estruturas de poder e comprometido com a ideia de que outros futuros são possíveis — mas que é preciso agir com coerência entre o que se sonha e o que se constrói no tempo.

Assim, proponho uma provocação filosófica com consequências muito concretas: e se fosse possível voltar no tempo e mudar o passado, mas apenas se o novo futuro ainda justificasse a viagem no tempo que o provocou? Esse princípio evitaria os famigerados paradoxos temporais e preservaria uma lógica: o tempo pode mudar, mas não pode perder o sentido que o impulsionou. A coerência motivacional retroativa não precisa ficar restrita ao domínio dos paradoxos: ela oferece uma lente original para pensar a história, a economia e a conjuntura política.

VI. Conclusões

[...]

4. Tempo, sentido e compromisso

A metáfora clássica do tempo como uma linha reta já não dá conta da complexidade histórica contemporânea. A História não anda em linha: ela gira, bifurca, se dobra, e, frequentemente, nos obriga a retornar — se não fisicamente, como nas narrativas de ficção científica, ao menos simbolicamente, para corrigir, reavaliar e recolocar sentido onde ele se perdeu.

Talvez esta seja a verdadeira tarefa da política em tempos de crise:
agir com a consciência de que o tempo exige coerência.
Não é o futuro que redime o passado, mas a capacidade de manter viva a motivação histórica da ação, mesmo após os seus efeitos.

A coerência motivacional retroativa nos oferece mais do que uma teoria especulativa: oferece um critério ético e estratégico para evitar tanto o cinismo do poder quanto a ingenuidade do ativismo vazio.

Ela nos ensina que transformar o mundo não basta:
é preciso transformá-lo de tal modo que, ao olharmos para trás, ainda nos reconheçamos no gesto que o fez possível.


PARADOXOS TEMPORAIS: Causalidade retroativa, plasticidade do tempo e preservação motivacional



Uma Teoria Dialética heurística da Coerência Temporal com usos para a Economia, História, Luta Social (…e Sci-Fi)

Por Almir Cezar Filho

Assista também: https://youtube.com/shorts/MVdN4IDnXzM

Vivemos um tempo em que a realidade parece escapar pelas frestas e o futuro se dissolve em incertezas. Talvez, diante disso, devêssemos pausar e encarar uma pergunta incômoda: o que realmente justifica uma ação política ou histórica? Basta vencer uma batalha? Impedir uma medida regressiva é suficiente? Ou é preciso mais: garantir que nossas vitórias preservem, no tempo, a razão pela qual lutamos?

Hoje, a ação parece cada vez mais desconectada de suas consequências. O futuro, quando não é temido, é descartado. Crises superpostas, decisões apressadas, mobilizações frustradas e retrocessos disfarçados de avanços formam o pano de fundo deste cenário. O que, então, justifica uma ação histórica? Basta o êxito imediato ou devemos considerar se a vitória mantém viva a coerência com o projeto que a motivou?

Este ensaio propõe uma reflexão filosófica que parte de uma especulação provocadora — a hipótese da viagem no tempo — para propor uma teoria com implicações políticas, históricas e éticas: a da coerência motivacional retroativa. Inspirada nos paradoxos clássicos da ficção científica, esta hipótese convida a pensar não apenas sobre os limites da causalidade, mas sobre o próprio sentido das transformações que buscamos. O tempo, aqui, não é mero cenário das ações humanas, mas um espelho crítico que interroga: nossas ações ainda fazem sentido, depois de realizadas?

O paradoxo temporal — a possibilidade de uma viagem ao passado alterar o futuro a ponto de impedir a própria viagem — tornou-se um tema recorrente na ficção científica moderna. De O Exterminador do Futuro a Dark, de Looper a Interestelar, a obsessão narrativa por curvar, refazer ou corrigir o tempo expressa uma ansiedade histórica profunda da nossa era. Em tempos de colapso ambiental, instabilidade democrática e avanços tecnológicos acelerados, o desejo de voltar atrás e refazer bifurcações perdidas transformou-se num anseio coletivo, mascarado de entretenimento.

Porém, a ficção científica nunca foi apenas escapismo. Ela funciona como um laboratório filosófico da razão humana, onde hipóteses radicais são testadas em cenários simbólicos. Em um mundo que parece girar mais rápido do que nossa capacidade de compreendê-lo, a sci-fi fornece não apenas metáforas potentes, mas estruturas lógicas alternativas para pensar tempo, causalidade, responsabilidade e agência. Ao encenar paradoxos temporais, a arte nos ensina a enfrentar as contradições do presente com rigor e, quem sabe, a encontrar saídas.

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Paradoxo Temporal: Você já imaginou mudar o passado… sem destruir o sentido da sua própria ação? 🤯

Você já imaginou mudar o passado… sem destruir o sentido da sua própria ação? 🤯
Neste vídeo, apresentamos a Coerência Motivacional Retroativa, uma teoria dialética poderosa em heurística que conecta viagem no tempo, transformação social e estratégia política.
Partimos da ficção científica — de "O Exterminador do Futuro" a "Dark" — para propor uma reflexão profunda: não basta transformar, é preciso preservar o sentido da transformação!


👉 Aplicações práticas para a Economia, História, Luta Social… e, claro, para a Ficção Científica!
👉 Descubra como a ação política pode ser coerente com seus próprios fundamentos, mesmo em tempos de crise e incerteza.
🔗Link: https://youtube.com/shorts/MVdN4IDnXzM

Debate sobre o ciclo capitalista de longo prazo entre Trotski vs. Kondratiev e a solução pelas categorias "regulação" e "direção"

Por Almir Cezar Filho

📊 O debate entre Kondratiev e Trotski sobre a dinâmica de longo prazo do capitalismo marcou a teoria marxista. Neste vídeo, explicamos de forma rápida e clara por que a solução passa pela síntese entre dois conceitos: regulação pela lei do valor e direção política.
Descubra como superar o velho dilema entre economicismo e politicismo!
⚙️ Regulação → estrutura os ciclos econômicos 🧭 Direção → conduz o desenvolvimento histórico

Assista - clique aqui: https://youtube.com/shorts/P23hn6w1Asg

sábado, 24 de maio de 2025

No Brasil, quem vive do trabalho paga imposto pesado, quem vive de renda... não paga nada!

 💰 Desde 1995, lucros e dividendos distribuídos a acionistas são isentos, enquanto trabalhadores arcam com até 27,5% de IR. Neste vídeo, desmontamos os mitos sobre a chamada “bitributação” e mostramos por que tributar lucros e dividendos é o mínimo de justiça fiscal.

📊 Países como EUA e Alemanha tributam — e continuam atraindo investimentos!

💸 No Brasil, só os super-ricos ganham: os 0,1% mais ricos concentram 70% dos rendimentos isentos. A pergunta é: Lula e Haddad terão coragem de aprovar essa medida?

Assista aqui: https://youtube.com/shorts/zDE5tIf59CI 

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Crise, Ciclo e desenvolvimento no capitalismo: A solução do debate Kondratiev-Trótski a partir das idéias de regulação e direção

 A solução do debate Kondratiev-Trótski a partir das idéias de regulação e direção1 2

Prólogo

A relação entre crise e ciclos econômicos e o desenvolvimento do capitalismo é uma tema palpitante, especialmente no período de uma crise. O artigo3 procura fazer um primeiro apanhado do meu entendimento sobre a questão, onde procuro desenvolver a solução do problema de maneira distinta do que a intelectualidade marxista sempre a vem tratando, em especial as naturezas objetiva versus subjetiva e o caráter econômico x não-econômico do ciclo e da dinâmica econômica.

Embora outros autores4 cheguem a conclusões aproximadas deste artigo, e tratem até com maior profundidade a questão da polêmica e a abordagem diferente sobre ciclo entre Trótski e Kondratiev, esses não tratam as implicações fundamentais dessa controvérsia e os seus três desdobramentos obrigatórios: (i) a relação entre o ciclo e a crise e as determinações dessa dinâmica alternante, (ii) a relação entre dinâmica de longo prazo e o desenvolvimento econômico e (iii) que os capitalismos nacionais são partes de um sistema capitalista, totalizante e mundial. Assim, também se condena qualquer compatibilidade entre a tese de “onda longa” com o entendimento trotskista de dinâmica de longo prazo do Capitalismo, inclusive uma eventual correspondência entre onda longa e ciclo longo.

Por fim, o presente artigo além do debate Trótski-Kondratiev, encontra ainda na própria literatura marxiana a solução do dilema teórico das ligações entre "ciclo e tendência, entre dinâmica e desenvolvimento econômico e entre esfera política e esfera econômica, que de fundo permeou o debate.

A solução é encontrada pelo método de recortar a realidade sistêmica do Capitalismo entre seus mecanismos de “regulação” e de “direção”, isto é, entre a determinação pela lei do valor e a “primazia” da política, como ficará mais claro ao final do artigo. Como consequência do artigo, esse instrumental permite ao estudioso marxista da conjuntura e/ou da trajetória de desenvolvimento superar o falso dilema “economicismo” versus “politicismo”.

(1) Apresentação

No início dos anos 1920 o economista russo Nicolai Kondratiev pioneiramente produziu um estudo sobre a regularidade do desenvolvimento da economia capitalista e definiu com base em análises estatísticas que a uma fase de expansão segue-se outra de contração. Frequentemente marxistas, e mesmo não-marxistas, costumam analisar a dinâmica de longo prazo do capitalismo a partir da teoria das “ondas longas” de Kondratiev.

Atualmente, vivemos o início de um revival do pensamento de Kondratiev, com a crise econômica mundial aparecida em 2007, finalizando um forte ciclo de prosperidade vivida pelo mundo desde o início da década de 2000. Com isso alguns intelectuais aparentemente passaram a ver nesse fato a manifestação ou prova viva da validade da dessa teoria.

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Conjuntura: Lula se equilibra entre Trump, Xi e Putin. Haddad corre para agradar o mercado e STF julga os golpistas.

📌 Lula aperta a mão de Putin e Xi. Enquanto Lula busca apoio entre potências como China e Rússia, o governo afunda em escândalos como o do INSS.
🌎 No cenário global, as guerras seguem devastando Gaza e a Ucrânia, enquanto a tensão entre Estados Unidos e China ganha novos capítulos.
💰Haddad corre para agradar o mercado enfrenta o fantasma dos juros altos. E o STF julga os golpistas do 8 de janeiro e vê a extrema-direita ser julgada.
⚠️  De Brasília a Pequim, de Gaza a Wall Street — os ventos da crise varrem o planeta. Mas quem paga a conta é o povo.
🎧 Vem entender a conjuntura com Cyro Garcia no Economia É Fácil. Um giro completo pela geopolítica e economia, com olhar crítico, popular e independente.


quinta-feira, 8 de maio de 2025

Agir no Tempo sem Trair a História - Uma Teoria Dialética da Coerência Temporal com uso para Economia, História, luta social (...e Scifi)


Causalidade retroativa, plasticidade do tempo e preservação motivacional 
(Ensaio)

Por Almir Cezar Filho

Num tempo em que a realidade parece escapar das mãos e o futuro se dissolve em incertezas, talvez devêssemos parar e fazer uma pergunta incômoda: o que justifica uma ação política ou histórica? Vencer uma batalha basta? Impedir uma medida é suficiente? Ou devemos ir além: será que nossas vitórias mantêm viva a razão pela qual lutamos?

Vivemos tempos em que a ação parece cada vez mais desconectada de suas consequências, e o futuro — quando não é temido — é simplesmente descartado. Em meio a crises superpostas, decisões políticas apressadas, mobilizações frustradas e retrocessos que se anunciam como avanços, uma pergunta incômoda se impõe: o que realmente justifica uma ação histórica? Basta vencer uma batalha? Impedir uma medida regressiva? Conquistar uma reforma? Ou será que há algo mais sutil, porém essencial: nossas vitórias ainda preservam a razão pela qual lutamos?

Este ensaio parte de uma especulação provocadora — a hipótese da viagem no tempo — para propor uma teoria com implicações concretas para o pensamento político, histórico e ético: a da coerência motivacional retroativa. Inspirada em paradoxos clássicos da ficção científica, ela nos convida a refletir não apenas sobre os limites da causalidade, mas sobre o próprio sentido das transformações que buscamos. O tempo, aqui, não é apenas o pano de fundo onde agimos — ele é o espelho crítico que interroga se nossas ações ainda fazem sentido depois de terem sido realizadas.

O paradoxo temporal — a ideia de que uma viagem ao passado poderia alterar o futuro a ponto de impedir a própria viagem — tornou-se um dos temas mais recorrentes da ficção científica moderna. De O Exterminador do Futuro a Dark, de Looper a Interestelar, a obsessão narrativa por alterar o tempo, curvá-lo, refazê-lo ou corrigi-lo parece refletir uma ansiedade histórica profunda da nossa era. Em tempos de colapso ambiental, instabilidade democrática e avanços tecnológicos acelerados, a ideia de voltar atrás, desfazer erros, reconstruir bifurcações perdidas da história tornou-se um desejo coletivo mascarado de entretenimento.

Mas a ficção científica nunca foi apenas escapismo. Ela opera como laboratório filosófico e imaginativo da razão humana, onde hipóteses radicais são testadas em cenários simbólicos. Em um mundo que parece girar mais rápido do que a capacidade de compreendê-lo, a sci-fi oferece não apenas metáforas poderosas, mas estruturas lógicas alternativas para pensar tempo, causalidade, responsabilidade e agência. Ao encenar paradoxos temporais, a arte nos ensina a encarar as contradições do presente com rigor, e talvez até a encontrar saídas possíveis para elas.

Mais do que um gênero literário ou cinematográfico, a ficção científica opera como um dispositivo epistemológico e estratégico. Ela não apenas antecipa tecnologias, mas projeta sistemas sociais, modelos econômicos alternativos, cenários de escassez, colapso ou utopia — e, ao fazer isso, oferece ferramentas heurísticas para áreas como economia, sociologia, urbanismo, engenharia e até mesmo planejamento político. Modelos econômicos pós-trabalho, sociedades baseadas em inteligência artificial, crises de recursos, reorganização dos Estados — tudo isso já foi explorado na ficção décadas antes de se tornar pauta nos fóruns de política global.

Nesse sentido, a ficção científica pode ser também um instrumento de luta para movimentos sociais. Ao imaginar futuros possíveis (e às vezes futuros a evitar), ela rompe com o fatalismo histórico e o estreitamento do imaginário imposto pelas ideologias dominantes. Permite que os movimentos populares pensem estratégias de longo prazo, reconstruam narrativas e visualizem o impacto sistêmico de suas ações — inclusive em termos temporais, como a coerência entre meios e fins, ou entre causas e efeitos. O tempo, nesse contexto, não é mais um fluxo linear a ser suportado, mas um campo simbólico e estratégico a ser disputado.

Falo também de um lugar pessoal. Desde a infância, fui marcado pelas sagas de Star Wars e Star Trek. Em suas galáxias distantes e futuros especulativos, não vi apenas naves e batalhas, mas projetos de sociedade. Star Trek me apresentou, ainda criança, a ideia de uma federação interplanetária onde o conhecimento e a cooperação superavam a escassez. Star Wars, por outro lado, me ensinou que impérios caem — mas só quando a resistência se organiza e ousa imaginar alternativas. Essas obras, embora muito diferentes entre si, foram decisivas para me despertar para os estudos da economia e moldar meu posicionamento político à esquerda: crítico às desigualdades, atento às estruturas de poder, e profundamente comprometido com a ideia de que outros futuros são possíveis — mas que é preciso agir com coerência entre o que se sonha e o que se constrói no tempo.

Proponho aqui uma provocação filosófica inspirada na ficção científica, mas com consequências bem reais. É uma hipótese que nasce de uma especulação: e se fosse possível voltar no tempo e mudar o passado, mas apenas se o novo futuro ainda justificasse a viagem no tempo que o provocou? Isso evitaria os famigerados paradoxos temporais e preservaria uma lógica: o tempo pode mudar, mas não pode perder o sentido que o impulsionou. Essa ideia — a coerência motivacional retroativa — não precisa ficar restrita ao reino dos paradoxos. Ela nos oferece uma lente original para pensar história, economia e conjuntura política.

terça-feira, 22 de abril de 2025

Custo de produção e rentabilidade - Estratégia de comercialização para pescadores artesanais e comunidades tradicionais - 4ª parte

Curso de estratégia de comercialização para pescadores artesanais, agricultores familiares e empreendedores da economia solidária. 

"Estratégia de comercialização" - 4ª e última vídeo-aula ministrada para um projeto de Capacitação e Qualificação Profissional de Comunidades Pesqueiras em Turismo de Base Comunitária e Cidadania na Baía de Guanabara.

Nesta parte como não tomar prejuízo: a explicação sobre como calcular o custo de produção e a rentabilidade.

Clique aqui: https://youtu.be/NTV4b9s6pHw?si=7_MY9piR0H72PTdZ



Escoamento, processamento e inspeção de pescado: Estratégia de comercialização para pescadores artesanais e comunidades tradicionais - 3ª parte

Curso de estratégia de comercialização para pescadores artesanais, agricultores familiares e empreendedores da economia solidária. "Estratégia de comercialização" - 3ª parte de uma vídeo-aula ministrada para um projeto de Capacitação e Qualificação Profissional de Comunidades Pesqueiras em Turismo de Base Comunitária e Cidadania na Baía de Guanabara.


Nesta parte, como vender pescado para o governo ("compras institucionais"), seja para alimentação de escolas, hospitais, montagem de cestas básicas, etc. - um canal de escoamento permanente. Explica também sobre beneficiamento e processamento de pescado e sobre selo de inspeção sanitária. E quanto custa e quanto o pescador lucrará após essas etapa.

Clique aqui: https://youtu.be/OyQPwN0FB_Q?si=n52J-gQ2iSz9gp-B



Estratégia de comercialização para pescadores artesanais - 2ª parte

Estratégia de comercialização para pescadores artesanais, agricultores familiares e empreendedores da economia solidária

"Estratégia de comercialização" - 2ª parte de uma vídeo-aula ministrada para um projeto de Capacitação e Qualificação Profissional de Comunidades Pesqueiras em Turismo de Base Comunitária e Cidadania na Baía de Guanabara.

Nesta parte apresentamos a comercialização em si do pescadores, as várias modalidades, em destaque aquelas que se relacionam com o turismo local, mas não só, superando os atravessadores.


Clique aqui: https://youtu.be/aUYkWaN8M8U?si=_OYSpvYyxwXncf2W


Estratégia de comercialização para pescadores artesanais, agricultores familiares e empreendedores da economia solidária

"Estratégia de comercialização" - 1ª parte de uma vídeo-aula ministrada para um projeto de Capacitação e Qualificação Profissional de Comunidades Pesqueiras em Turismo de Base Comunitária e Cidadania na Baía de Guanabara.

Nesta parte conheça o tamanho da oportunidade econômica da pesca artesanal, da aquicultura familiar e do turismo de base comunitária de povo tradicionais ligadas à pesca.

 

Assista em: https://youtu.be/-TKMZSiMFZo?si=iPa1exvD2xkoyaoV

domingo, 20 de abril de 2025

Coletânea de filmes sobre "Palácio de Versalhes"

por Almir Cezar Filho

De vez em quando ataco aqui também de crítico cultural. Minha companheira e eu nos dedicamos lá em casa nas últimas semanas, como lazer, caçando e assistindo um filme por dia, cujo enredo se desenrolasse sob os corredores e jardins do Palácio de Versalhes.

Veja a lista de filmes:
  1. Adeus, minha Rainha (Les adieux à la Reine, 2013) - dirigido por Benoît Jacquot 
  2. Maria Antonieta -  (Marie Antoinette, 2006) - dirigido por Sofia Coppola.
  3. Versalhes, o sonho de um rei  (Versailles, Le Rêve d'un Roi, 2008) - mistura de drama e documentário, dirigido por Thierry Binisti
  4. Ligações Perigosas (Dangerous Liaisons, 1988)
  5. Absolutismo, a ascensão de Luís XIV  (La prise de pouvoir par Louis XIV, 1966) - um filme francês para televisão - dirigido Roberto Rossellini. 
  6. Um Pouco de Caos  (A Little Chaos, 2015)  - dirigido por Alan Rickman.
  7. Vatel - Um banquete para o Rei (Vatel, 2000) - dirigido por Roland Joffé.
  8. O outro lado da nobreza (Restoration, 1995) - um filme britânico e estadunidense, do gênero drama histórico, dirigido por Michael Hoffman. Trata na verdade, da corte do rei inglês Carlos II, contemporâneo de Luís XIV.
O Libertino

O regresso de Casanova


quarta-feira, 2 de abril de 2025

Trump x Lula – Conflito de projetos e os rumos da crise global e brasileira

 📢 AO VIVO NESTA QUINTA!

🎙️ ECONOMIA É FÁCIL - Edição Especial de Conjuntura!
📅 03/04, às 21h
📌 Com Cyro Garcia e Almir Cezar Filho
Tema: Trump x Lula – Conflito de projetos e os rumos da crise global e brasileira

🌎 Geopolítica, economia, mobilizações populares e os desafios da esquerda em 2025. Não perca!


▶️ Assista ao vivo: https://www.youtube.com/watch?v=dzCxaeoC5jU

💬 Participe pelo chat, compartilhe com os amigos e fortaleça a mídia independente!

terça-feira, 1 de abril de 2025

A Influência dos Contextos Internacionais nas Revoluções e Seus Efeitos Globais | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO - Parte 24

por Almir Cezar Filho

As revoluções não ocorrem no vácuo; elas são frequentemente moldadas e influenciadas pelos contextos internacionais e, por sua vez, podem ter efeitos que transcendem as fronteiras nacionais. Nesta seção, examinaremos como os contextos internacionais afetam as revoluções e como essas transformações podem ter repercussões globais.

O ambiente internacional pode ter um impacto significativo nas revoluções, moldando sua dinâmica, resultados e trajetórias. Vários fatores internacionais podem influenciar os processos revolucionários:

Fatores Externos que Influenciam Revoluções
1. Intervenção Estrangeira: Intervenções por potências estrangeiras, tanto militares quanto políticas, podem influenciar o curso e o resultado das revoluções. A ajuda ou o apoio de países externos pode fortalecer ou enfraquecer os movimentos revolucionários.
2. Pressões Econômicas e Políticas: Sanções econômicas, pressões diplomáticas e a dinâmica das relações internacionais podem impactar a capacidade dos governos de lidar com crises internas, potencialmente exacerbando as condições que levam à revolução.
3. Influência Ideológica e Cultural: Ideias e movimentos revolucionários podem se espalhar através das fronteiras, inspirando ou influenciando movimentos semelhantes em outros países. A circulação de ideias revolucionárias pode ser facilitada por redes internacionais de comunicação e solidariedade.

Há exemplos de Influência Internacional nas Revoluções

domingo, 30 de março de 2025

A Revolução e Seus Legados: Mudanças nas Instituições, Mentalidade e Desenvolvimento Científico e Cultural | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO Parte 23


por Almir Cezar Filho

As revoluções não são apenas eventos de ruptura que alteram temporariamente o curso das sociedades. Seus efeitos tendem a reverberar muito além do momento da mudança, impactando profundamente as instituições, a mentalidade social e até mesmo as esferas da ciência e da arte. Nesta seção, vamos explorar como uma revolução molda e deixa legados duradouros nas instituições sociais e políticas, nas mentalidades coletivas e no desenvolvimento das artes e ciências.

Uma das marcas mais tangíveis de uma revolução é a transformação das instituições. Mesmo que uma revolução não atinja todos os seus objetivos, as mudanças institucionais frequentemente persistem e moldam o futuro da sociedade.

quinta-feira, 27 de março de 2025

A Influência das Crises Econômicas nas Transformações Sociais e Políticas: A Dinâmica entre Crise, Reforma e Revolução | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO - Parte 22

Por Almir Cezar Filho

Crises Econômicas: Catalisadores de Reformas e Revoluções

As crises econômicas desempenham um papel fundamental na transformação das sociedades. Elas não apenas expõem as fragilidades dos sistemas econômicos e políticos, mas também funcionam como catalisadores de mudanças profundas, influenciando desde reformas graduais até revoluções abruptas. A forma como uma sociedade responde a uma crise pode determinar seu futuro, seja por meio da adaptação e ajuste das instituições existentes ou pela substituição completa do regime vigente.

Neste artigo, exploramos como as crises econômicas moldam a trajetória das nações, examinando seus impactos na estrutura social e política, além das diferentes reações que emergem dessas situações de instabilidade.

Crises Econômicas como Motores de Transformação

Crises econômicas afetam todos os aspectos da sociedade. Desde recessões moderadas até colapsos sistêmicos, esses eventos desestabilizam governos, aumentam o descontentamento popular e criam oportunidades para mudanças estruturais.

1. Características das Crises Econômicas

As crises podem se manifestar de diversas formas, mas compartilham algumas características comuns que determinam seu impacto:

  • Desestabilização Econômica: Ocorre uma queda na produção, aumento do desemprego, inflação ou recessão severa, deteriorando as condições de vida da população.
  • Descontentamento Social: A piora nas condições econômicas pode gerar insatisfação popular, alimentando protestos e questionamentos sobre a legitimidade das instituições.

Esses elementos criam um ambiente propício para transformações, seja pela via da reforma ou da revolução.

2. Exemplos de Crises como Catalisadores de Mudanças

A Crise Financeira Global de 2008

A crise financeira de 2008 expôs as falhas do sistema financeiro global, levando a um aumento da desigualdade e do descontentamento social. As consequências variaram:

  • Em países como os EUA, surgiram movimentos como o Occupy Wall Street, pressionando por reformas no setor financeiro.
  • Na Europa, a crise impulsionou o crescimento de partidos populistas de direita e esquerda, desafiando o establishment político tradicional.

quarta-feira, 26 de março de 2025

Um Palácio Nunca Construído e um Vazio Ainda Presente

No coração do centro histórico de Niterói, um vazio urbano insiste em marcar o fracasso de um projeto grandioso: o nunca construído Palácio da Secretaria-Geral do Estado. Idealizado em 1913 pelo arquiteto Heitor de Melo, o edifício seria a sede do Poder Executivo da então capital fluminense, completando o conjunto monumental da Praça da República.

O Centro Cívico foi concebido para ser símbolo da República e da modernização urbana. Foram erguidos os palácios do Legislativo e Judiciário, além da Escola Normal e do Palácio da Polícia. 

A Biblioteca Pública ainda seria construída décadas depois. Mas o edifício central, destinado ao Executivo, jamais saiu do papel.

A não execução do Palácio ilustra o padrão das revitalizações urbanas brasileiras: promessas não cumpridas, planos inacabados, investimentos interrompidos. Assim como o controverso do Caminho Niemeyer décadas depois, a história do Palácio é também a história de rupturas, descontinuidades e ausência de planejamento de longo prazo.

Hoje, o terreno permanece subutilizado como estacionamento privado, apagando da memória coletiva a intenção original de um espaço público grandioso. Seu não surgimento é mais do que um problema de arquitetura; é um retrato das limitações estruturais da política urbana e econômica do país.

quinta-feira, 20 de março de 2025

A Revolução e Seus Efeitos Duradouros: Transformações Institucionais e Impacto na Mentalidade Social | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO - Parte 21

Por Almir Cezar Filho

A revolução é um fenômeno de transformação profunda que não apenas altera a estrutura econômica e política de uma sociedade, mas também provoca mudanças duradouras nas instituições e na mentalidade coletiva. O impacto revolucionário transcende os momentos de ruptura, influenciando a forma como sociedades percebem sua própria realidade e moldam seu futuro. Mesmo quando derrotada, uma revolução pode deixar marcas indeléveis, modificando sistemas políticos, estruturas econômicas e valores sociais.

Este capítulo analisa as consequências das revoluções sob duas perspectivas fundamentais: as transformações institucionais e as mudanças na mentalidade social. Por meio de exemplos históricos, demonstraremos como esses processos se desenrolam e como seus efeitos persistem ao longo do tempo, redefinindo sociedades inteiras.

1. Transformações Institucionais: A Reconfiguração do Poder
Uma das primeiras consequências de uma revolução é a reconfiguração das instituições políticas e sociais. Esse processo pode ocorrer por meio da substituição de regimes, da criação de novas estruturas ou da reformulação de leis e políticas públicas.

1.1. Reconfiguração das Estruturas de Poder
Revoluções frequentemente resultam na ascensão de novos governos e na redefinição das relações de autoridade e governança. Em alguns casos, a revolução substitui completamente o regime anterior, como ocorreu na Revolução Francesa, que aboliu a monarquia absolutista e instaurou a República. Em outros, pode levar a mudanças graduais, mas estruturais, como aconteceu após a Revolução Gloriosa na Inglaterra, que consolidou a monarquia constitucional e limitou os poderes do rei.

segunda-feira, 10 de março de 2025

"Desmascarando a desmascaração": Sobre os absurdos dos críticos à tributação de lucros e dividendos

É o mínimo de justiça fiscal, não bitributação, como alega a ultradireita, a mídia e o mercado

por Almir Cezar Filho, economista


Nas últimas semanas, ganharam força na mídia e nas redes sociais diversas críticas à proposta de tributar lucros e dividendos no Brasil. Argumenta-se, em tom alarmista, que a medida configuraria uma “bitributação”, um ataque ao setor produtivo ou até mesmo uma violação constitucional. Tais posições, no entanto, ignoram aspectos fundamentais da justiça fiscal e da profunda desigualdade que marca o sistema tributário brasileiro. Enquanto trabalhadores e consumidores arcam com pesados impostos sobre salários e consumo, os lucros distribuídos a acionistas seguem isentos há quase 30 anos. Este artigo propõe uma análise crítica sobre o tema, desconstruindo cinco mitos que têm alimentado essa narrativa e defendendo a urgência de um modelo tributário progressivo, capaz de financiar o Estado sem penalizar quem vive do próprio trabalho.

Um dos textos que expressa essa visão crítica à tributação de lucros e dividendos é o artigo de opinião “Desmascarando o absurdo da tributação de lucros e dividendos”, assinado por Ricardo Sayeg e publicado no portal iG. O autor argumenta que as empresas brasileiras já enfrentam uma carga tributária excessiva e que qualquer taxação adicional sobre lucros e dividendos configuraria bitributação, além de ser um obstáculo ao crescimento econômico. Sayeg acusa o governo de utilizar a medida como manobra para cobrir um suposto descontrole fiscal, criticando também a revogação do teto de gastos e defendendo a austeridade e a redução do papel do Estado como alternativas mais “responsáveis”.

Essa visão, porém, parte de premissas equivocadas e ignora a estrutura regressiva do sistema fiscal brasileiro. Uma abordagem progressista e comprometida com o desenvolvimento econômico e a equidade social permite desmontar, com base em dados e comparações internacionais, os principais argumentos levantados contra a taxação de lucros e dividendos. A seguir, analisamos cinco desses equívocos. Vamos, portanto, “desmascarar a desmascaração”:

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Mudanças Sociais Graduais e Aceleração das Revoluções: Evolução, Reformas e Crises Econômicas | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO Parte 20

Por Almir Cezar de Carvalho Baptista Filho

No campo da análise econômica e social, compreender as dinâmicas entre mudanças graduais e revoluções é fundamental para entender como as sociedades se transformam. As mudanças sociais podem ocorrer de maneira gradual e acumulativa, enquanto as revoluções representam saltos abruptos que precipitam ajustes profundos e muitas vezes explosivos. Nesta seção, exploraremos as relações entre mudanças sociais graduais, reformas e revoluções, além de examinar como crises econômicas podem desencadear transformações significativas.

As mudanças sociais graduais são processos lentos e acumulativos que moldam as estruturas econômicas e sociais ao longo do tempo. Essas mudanças geralmente ocorrem de forma incremental e muitas vezes são menos visíveis até que alcancem um ponto crítico.

As mudanças graduais acumulam-se ao longo do tempo, com ajustes contínuos em resposta a novos desafios e oportunidades. Esses ajustes podem envolver reformas políticas, mudanças culturais e transformações econômicas.

Ao contrário das revoluções, as mudanças graduais tendem a causar menos disrupção imediata e permitem uma adaptação mais suave às novas condições. Elas podem ser o resultado de reformas incrementais ou da evolução de práticas sociais e econômicas.

Mudanças nas políticas sociais, como o aumento das proteções trabalhistas ou a expansão dos serviços públicos, muitas vezes ocorrem de forma gradual, refletindo mudanças nas demandas sociais e econômicas.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Dimensão Ideológica e Moral no Sistema Econômico: Influência da Mentalidade e Determinações Não-Econômicas | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO Parte 19

por Almir Cezar de Carvalho Baptista Filho

No estudo do capitalismo e suas dinâmicas, é fundamental reconhecer que o sistema econômico não opera isoladamente das ideias, valores e normas sociais. A dimensão ideológica e moral, muitas vezes chamada de “mentalidade”, desempenha um papel crucial na formação e desenvolvimento das economias. Nesta seção, exploraremos como a mentalidade e as determinações não econômicas influenciam o sistema econômico, suas leis e sua dinâmica de longo prazo.

A mentalidade de uma sociedade, composta por seus valores morais, crenças e imaginário, influencia profundamente as estruturas econômicas e as decisões políticas. Essa dimensão é crucial para entender as determinações não econômicas que moldam o funcionamento do capitalismo.

Os valores morais e as crenças predominantes em uma sociedade moldam as atitudes em relação ao trabalho, ao consumo, à distribuição de riqueza e à justiça social. Esses valores podem influenciar políticas econômicas e sociais, impactando a forma como a economia é organizada e regulada.

O imaginário social inclui as ideias e narrativas culturais que moldam a percepção da realidade econômica e social. Essas ideias podem afetar a forma como as pessoas interpretam a desigualdade, a mobilidade social e o papel do Estado na economia.

As determinações não-econômicas são fatores que influenciam a dinâmica econômica, mas não são diretamente relacionadas à produção, distribuição ou consumo de bens e serviços. Incluem aspectos ideológicos, políticos e morais que afetam a estrutura econômica.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Mudanças Econômicas e Estruturais Pós-Revolução: Impactos dos Regimes Políticos do Século XX | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO Parte 18

por Almir Cezar de Carvalho Baptista Filho

As revoluções proletárias do século XX geraram transformações profundas nas economias e estruturas políticas de diversas nações. Os regimes políticos que surgiram após essas revoluções tiveram um impacto significativo nas economias, moldando o desenvolvimento econômico e as relações sociais. Nesta seção, analisaremos as mudanças econômicas e estruturais operadas pelos três tipos principais de regimes políticos pós-revolucionários do século XX: o Estado de Bem-Estar Social, os Estados Nacionalistas/Desenvolvimentistas e os Estados Operários Burocratizados.

O Estado de Bem-Estar Social surgiu como uma resposta às crises econômicas e sociais do capitalismo, buscando mitigar as desigualdades e promover uma rede de proteção social.

Primeiramente, é preciso definir as características do Estado de Bem-Estar Social, moldados pela Proteção Social, como pela Intervenção Estatal.

 O Estado de Bem-Estar Social implementou sistemas de seguridade social para garantir proteção contra riscos econômicos, como desemprego, doença e velhice. Os sistemas de saúde, educação e seguridade social foram ampliados para oferecer uma rede de proteção aos cidadãos.

Este modelo promoveu uma maior intervenção do Estado na economia para regular o mercado e assegurar o bem-estar social. Políticas fiscais e monetárias foram usadas para controlar o ciclo econômico e reduzir as desigualdades.

Há toda uma série de impactos econômicos e estruturais, como uma espécie de legado.

A redistribuição de renda através de impostos e benefícios sociais ajudou a reduzir as desigualdades e melhorar a qualidade de vida das camadas mais pobres da população.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

O Capitalismo como Sistema Mundial: Determinação das Partes Nacionais e Regionais - A ECONOMIA E A REVOLUÇÃO Parte 17

por Almir Cezar de Carvalho Baptista Filho



O Capitalismo é um sistema econômico globalmente interconectado, onde as partes nacionais e regionais são moldadas pela dinâmica e estrutura do sistema mundial. A compreensão de como o capitalismo opera como um sistema mundial é essencial para analisar o desenvolvimento desigual, a dependência econômica e o papel das diferentes regiões e países. Nesta seção, exploraremos a natureza do capitalismo como um sistema mundial, suas implicações para o desenvolvimento regional e as questões de dependência e atraso econômico.

O Capitalismo não é uma série de economias nacionais isoladas, mas sim um sistema global interdependente onde as economias nacionais, e regionais (subnacionais), são integradas e influenciadas por dinâmicas globais. Deve-se assim sempre levar em consideração a estrutura e a dinâmica enquanto sistema mundial.

Primeiramente, o Capitalismo como sistema mundial, refere-se à interconexão e interdependência das economias globais. As economias nacionais estão inseridas em um sistema econômico global que define as condições para o desenvolvimento e as relações de poder.

Em segundo lugar, a globalização econômica e a integração dos mercados financeiros, comerciais e produtivos definem a estrutura do capitalismo mundial. As políticas econômicas e as práticas de mercado em uma região podem ter impactos significativos em outras partes do mundo.

Há ainda, uma disposição entre determinação das partes Nacionais e Regionais.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Popularidade de Lula, Inflação dos Alimentos e a Campanha Salarial: Como Isso Afeta Seu Bolso? | Economia É Fácil

📝 AO VIVO! Inflação dos alimentos e campanha salarial!

🔴https://www.youtube.com/live/cLclrV7cmS0?si=UxZwpGO327CEmmgE


O preço dos alimentos está pesando cada vez mais no bolso dos trabalhadores, enquanto os servidores da educação no Distrito Federal lutam por reajustes salariais. Afinal, o que está por trás da alta dos preços? Como isso afeta a classe trabalhadora? E quais os desafios da categoria da educação na campanha salarial?

👤 Convidado Especial: Paulo Reis , professor da rede pública do DF e ativista do movimento Reviravolta na Educação DF .

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Trump 2.0: Como já está sendo e o que mais virá?

 📢 O retorno de Donald Trump ao cenário político reacende debates sobre imperialismo, crise econômica e o fortalecimento da ultradireita global. Como será o Trump 2.0? Mais guerra? Mais desigualdade? Mais ataques aos trabalhadores? Governo dos bilionários? E para o Brasil?
Neste episódio do Economia É Fácil, vamos analisar os impactos da volta de Trump na geopolítica mundial, na economia dos EUA e nas relações com o Brasil. Quais serão as consequências para a América Latina? Como o mercado reage a essa nova fase do trumpismo?
👤 Convidado Especial: Cyro Garcia, historiador e professor de Direito, traz uma análise profunda sobre a política norte-americana e seus reflexos no mundo.
🎙Apresentação: Almir Cezar Filho, economista.
💡 Participe AO VIVO! 


🗓 06/02/2025 🕘21h
 📲 Comente, compartilhe e se inscreva no canal!
🔴 Assista agora: [https://www.youtube.com/watch?v=kOLvT4r1Vl0]
#Trump2025 #Imperialismo #CriseEconômica #Ultradireita #Geopolítica #EconomiaÉFácil

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

A "Crise da Tesoura Invertida" no Brasil Contemporâneo: Aplicação da Teoria de Preobrazhenski à Inflação Alimentar, Estagnação Econômica e Desindustrialização

 por Almir Cezar Filho

Resumo

A teoria da "crise da tesoura", formulada por E. A. Preobrazhenski para explicar a divergência de preços entre produtos agrícolas e industriais na União Soviética da década de 1920, pode ser aplicada de forma invertida ao Brasil contemporâneo. No contexto brasileiro, observa-se uma dinâmica oposta: os preços agrícolas sobem mais rapidamente que os industriais, enquanto a indústria nacional se enfraquece e a dependência de importações aumenta. Este artigo explora como o fenômeno pode ser caracterizado como uma "crise da tesoura invertida", analisando suas causas estruturais e as possíveis implicações para a política econômica.

Introdução

No Brasil de 2024-2025, a economia enfrenta um cenário paradoxal. De um lado, há um aumento expressivo nos preços dos alimentos e produtos agrícolas, impulsionado por fatores externos e internos, como a demanda global, eventos climáticos e a especulação de mercado. De outro, a indústria nacional se encontra em estagnação, incapaz de competir com produtos importados e enfrentando dificuldades para expandir sua produção.

Essa situação é diametralmente oposta à "crise da tesoura" identificada pelo economista soviético E. Preobrazhenski na URSS, na qual os produtos industriais subiam mais rapidamente do que os agrícolas, prejudicando os camponeses. No Brasil atual, ocorre o inverso: a agricultura domina o crescimento econômico, enquanto a indústria perde relevância, resultando em um novo tipo de desajuste estrutural – a "crise da tesoura invertida".

O objetivo deste artigo é utilizar os conceitos da economia soviética dos anos 1920, em particular a análise de Preobrazhenski sobre acumulação socialista primitiva, fome de mercadorias e desproporções entre setores produtivos, para explicar a crise atual da economia brasileira.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Análise da Queda do Valor das Big Tech e a Possível Bolha da IA

por Almir Cezar Filho

A s
tartup chinesa Deepseek faz ‘big techs’ provarem do próprio remédio e provocar uma crise no mercado de capitais em torno de uma possível bolha no no mercado de alta tecnologia.

📉 A Bolha da IA Está Estourando? Análise da Queda nas Big Techs

Os gráficos indicam um ajuste no mercado de tecnologia, com quedas expressivas nas ações de gigantes do setor. A NVIDIA (-17,29%), uma das maiores beneficiadas pelo boom da IA, sofreu a maior perda. Microsoft (-3,30%), Alphabet (-3,33%) e Tesla (-3,08%) também registraram quedas, sugerindo que o mercado está reavaliando expectativas sobre o crescimento da Inteligência Artificial (IA). Já a Apple (+3,85%) seguiu na contramão, mostrando uma valorização sustentada.