terça-feira, 22 de abril de 2025

Custo de produção e rentabilidade - Estratégia de comercialização para pescadores artesanais e comunidades tradicionais - 4ª parte

Curso de estratégia de comercialização para pescadores artesanais, agricultores familiares e empreendedores da economia solidária. 

"Estratégia de comercialização" - 4ª e última vídeo-aula ministrada para um projeto de Capacitação e Qualificação Profissional de Comunidades Pesqueiras em Turismo de Base Comunitária e Cidadania na Baía de Guanabara.

Nesta parte como não tomar prejuízo: a explicação sobre como calcular o custo de produção e a rentabilidade.

Clique aqui: https://youtu.be/NTV4b9s6pHw?si=7_MY9piR0H72PTdZ



Estratégia de comercialização para pescadores artesanais e comunidades tradicionais - 3ª parte

Curso de estratégia de comercialização para pescadores artesanais, agricultores familiares e empreendedores da economia solidária

"Estratégia de comercialização" - 3ª parte de uma vídeo-aula ministrada para um projeto de Capacitação e Qualificação Profissional de Comunidades Pesqueiras em Turismo de Base Comunitária e Cidadania na Baía de Guanabara.

Nesta parte, como vender pescado para o governo ("compras institucionais"), seja para alimentação de escolas, hospitais, montagem de cestas básicas, etc. - um canal de escoamento permanente.

Clique aqui: https://youtu.be/OyQPwN0FB_Q?si=n52J-gQ2iSz9gp-B



Estratégia de comercialização para pescadores artesanais - 2ª parte

Estratégia de comercialização para pescadores artesanais, agricultores familiares e empreendedores da economia solidária

"Estratégia de comercialização" - 2ª parte de uma vídeo-aula ministrada para um projeto de Capacitação e Qualificação Profissional de Comunidades Pesqueiras em Turismo de Base Comunitária e Cidadania na Baía de Guanabara.

Nesta parte apresentamos a comercialização em si do pescadores, as várias modalidades, em destaque aquelas que se relacionam com o turismo local, mas não só, superando os atravessadores.


Clique aqui: https://youtu.be/aUYkWaN8M8U?si=_OYSpvYyxwXncf2W


Estratégia de comercialização para pescadores artesanais, agricultores familiares e empreendedores da economia solidária

"Estratégia de comercialização" - 1ª parte de uma vídeo-aula ministrada para um projeto de Capacitação e Qualificação Profissional de Comunidades Pesqueiras em Turismo de Base Comunitária e Cidadania na Baía de Guanabara.

Nesta parte conheça o tamanho da oportunidade econômica da pesca artesanal, da aquicultura familiar e do turismo de base comunitária de povo tradicionais ligadas à pesca.

 

Assista em: https://youtu.be/-TKMZSiMFZo?si=iPa1exvD2xkoyaoV

domingo, 20 de abril de 2025

Coletânea de filmes sobre "Palácio de Versalhes"

por Almir Cezar Filho

De vez em quando ataco aqui também de crítico cultural. Minha companheira e eu nos dedicamos lá em casa nas últimas semanas, como lazer, caçando e assistindo um filme por dia, cujo enredo se desenrolasse sob os corredores e jardins do Palácio de Versalhes.

Veja a lista de filmes:
  1. Adeus, minha Rainha (Les adieux à la Reine, 2013) - dirigido por Benoît Jacquot 
  2. Maria Antonieta -  (Marie Antoinette, 2006) - dirigido por Sofia Coppola.
  3. Versalhes, o sonho de um rei  (Versailles, Le Rêve d'un Roi, 2008) - mistura de drama e documentário, dirigido por Thierry Binisti
  4. Ligações Perigosas (Dangerous Liaisons, 1988)
  5. Absolutismo, a ascensão de Luís XIV  (La prise de pouvoir par Louis XIV, 1966) - um filme francês para televisão - dirigido Roberto Rossellini. 
  6. Um Pouco de Caos  (A Little Chaos, 2015)  - dirigido por Alan Rickman.
  7. Vatel - Um banquete para o Rei (Vatel, 2000) - dirigido por Roland Joffé.
  8. O outro lado da nobreza (Restoration, 1995) - um filme britânico e estadunidense, do gênero drama histórico, dirigido por Michael Hoffman. Trata na verdade, da corte do rei inglês Carlos II, contemporâneo de Luís XIV.
O Libertino

O regresso de Casanova


quarta-feira, 2 de abril de 2025

Trump x Lula – Conflito de projetos e os rumos da crise global e brasileira

 📢 AO VIVO NESTA QUINTA!

🎙️ ECONOMIA É FÁCIL - Edição Especial de Conjuntura!
📅 03/04, às 21h
📌 Com Cyro Garcia e Almir Cezar Filho
Tema: Trump x Lula – Conflito de projetos e os rumos da crise global e brasileira

🌎 Geopolítica, economia, mobilizações populares e os desafios da esquerda em 2025. Não perca!


▶️ Assista ao vivo: https://www.youtube.com/watch?v=dzCxaeoC5jU

💬 Participe pelo chat, compartilhe com os amigos e fortaleça a mídia independente!

terça-feira, 1 de abril de 2025

A Influência dos Contextos Internacionais nas Revoluções e Seus Efeitos Globais | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO - Parte 24

por Almir Cezar Filho

As revoluções não ocorrem no vácuo; elas são frequentemente moldadas e influenciadas pelos contextos internacionais e, por sua vez, podem ter efeitos que transcendem as fronteiras nacionais. Nesta seção, examinaremos como os contextos internacionais afetam as revoluções e como essas transformações podem ter repercussões globais.

O ambiente internacional pode ter um impacto significativo nas revoluções, moldando sua dinâmica, resultados e trajetórias. Vários fatores internacionais podem influenciar os processos revolucionários:

Fatores Externos que Influenciam Revoluções
1. Intervenção Estrangeira: Intervenções por potências estrangeiras, tanto militares quanto políticas, podem influenciar o curso e o resultado das revoluções. A ajuda ou o apoio de países externos pode fortalecer ou enfraquecer os movimentos revolucionários.
2. Pressões Econômicas e Políticas: Sanções econômicas, pressões diplomáticas e a dinâmica das relações internacionais podem impactar a capacidade dos governos de lidar com crises internas, potencialmente exacerbando as condições que levam à revolução.
3. Influência Ideológica e Cultural: Ideias e movimentos revolucionários podem se espalhar através das fronteiras, inspirando ou influenciando movimentos semelhantes em outros países. A circulação de ideias revolucionárias pode ser facilitada por redes internacionais de comunicação e solidariedade.

Há exemplos de Influência Internacional nas Revoluções

domingo, 30 de março de 2025

A Revolução e Seus Legados: Mudanças nas Instituições, Mentalidade e Desenvolvimento Científico e Cultural | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO Parte 23


por Almir Cezar Filho

As revoluções não são apenas eventos de ruptura que alteram temporariamente o curso das sociedades. Seus efeitos tendem a reverberar muito além do momento da mudança, impactando profundamente as instituições, a mentalidade social e até mesmo as esferas da ciência e da arte. Nesta seção, vamos explorar como uma revolução molda e deixa legados duradouros nas instituições sociais e políticas, nas mentalidades coletivas e no desenvolvimento das artes e ciências.

Uma das marcas mais tangíveis de uma revolução é a transformação das instituições. Mesmo que uma revolução não atinja todos os seus objetivos, as mudanças institucionais frequentemente persistem e moldam o futuro da sociedade.

quinta-feira, 27 de março de 2025

A Influência das Crises Econômicas nas Transformações Sociais e Políticas: A Dinâmica entre Crise, Reforma e Revolução | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO - Parte 22

Por Almir Cezar Filho

Crises Econômicas: Catalisadores de Reformas e Revoluções

As crises econômicas desempenham um papel fundamental na transformação das sociedades. Elas não apenas expõem as fragilidades dos sistemas econômicos e políticos, mas também funcionam como catalisadores de mudanças profundas, influenciando desde reformas graduais até revoluções abruptas. A forma como uma sociedade responde a uma crise pode determinar seu futuro, seja por meio da adaptação e ajuste das instituições existentes ou pela substituição completa do regime vigente.

Neste artigo, exploramos como as crises econômicas moldam a trajetória das nações, examinando seus impactos na estrutura social e política, além das diferentes reações que emergem dessas situações de instabilidade.

Crises Econômicas como Motores de Transformação

Crises econômicas afetam todos os aspectos da sociedade. Desde recessões moderadas até colapsos sistêmicos, esses eventos desestabilizam governos, aumentam o descontentamento popular e criam oportunidades para mudanças estruturais.

1. Características das Crises Econômicas

As crises podem se manifestar de diversas formas, mas compartilham algumas características comuns que determinam seu impacto:

  • Desestabilização Econômica: Ocorre uma queda na produção, aumento do desemprego, inflação ou recessão severa, deteriorando as condições de vida da população.
  • Descontentamento Social: A piora nas condições econômicas pode gerar insatisfação popular, alimentando protestos e questionamentos sobre a legitimidade das instituições.

Esses elementos criam um ambiente propício para transformações, seja pela via da reforma ou da revolução.

2. Exemplos de Crises como Catalisadores de Mudanças

A Crise Financeira Global de 2008

A crise financeira de 2008 expôs as falhas do sistema financeiro global, levando a um aumento da desigualdade e do descontentamento social. As consequências variaram:

  • Em países como os EUA, surgiram movimentos como o Occupy Wall Street, pressionando por reformas no setor financeiro.
  • Na Europa, a crise impulsionou o crescimento de partidos populistas de direita e esquerda, desafiando o establishment político tradicional.

quarta-feira, 26 de março de 2025

Um Palácio Nunca Construído e um Vazio Ainda Presente

No coração do centro histórico de Niterói, um vazio urbano insiste em marcar o fracasso de um projeto grandioso: o nunca construído Palácio da Secretaria-Geral do Estado. Idealizado em 1913 pelo arquiteto Heitor de Melo, o edifício seria a sede do Poder Executivo da então capital fluminense, completando o conjunto monumental da Praça da República.

O Centro Cívico foi concebido para ser símbolo da República e da modernização urbana. Foram erguidos os palácios do Legislativo e Judiciário, além da Escola Normal e do Palácio da Polícia. 

A Biblioteca Pública ainda seria construída décadas depois. Mas o edifício central, destinado ao Executivo, jamais saiu do papel.

A não execução do Palácio ilustra o padrão das revitalizações urbanas brasileiras: promessas não cumpridas, planos inacabados, investimentos interrompidos. Assim como o controverso do Caminho Niemeyer décadas depois, a história do Palácio é também a história de rupturas, descontinuidades e ausência de planejamento de longo prazo.

Hoje, o terreno permanece subutilizado como estacionamento privado, apagando da memória coletiva a intenção original de um espaço público grandioso. Seu não surgimento é mais do que um problema de arquitetura; é um retrato das limitações estruturais da política urbana e econômica do país.

quinta-feira, 20 de março de 2025

A Revolução e Seus Efeitos Duradouros: Transformações Institucionais e Impacto na Mentalidade Social | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO - Parte 21

Por Almir Cezar Filho

A revolução é um fenômeno de transformação profunda que não apenas altera a estrutura econômica e política de uma sociedade, mas também provoca mudanças duradouras nas instituições e na mentalidade coletiva. O impacto revolucionário transcende os momentos de ruptura, influenciando a forma como sociedades percebem sua própria realidade e moldam seu futuro. Mesmo quando derrotada, uma revolução pode deixar marcas indeléveis, modificando sistemas políticos, estruturas econômicas e valores sociais.

Este capítulo analisa as consequências das revoluções sob duas perspectivas fundamentais: as transformações institucionais e as mudanças na mentalidade social. Por meio de exemplos históricos, demonstraremos como esses processos se desenrolam e como seus efeitos persistem ao longo do tempo, redefinindo sociedades inteiras.

1. Transformações Institucionais: A Reconfiguração do Poder
Uma das primeiras consequências de uma revolução é a reconfiguração das instituições políticas e sociais. Esse processo pode ocorrer por meio da substituição de regimes, da criação de novas estruturas ou da reformulação de leis e políticas públicas.

1.1. Reconfiguração das Estruturas de Poder
Revoluções frequentemente resultam na ascensão de novos governos e na redefinição das relações de autoridade e governança. Em alguns casos, a revolução substitui completamente o regime anterior, como ocorreu na Revolução Francesa, que aboliu a monarquia absolutista e instaurou a República. Em outros, pode levar a mudanças graduais, mas estruturais, como aconteceu após a Revolução Gloriosa na Inglaterra, que consolidou a monarquia constitucional e limitou os poderes do rei.

segunda-feira, 10 de março de 2025

"Desmascarando a desmascaração": Sobre os absurdos dos críticos à tributação de lucros e dividendos


É o mínimo de justiça fiscal, não bitributação como alega a ultradireita, mídia e mercado 

                                                                                                           por Almir Cezar Filho, economista

Nas últimas semanas, ganharam força na mídia e nas redes sociais diversas críticas à proposta de tributar lucros e dividendos no Brasil. Argumenta-se, em tom alarmista, que a medida configuraria uma “bitributação”, um ataque ao setor produtivo ou até mesmo uma violação constitucional. Tais posições, no entanto, ignoram aspectos fundamentais da justiça fiscal e da profunda desigualdade que marca o sistema tributário brasileiro. Enquanto trabalhadores e consumidores arcam com pesados impostos sobre salários e consumo, os lucros distribuídos a acionistas seguem isentos há quase 30 anos. Este artigo propõe uma análise crítica sobre o tema, desconstruindo cinco mitos que têm alimentado essa narrativa e defendendo a urgência de um modelo tributário progressivo, capaz de financiar o Estado sem penalizar quem vive do próprio trabalho.

Um dos textos que expressa essa visão crítica à tributação de lucros e dividendos é o artigo de opinião Desmascarando o absurdo da tributação de lucros e dividendos, assinado por Ricardo Sayeg e publicado no portal iG. O autor argumenta que as empresas brasileiras já enfrentam uma carga tributária excessiva e que qualquer taxação adicional sobre lucros e dividendos configuraria bitributação, além de ser um obstáculo ao crescimento econômico. Sayeg acusa o governo de utilizar a medida como manobra para cobrir um suposto descontrole fiscal, criticando também a revogação do teto de gastos e defendendo a austeridade e a redução do papel do Estado como alternativas mais responsáveis.

Essa visão, porém, parte de premissas equivocadas e ignora a estrutura regressiva do sistema fiscal brasileiro. Uma abordagem progressista e comprometida com o desenvolvimento econômico e a equidade social permite desmontar, com base em dados e comparações internacionais, os principais argumentos levantados contra a taxação de lucros e dividendos. A seguir, analisamos cinco desses equívocos. Vamos "desmascarar a desmascaração":

1. O Mito da Carga Tributária Excessiva sobre as Empresas
O autor afirma que as empresas no Brasil já enfrentam uma carga tributária "descomunal" que pode chegar a 40% do faturamento. Esse número é, no mínimo, controverso. A carga tributária total no Brasil gira em torno de 32% do PIB, o que nos coloca abaixo da média da OCDE (cerca de 34%). Além disso, grande parte da arrecadação brasileira recai sobre o consumo e a folha de pagamento, enquanto o capital e a renda dos mais ricos são relativamente pouco tributados.
 
No que se refere ao lucro das empresas, o Brasil tem um dos regimes mais generosos do mundo: não há tributação sobre lucros e dividendos distribuídos a pessoas físicas desde 1995. Em comparação, países como Estados Unidos, Alemanha e França taxam dividendos a taxas superiores a 20%. Ou seja, o Brasil está na contramão da prática internacional, beneficiando especialmente os mais ricos.
 
2. O Erro ao Chamar a Tributação de Lucros e Dividendos de "Bitributação"
Sayeg argumenta que tributar dividendos equivaleria a uma bitributação, pois as empresas já pagam IRPJ e CSLL sobre seus lucros. Esse argumento ignora um ponto fundamental: lucro e dividendos são coisas distintas.
 
O IRPJ e a CSLL incidem sobre o lucro da empresa antes da distribuição aos sócios. A tributação de dividendos recai sobre o rendimento recebido pelo acionista. Isso não configura bitributação, pois são tributos sobre sujeitos distintos: a empresa paga sobre seu lucro, e o acionista paga sobre sua renda. Essa distinção existe em praticamente todas as economias desenvolvidas.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Mudanças Sociais Graduais e Aceleração das Revoluções: Evolução, Reformas e Crises Econômicas | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO Parte 20

Por Almir Cezar de Carvalho Baptista Filho

No campo da análise econômica e social, compreender as dinâmicas entre mudanças graduais e revoluções é fundamental para entender como as sociedades se transformam. As mudanças sociais podem ocorrer de maneira gradual e acumulativa, enquanto as revoluções representam saltos abruptos que precipitam ajustes profundos e muitas vezes explosivos. Nesta seção, exploraremos as relações entre mudanças sociais graduais, reformas e revoluções, além de examinar como crises econômicas podem desencadear transformações significativas.

As mudanças sociais graduais são processos lentos e acumulativos que moldam as estruturas econômicas e sociais ao longo do tempo. Essas mudanças geralmente ocorrem de forma incremental e muitas vezes são menos visíveis até que alcancem um ponto crítico.

As mudanças graduais acumulam-se ao longo do tempo, com ajustes contínuos em resposta a novos desafios e oportunidades. Esses ajustes podem envolver reformas políticas, mudanças culturais e transformações econômicas.

Ao contrário das revoluções, as mudanças graduais tendem a causar menos disrupção imediata e permitem uma adaptação mais suave às novas condições. Elas podem ser o resultado de reformas incrementais ou da evolução de práticas sociais e econômicas.

Mudanças nas políticas sociais, como o aumento das proteções trabalhistas ou a expansão dos serviços públicos, muitas vezes ocorrem de forma gradual, refletindo mudanças nas demandas sociais e econômicas.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Dimensão Ideológica e Moral no Sistema Econômico: Influência da Mentalidade e Determinações Não-Econômicas | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO Parte 19

por Almir Cezar de Carvalho Baptista Filho

No estudo do capitalismo e suas dinâmicas, é fundamental reconhecer que o sistema econômico não opera isoladamente das ideias, valores e normas sociais. A dimensão ideológica e moral, muitas vezes chamada de “mentalidade”, desempenha um papel crucial na formação e desenvolvimento das economias. Nesta seção, exploraremos como a mentalidade e as determinações não econômicas influenciam o sistema econômico, suas leis e sua dinâmica de longo prazo.

A mentalidade de uma sociedade, composta por seus valores morais, crenças e imaginário, influencia profundamente as estruturas econômicas e as decisões políticas. Essa dimensão é crucial para entender as determinações não econômicas que moldam o funcionamento do capitalismo.

Os valores morais e as crenças predominantes em uma sociedade moldam as atitudes em relação ao trabalho, ao consumo, à distribuição de riqueza e à justiça social. Esses valores podem influenciar políticas econômicas e sociais, impactando a forma como a economia é organizada e regulada.

O imaginário social inclui as ideias e narrativas culturais que moldam a percepção da realidade econômica e social. Essas ideias podem afetar a forma como as pessoas interpretam a desigualdade, a mobilidade social e o papel do Estado na economia.

As determinações não-econômicas são fatores que influenciam a dinâmica econômica, mas não são diretamente relacionadas à produção, distribuição ou consumo de bens e serviços. Incluem aspectos ideológicos, políticos e morais que afetam a estrutura econômica.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Mudanças Econômicas e Estruturais Pós-Revolução: Impactos dos Regimes Políticos do Século XX | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO Parte 18

por Almir Cezar de Carvalho Baptista Filho

As revoluções proletárias do século XX geraram transformações profundas nas economias e estruturas políticas de diversas nações. Os regimes políticos que surgiram após essas revoluções tiveram um impacto significativo nas economias, moldando o desenvolvimento econômico e as relações sociais. Nesta seção, analisaremos as mudanças econômicas e estruturais operadas pelos três tipos principais de regimes políticos pós-revolucionários do século XX: o Estado de Bem-Estar Social, os Estados Nacionalistas/Desenvolvimentistas e os Estados Operários Burocratizados.

O Estado de Bem-Estar Social surgiu como uma resposta às crises econômicas e sociais do capitalismo, buscando mitigar as desigualdades e promover uma rede de proteção social.

Primeiramente, é preciso definir as características do Estado de Bem-Estar Social, moldados pela Proteção Social, como pela Intervenção Estatal.

 O Estado de Bem-Estar Social implementou sistemas de seguridade social para garantir proteção contra riscos econômicos, como desemprego, doença e velhice. Os sistemas de saúde, educação e seguridade social foram ampliados para oferecer uma rede de proteção aos cidadãos.

Este modelo promoveu uma maior intervenção do Estado na economia para regular o mercado e assegurar o bem-estar social. Políticas fiscais e monetárias foram usadas para controlar o ciclo econômico e reduzir as desigualdades.

Há toda uma série de impactos econômicos e estruturais, como uma espécie de legado.

A redistribuição de renda através de impostos e benefícios sociais ajudou a reduzir as desigualdades e melhorar a qualidade de vida das camadas mais pobres da população.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

O Capitalismo como Sistema Mundial: Determinação das Partes Nacionais e Regionais - A ECONOMIA E A REVOLUÇÃO Parte 17

por Almir Cezar de Carvalho Baptista Filho



O Capitalismo é um sistema econômico globalmente interconectado, onde as partes nacionais e regionais são moldadas pela dinâmica e estrutura do sistema mundial. A compreensão de como o capitalismo opera como um sistema mundial é essencial para analisar o desenvolvimento desigual, a dependência econômica e o papel das diferentes regiões e países. Nesta seção, exploraremos a natureza do capitalismo como um sistema mundial, suas implicações para o desenvolvimento regional e as questões de dependência e atraso econômico.

O Capitalismo não é uma série de economias nacionais isoladas, mas sim um sistema global interdependente onde as economias nacionais, e regionais (subnacionais), são integradas e influenciadas por dinâmicas globais. Deve-se assim sempre levar em consideração a estrutura e a dinâmica enquanto sistema mundial.

Primeiramente, o Capitalismo como sistema mundial, refere-se à interconexão e interdependência das economias globais. As economias nacionais estão inseridas em um sistema econômico global que define as condições para o desenvolvimento e as relações de poder.

Em segundo lugar, a globalização econômica e a integração dos mercados financeiros, comerciais e produtivos definem a estrutura do capitalismo mundial. As políticas econômicas e as práticas de mercado em uma região podem ter impactos significativos em outras partes do mundo.

Há ainda, uma disposição entre determinação das partes Nacionais e Regionais.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Popularidade de Lula, Inflação dos Alimentos e a Campanha Salarial: Como Isso Afeta Seu Bolso? | Economia É Fácil

📝 AO VIVO! Inflação dos alimentos e campanha salarial!

🔴https://www.youtube.com/live/cLclrV7cmS0?si=UxZwpGO327CEmmgE


O preço dos alimentos está pesando cada vez mais no bolso dos trabalhadores, enquanto os servidores da educação no Distrito Federal lutam por reajustes salariais. Afinal, o que está por trás da alta dos preços? Como isso afeta a classe trabalhadora? E quais os desafios da categoria da educação na campanha salarial?

👤 Convidado Especial: Paulo Reis , professor da rede pública do DF e ativista do movimento Reviravolta na Educação DF .

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Trump 2.0: Como já está sendo e o que mais virá?

 📢 O retorno de Donald Trump ao cenário político reacende debates sobre imperialismo, crise econômica e o fortalecimento da ultradireita global. Como será o Trump 2.0? Mais guerra? Mais desigualdade? Mais ataques aos trabalhadores? Governo dos bilionários? E para o Brasil?
Neste episódio do Economia É Fácil, vamos analisar os impactos da volta de Trump na geopolítica mundial, na economia dos EUA e nas relações com o Brasil. Quais serão as consequências para a América Latina? Como o mercado reage a essa nova fase do trumpismo?
👤 Convidado Especial: Cyro Garcia, historiador e professor de Direito, traz uma análise profunda sobre a política norte-americana e seus reflexos no mundo.
🎙Apresentação: Almir Cezar Filho, economista.
💡 Participe AO VIVO! 


🗓 06/02/2025 🕘21h
 📲 Comente, compartilhe e se inscreva no canal!
🔴 Assista agora: [https://www.youtube.com/watch?v=kOLvT4r1Vl0]
#Trump2025 #Imperialismo #CriseEconômica #Ultradireita #Geopolítica #EconomiaÉFácil

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

A "Crise da Tesoura Invertida" no Brasil Contemporâneo: Aplicação da Teoria de Preobrazhenski à Inflação Alimentar, Estagnação Econômica e Desindustrialização

 por Almir Cezar Filho

Resumo

A teoria da "crise da tesoura", formulada por E. A. Preobrazhenski para explicar a divergência de preços entre produtos agrícolas e industriais na União Soviética da década de 1920, pode ser aplicada de forma invertida ao Brasil contemporâneo. No contexto brasileiro, observa-se uma dinâmica oposta: os preços agrícolas sobem mais rapidamente que os industriais, enquanto a indústria nacional se enfraquece e a dependência de importações aumenta. Este artigo explora como o fenômeno pode ser caracterizado como uma "crise da tesoura invertida", analisando suas causas estruturais e as possíveis implicações para a política econômica.

Introdução

No Brasil de 2024-2025, a economia enfrenta um cenário paradoxal. De um lado, há um aumento expressivo nos preços dos alimentos e produtos agrícolas, impulsionado por fatores externos e internos, como a demanda global, eventos climáticos e a especulação de mercado. De outro, a indústria nacional se encontra em estagnação, incapaz de competir com produtos importados e enfrentando dificuldades para expandir sua produção.

Essa situação é diametralmente oposta à "crise da tesoura" identificada pelo economista soviético E. Preobrazhenski na URSS, na qual os produtos industriais subiam mais rapidamente do que os agrícolas, prejudicando os camponeses. No Brasil atual, ocorre o inverso: a agricultura domina o crescimento econômico, enquanto a indústria perde relevância, resultando em um novo tipo de desajuste estrutural – a "crise da tesoura invertida".

O objetivo deste artigo é utilizar os conceitos da economia soviética dos anos 1920, em particular a análise de Preobrazhenski sobre acumulação socialista primitiva, fome de mercadorias e desproporções entre setores produtivos, para explicar a crise atual da economia brasileira.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Análise da Queda do Valor das Big Tech e a Possível Bolha da IA

por Almir Cezar Filho

A s
tartup chinesa Deepseek faz ‘big techs’ provarem do próprio remédio e provocar uma crise no mercado de capitais em torno de uma possível bolha no no mercado de alta tecnologia.

📉 A Bolha da IA Está Estourando? Análise da Queda nas Big Techs

Os gráficos indicam um ajuste no mercado de tecnologia, com quedas expressivas nas ações de gigantes do setor. A NVIDIA (-17,29%), uma das maiores beneficiadas pelo boom da IA, sofreu a maior perda. Microsoft (-3,30%), Alphabet (-3,33%) e Tesla (-3,08%) também registraram quedas, sugerindo que o mercado está reavaliando expectativas sobre o crescimento da Inteligência Artificial (IA). Já a Apple (+3,85%) seguiu na contramão, mostrando uma valorização sustentada.