ResumoO artigo propõe o conceito de acumulação primitiva nacional, inspirado em Evguêni Preobrazhensky e adaptado à realidade do capitalismo periférico contemporâneo. A partir da análise do boom do agronegócio brasileiro, o texto demonstra que o setor agroexportador, quando articulado a uma política de planejamento e investimento público, pode atuar como fonte de financiamento produtivo e tecnológico da reindustrialização. Diferente da “doença holandesa” e da “doença egípcia”, em que o campo atua como fator de regressão estrutural, a acumulação primitiva nacional propõe a transferência consciente e planejada do excedente agrário para os setores industriais, científicos e de infraestrutura.Com base nas formulações de Preobrazhensky, Kalecki e Furtado, o artigo articula os conceitos de coerência estrutural, crescimento garantido e soberania produtiva, defendendo a criação de um novo pacto desenvolvimentista entre Estado, agronegócio, indústria e ciência. A tese central é que o Brasil dispõe hoje dos meios materiais para um novo ciclo de industrialização verde e digital — faltando-lhe apenas a consciência da necessidade, isto é, o planejamento econômico como instrumento de transformação nacional.
sábado, 1 de novembro de 2025
Do Boom do Agro à Nova Industrialização: o Agronegócio como Fonte de Acumulação Primitiva Nacional
sábado, 25 de outubro de 2025
A Doença Egípcia: um paradigma invertido da Doença Holandesa
Da reprimarização impossível à estagnação dependente: uma teoria estrutural do subdesenvolvimento e da inflação crônica nas economias periféricas*
Resumo
O artigo apresenta o conceito de Doença Egípcia, uma categoria teórica proposta como inversão da clássica Doença Holandesa. Enquanto esta descreve o retrocesso industrial de economias que prosperam graças ao sucesso de seu setor primário, a Doença Egípcia caracteriza países que nunca completaram o processo de industrialização, mas permanecem presos à dependência de exportações primárias frágeis e instáveis. O texto demonstra que, nesses casos, a escassez de divisas, e não a abundância, desencadeia um ciclo de desvalorização cambial, inflação de custos, desinvestimento e estagnação produtiva. Inspirado nas formulações de Preobrazhensky e Kalecki, o modelo expõe como o desequilíbrio entre setores e a ausência de planejamento convertem a economia periférica em um sistema de reprodução sem acumulação, no qual o Estado administra a escassez em vez de superá-la. Aplicado ao Brasil e a outras nações do Sul Global, o conceito propõe uma releitura estrutural da inflação e do subdesenvolvimento, recolocando o planejamento, a reindustrialização e a soberania cambial como fundamentos da estabilidade e do crescimento de longo prazo.
Palavras-chave:
Doença Egípcia; Doença Holandesa; subdesenvolvimento estrutural; inflação de custos; dependência; planejamento econômico; industrialização tardia; Preobrazhensky; Kalecki.
I. Introdução – O Paradoxo da Periferia e a Inversão da Doença Holandesa
A expressão “Doença Holandesa” tornou-se, nas últimas décadas, um dos conceitos mais difundidos para descrever o dilema de países que, após descobertas ou valorização de recursos naturais, sofrem os efeitos colaterais de seu próprio sucesso. O boom das exportações de commodities provoca a valorização cambial, reduz a competitividade das manufaturas e leva à reprimarização da estrutura produtiva. Em essência, trata-se de uma patologia do êxito: o país industrializado é traído por seu setor primário pujante.
Entretanto, nas economias periféricas e dependentes, o fenômeno assume contornos inversos. O problema não é o “excesso de sucesso” das exportações, mas sua fragilidade estrutural. Aqui surge o que denominamos Doença Egípcia — uma versão invertida da Doença Holandesa. Não se trata de uma regressão a partir de uma base industrial consolidada, mas de um bloqueio histórico que impede a industrialização de se completar. A “doença”, portanto, nasce não do apogeu, mas da insuficiência.
A metáfora egípcia é reveladora. O Egito antigo foi uma das civilizações mais sofisticadas do ponto de vista agrário, mas cuja produtividade agrícola sustentava um Estado extrativo e elites improdutivas, incapazes de converter o excedente social em acumulação produtiva. A abundância relativa não se transformava em progresso técnico, mas em monumentos e privilégios. Da mesma forma, nas economias periféricas contemporâneas, o excedente proveniente do setor primário — mesmo modesto — é canalizado para o consumo das elites, a especulação financeira e o serviço da dívida, não para a transformação estrutural da base produtiva.
Enquanto na Doença Holandesa o câmbio valorizado corrói a competitividade industrial, na Doença Egípcia o câmbio desvalorizado reflete a ausência de base industrial capaz de reagir à desvalorização. O resultado é um círculo vicioso: a queda dos preços das commodities reduz as reservas internacionais e desvaloriza a moeda; a moeda fraca encarece importações de insumos e maquinário; os custos industriais sobem e o investimento declina. Surge, assim, uma inflação estrutural de custos, não compensada por expansão produtiva — uma estagnação inflacionária de natureza dependente.
A Doença Egípcia é, portanto, a patologia da periferia que nunca se industrializou plenamente, mas que experimenta as desvantagens cambiais e estruturais da dependência primário-exportadora. Ao contrário da doença holandesa, que se manifesta como uma perda de complexidade após um ciclo virtuoso, a egípcia é o sintoma de uma ausência estrutural de complexidade. É a doença de economias onde o Estado arrecada sobre a base agrária ou mineral, o capital lucra pela intermediação financeira e a sociedade paga o preço da desindustrialização sem jamais ter vivido seu auge.
sábado, 18 de outubro de 2025
Crescimento, Inflação e Coerência Estrutural: uma síntese Preobrazhensky–Kalecki para o desenvolvimento brasileiro
Resumo
O artigo propõe um modelo interdepartamental de crescimento garantido e não inflacionário, fundamentado na síntese entre Evgeni Preobrazhensky e Michał Kalecki. A partir de uma releitura marxista das relações entre produto efetivo e produto potencial, o texto demonstra que a estabilidade de preços não depende da contração fiscal ou monetária, mas da compatibilidade estrutural entre os ritmos de expansão setoriais. O modelo formaliza o produto agregado como a soma das respostas diferenciais da produção ( ), identificando um ponto ótimo de coerência () em que o crescimento da renda coincide com a capacidade produtiva sem gerar inflação.Essa formulação integra o teorema de Preobrazhensky sobre inflação e desproporção nos países em desenvolvimento e a taxa de crescimento garantido de Kalecki (), resultando em uma equação composta ( ) que expressa a taxa de expansão compatível com a estrutura produtiva real. Aplicado ao caso brasileiro, o modelo revela que a inflação recente decorre não de déficits fiscais, mas de gargalos produtivos intersetoriais — a superposição de cadeias de oferta descompassadas. O artigo conclui propondo substituir a atual política de metas de inflação por uma meta de coerência estrutural, que combine planejamento produtivo, investimento coordenado e mensuração periódica do crescimento não inflacionário. Essa abordagem redefine o papel da política macroeconômica, colocando o planejamento e a proporcionalidade produtiva como fundamentos da estabilidade e do desenvolvimento sustentável em economias periféricas.
Palavras-chave:
Preobrazhensky; Kalecki; crescimento garantido; inflação estrutural; coerência interdepartamental; planejamento econômico; Brasil.
Introdução – Crescimento, Inflação e a Falácia do Desequilíbrio Fiscal
Nas últimas décadas, o debate econômico brasileiro tem sido sequestrado por uma falsa oposição entre responsabilidade fiscal e expansão produtiva. À política fiscal atribui-se a origem das pressões inflacionárias; à política monetária, o papel de guardiã da estabilidade. Sob essa narrativa, o crescimento seria, por definição, inflacionário; e a austeridade, sinônimo de sensatez. Contudo, a experiência recente do país — inflação persistente mesmo com juros recordes e baixo dinamismo — revela que algo fundamental está errado nesse raciocínio.
A inflação brasileira contemporânea não nasce do “excesso de gasto público”, mas dos gargalos estruturais de uma economia heterogênea, dependente e desproporcional. Em vez de se propagar de cima para baixo pela demanda, ela emerge de dentro do sistema produtivo, das descompensações entre setores e departamentos, que limitam a expansão da oferta e elevam os custos antes mesmo que o consumo popular se recupere. A política monetária restritiva, ao inibir o investimento justamente nos elos mais frágeis — energia, logística, indústria de base e agricultura —, apenas aprofunda o desequilíbrio que pretende corrigir.
É nesse ponto que o pensamento de Evgeni Preobrazhensky e Michał Kalecki recupera toda a sua atualidade. Ambos demonstraram que o equilíbrio entre crescimento e estabilidade de preços não depende do freio da demanda, mas da compatibilidade entre os ritmos de expansão dos setores e departamentos da economia. Em Preobrazhensky, essa compatibilidade material expressa-se no equilíbrio entre os Departamentos I (meios de produção) e II (meios de consumo); em Kalecki, na proporção entre poupança, investimento e capacidade produtiva, que define a taxa de crescimento garantido.
Partindo dessa dupla herança teórica, este artigo propõe um modelo interdepartamental de crescimento garantido e não inflacionário, no qual o produto efetivo resulta da soma das respostas diferenciais setoriais , e o ponto ótimo representa a coerência estrutural entre o produto efetivo e o potencial. O modelo sintetiza o teorema de Preobrazhensky sobre a inflação em economias em desenvolvimento e a equação kaleckiana do crescimento g=s/v, mostrando que o crescimento sem inflação decorre da proporcionalidade entre investimento, capacidade e estrutura produtiva — e não da contração da demanda.
A aplicação dessa abordagem ao caso brasileiro permite reinterpretar a atual conjuntura: a inflação decorre menos do fiscal e mais da superposição de gargalos produtivos; a estabilidade não virá de juros altos, mas da recomposição das proporções materiais do desenvolvimento. Ao restituir a economia política ao terreno da totalidade concreta, o modelo propõe uma nova racionalidade macroeconômica para países periféricos — uma racionalidade do planejamento e da coerência estrutural, que recoloca o crescimento, e não a austeridade, como fundamento da estabilidade de preços e do equilíbrio social.
quarta-feira, 15 de outubro de 2025
O que a mídia não te explica sobre Reforma Administrativa (live no canal "Economia É Fácil")
Reforma Administrativa volta à pauta e ameaça o serviço público — o que está em jogo do Brasil
sábado, 11 de outubro de 2025
O Tempo dos Ciclos: Irregularidade, Tendência e Transição na Dinâmica do Capitalismo
ResumoOs ciclos econômicos não são meras oscilações estatísticas, mas expressões da própria lógica contraditória do capitalismo. Através de períodos de expansão e crise, o sistema reconfigura suas condições de reprodução, revelando uma regularidade que se manifesta por meio da irregularidade. Este artigo analisa, sob a ótica marxista, a natureza dialética dos ciclos: suas sobreposições temporais, suas tendências estruturais e suas mutações históricas. Da “irregularidade regular” à financeirização contemporânea, buscamos compreender o ciclo como forma temporal do capital — e o planejamento socialista como sua negação consciente.
sexta-feira, 10 de outubro de 2025
Artigos sobre Teoria do Desenvolvimento Capitalista - uma lista de leitura
O blog "Limiar e Transformação Econômica" é um espaço dedicado à análise marxista das transformações e crises do capitalismo contemporâneo. Editado por Almir Cezar Filho, economista e servidor público, o blog busca contribuir para um jornalismo econômico contra-hegemônico e para a educação popular em economia.
Os principais temas abordados no blog incluem:
-
Crises do Capitalismo: Análises profundas sobre as crises econômicas sob a perspectiva marxista, explorando suas causas e consequências globais.
Clique aqui: limiaretransformacao.blogspot.com.
quinta-feira, 2 de outubro de 2025
Rolou ou não "química" entre Lula e Trump?
O Economia É Fácil recebe Cyro Garcia para analisar a conjuntura internacional e nacional:
🌎 Shutdown nos EUA, dólar em queda e crise global
🇧🇷 Protestos barram 'PEC da Bandidagem', Bolsonaro condenado e Tarcísio se lança candidato
🗓 Quinta, 02/10 – 21h
quarta-feira, 17 de setembro de 2025
"A Servidão do Caminho": Economia de Mercado, Pós-Modernidade e Servidão - o Paradoxo Neoliberal
Não vivemos no caminho da servidão, mas sim, na servidão do caminho...
Por Almir Cezar Filho
Em O Caminho da Servidão, Friedrich Hayek acusava o socialismo, o intervencionismo econômico, o Estado de bem-estar social e o planejamento estatal de conduzirem a uma "servidão": a perda das liberdades civis e a ascensão de regimes totalitários. Para Hayek, e para seus pares como Von Mises e Milton Friedman, qualquer tentativa de submeter a dinâmica do mercado à ação coletiva racional implicaria inevitavelmente na erosão da liberdade individual. No entanto, a realidade que emergiu nas últimas décadas mostra-se um espelho invertido dessa tese. O desmonte dos instrumentos de regulação estatal, a demonização do planejamento, a precarização do Estado social e a expansão desmedida da lógica mercantil não produziram liberdade, mas sim uma nova forma de servidão: a servidão ao capital financeiro, às corporações transnacionais e ao poder punitivo do Estado autoritário.
Sob a hegemonia da ideologia do livre mercado, vivemos a degradação da malha social, a desindustrialização, a explosão das crises financeiras, a inflação das commodities, a concentração de riquezas e a corrosão da esfera pública. O "mercado" — como abstração ideológica que naturaliza relações sociais e apaga conflitos — se tornou dogma inquestionável. Entretanto, esse fundamentalismo mercadológico se traduz, na prática, em anomia, precariedade e despotismo. A promessa de liberdade se converte em serviço informal, vigilância digital, escravidão por dívida e judicialização da política. O que era para ser um antídoto contra o totalitarismo, revelou-se seu fermento.
domingo, 14 de setembro de 2025
Rede, Valor e Capitalismo: Por uma Economia Sintrópica e Inteligente - A Economia & a Revolução
Uma crítica marxista e cibernética à ideologia do mercado e à entropia do capitalismo, em defesa de uma economia colaborativa, sintrópica e baseada em redes inteligentes.
Este artigo propõe uma crítica radical à concepção do mercado como ordem espontânea natural, analisando a economia a partir do paradigma das redes complexas e da cibernética. A partir de conceitos como entropia, sintropia, planejamento, colaboração e economia participativa, argumenta-se que o capitalismo — entendido como mercado generalizado de fatores de produção — não expressa a inteligência coletiva, mas sim sua degradação. Ao invés de um sistema espontaneamente eficiente, o mercado impõe desigualdade, opressão e desperdício. A superação de sua entropia exige redes colaborativas, inteligência sintrópica e planejamento democrático. Propõem-se, como alternativas sistêmicas, os modelos da Economia Participatória (ParEcon) e da Economia Baseada em Recursos.
Introdução
quinta-feira, 4 de setembro de 2025
Julgamento de Bolsonaro, Democracia em crise, imperialismo em ofensiva | ECONOMIA É FÁCIL
Clique aqui: https://youtube.com/live/di5Ie-mAZpQ
quinta-feira, 7 de agosto de 2025
Tarifaço de 50%: BRICS é um dos alvos de Trump, mas não é alternativa suficiente para o Brasil
Tarifaço de 50%: BRICS é um dos alvos de Trump, mas não é alternativa suficiente para o Brasil
https://youtu.be/e3wfOA_gmiU
quarta-feira, 6 de agosto de 2025
Tarifaço, ingerência e submissão: o Brasil entre Trump, STF e a classe dominante
Com Cyro Garcia | Economia É Fácil – Ao vivo na Rádio Censura Livre 📢 Assista, comente, compartilhe, inscreva-se e apoie a Rádio Censura Livre!
📍O novo tarifaço é mesmo um recuo ou um avanço na ofensiva imperialista dos EUA? 📍A Lei Magnitsky e a sanção a Moraes: o que está em jogo com a ingerência no STF? 📍Qual o papel da burguesia brasileira nessa crise: cúmplice ou vítima? 📍Qual deve ser a resposta da classe trabalhadora frente ao ataque imperialista?
terça-feira, 5 de agosto de 2025
O tarifaço de Trump contra o Brasil é em benefício aos grandes monopólios empresariais dos EUA
segunda-feira, 4 de agosto de 2025
BULL x TACO Valentão ou Arregão? Por que Trump taxou 50% alguns produtos brasileiros, enquanto outros ficaram de fora?
Valentão ou Arregão?
Por que Trump taxou 50% alguns produtos brasileiros, enquanto outros ficaram de fora?
sábado, 2 de agosto de 2025
Trump taxa o Brasil: ataque imperialista ou teatro eleitoral?
terça-feira, 15 de julho de 2025
Tarifas de Donald Trump contra o Brasil, limites da conciliação do governo Lula e a soberania nacional em jogo
sábado, 12 de julho de 2025
99 anos do livro `"Nova Economia" de Eugeny Preobrazhensky
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| Eugeny Preobrazhensky (foto colorizada) |
quinta-feira, 10 de julho de 2025
Trump impõe tarifa contra o Brasil – Chantagem imperialista e ataque à soberania
quinta-feira, 3 de julho de 2025
Crise na Avibras: a indústria brasileira vai morrer? | ECONOMIA É FÁCIL
A maior empresa de defesa do Brasil está afundada em dívidas, salários atrasados e risco de fechamento definitivo. Enquanto isso, o governo compra armas dos EUA e de Israel e vira as costas para a indústria nacional. Neste episódio do Economia É Fácil, vamos debater:
👉 Por que a Avibras chegou a esse ponto?
👉 Qual o papel da financeirização e da política de austeridade?
👉 O que essa crise revela sobre o projeto de desenvolvimento nacional?
👉 A geopolíticaE qual a responsabilidade do governo Lula?
✅ O futuro da reindustrialização e da soberania brasileira
✅ O papel estratégico da indústria bélica
✅ E a luta dos trabalhadores por salários e dignidade
terça-feira, 1 de julho de 2025
🎙️ 15 Anos da ERCE: História, Desafios e a Luta pela Reestruturação dos Cargos Específicos
Nesta transmissão histórica, vamos resgatar a trajetória de criação da Estrutura dos Cargos Específicos (ERCE), que há 15 anos reúne arquitetos, engenheiros, economistas, estatísticos e geólogos do Poder Executivo Federal.
A live traz uma reflexão sobre:
🔹 A história e as motivações que levaram à aprovação da Lei 12.277/2010.
🔹 Os desafios vividos pelos servidores na implantação da ERCE.
🔹 A luta permanente pela revalorização, atualização salarial e reestruturação da carreira.
🔹 A importância estratégica da ERCE para as políticas públicas, a infraestrutura governamental e o desenvolvimento do Brasil.
🔹 A defesa de um serviço público qualificado, autônomo e comprometido com o interesse coletivo.
Com convidados especiais e a participação do público ao vivo!
Assista aqui: https://youtube.com/live/P8pCKWyab4A
🗓️ Data: 30/06 🕗 Horário: 20h 📡 Transmissão ao vivo pela Rádio Censura Livre
✊ Participe, comente e compartilhe! Valorizar o servidor público é defender o futuro do Brasil.
#ERCE #SINAEG #ServidorPúblico #ValorizaçãoJá #Economistas #Engenheiros #Arquitetos #Estatísticos #Geólogos #ServiçoPúblico #RádioCensuraLivre
segunda-feira, 30 de junho de 2025
Oriente Médio: Como resolver de vez a escalada e sucessão infinita de conflitos
domingo, 29 de junho de 2025
A solidariedade mundial à luta do povo palestino é parte essencial da resistência
🟢 A Flotilha da Liberdade, que rompe simbolicamente o bloqueio de Gaza e denuncia os crimes de guerra.
🟢 A Marcha Global para Gaza e a luta contra a repressão do Egito ao povo palestino.
🟢 O papel decisivo das massas árabes e da juventude no mundo todo, mobilizadas em defesa da Palestina.
O vídeo também recupera a proposta política que defende uma campanha mundial de solidariedade ativa e pressão sobre os governos cúmplices de Israel.
🔗https://youtu.be/ltP4N1cfZWc
sábado, 28 de junho de 2025
O confronto dos aiatolás do Irã com Israel é produto das contradições desse regime
No corte especial do Economia É Fácil, o economista e editor do programa Almir Cezar Filho analisa as origens do confronto entre o regime dos aiatolás do Irã e o Estado de Israel, destacando que essa tensão permanente não é apenas fruto de disputas regionais, mas também das profundas contradições internas do próprio regime iraniano.
🟢 Ditadura teocrática e repressão interna contra a população iraniana.
🟢 Um projeto anti-imperialista parcial e seletivo, que não esconde alianças oportunistas.
🟢 Relações estratégicas com China e Rússia.
🟢 Intervenções e apoios a grupos armados no Iraque, Síria, Líbano e Iêmen.
Entender essas contradições é fundamental para quem defende a paz e a autodeterminação dos povos sem cair na lógica de blocos autoritários que instrumentalizam causas legítimas em benefício próprio.
📼https://youtu.be/OlFqy3akimo
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sexta-feira, 27 de junho de 2025
PODCAST | Inflação desacelera. Mas bolso do brasileiro segue sofrendo
Hoje o noticiário econômico anunciou:
📉 “A inflação caiu! O IPCA-15 desacelerou em junho!”
Mas... e o povo?
⚡ A conta de luz subiu.
💧 A água encareceu.
🍛 Comer fora continua pesando no bolso.
🚇 O transporte não aliviou.
🩺 O plano de saúde não para de subir.
Como pode a inflação desacelerar e o salário continuar encurtando?
No Economia É Fácil de hoje, vamos te mostrar o que os dados escondem — e o que a grande imprensa não quer explicar:
📊 A inflação no Brasil não é de consumo exagerado nem de gasto público.
⚠️ É de tarifas, serviços essenciais e um modelo econômico que joga a conta nas costas da classe trabalhadora.
Vamos analisar os dados, comparar com a série histórica e discutir caminhos para um outro projeto de economia.
Fica com a gente, curta, compartilhe, se inscreva no canal da Rádio Censura Livre.
E, se está ouvindo pelo Spotify, marca como favorito e dá aquelas cinco estrelas que ajudam demais.
Porque aqui, a economia é explicada de forma crítica — e sempre do lado do povo.
quinta-feira, 26 de junho de 2025
Inflação desacelera. Mas bolso do brasileiro segue sofrendo | ECONOMIA É FÁCIL
📊 Inflação e o IPCA-15 de junho/2025: queda ou ilusão? O que a mídia não te explica
O IBGE divulgou que o IPCA-15 desacelerou para 0,26% em junho, mas o custo de vida continua pesando no bolso da população. Neste episódio, vamos analisar os dados por trás do índice, comparar com a série histórica e mostrar por que a sensação de carestia persiste — mesmo quando o governo tenta passar a ideia de alívio. ⚠️ Luz, água, comida fora de casa, saúde e aluguel continuam subindo. 📉 Preço do tomate caiu. Mas e o plano de saúde? E a energia elétrica com bandeira vermelha? 🎥 Ao vivo com gráficos, dados e análise crítica — porque a economia também é uma trincheira de luta. 🎙️ Com apresentação de Almir Cezar, economista e editor do Economia É Fácil. 🗓️ Quinta, 12/06 – às 21hquarta-feira, 25 de junho de 2025
As guerras permanentes de Israel são tanto a causa como resultado de graves crises internas
terça-feira, 24 de junho de 2025
Gaza foi o prelúdio da ação de Israel no Irã e vive um impasse militar de Netanyahu
Neste corte do Economia É Fácil, o economista Almir Cezar Filho analisa a crise militar que Israel enfrenta na Faixa de Gaza e o fracasso do governo Netanyahu em alcançar seus objetivos estratégicos. O vídeo mostra como, apesar da brutalidade dos ataques, a resistência popular palestina permanece firme e impõe limites concretos à ocupação: 🟥 Objetivos militares declarados por Israel seguem não atingidos, mesmo após meses de bombardeios. 🟥 A dificuldade de anexar e expulsar a população torna o projeto colonial insustentável. 🟥 O isolamento internacional de Israel cresce com protestos e campanhas de boicote em todo o mundo. 🟥 A crise política e social interna se aprofunda, ameaçando a estabilidade do governo Netanyahu. Destaca que Gaza tornou-se o símbolo da luta anticolonial do nosso tempo — e que a solidariedade internacional é decisiva para derrotar o projeto de limpeza étnica.
🔗https://youtu.be/xdcNAj1Loy4segunda-feira, 23 de junho de 2025
Ataques de Israel e a resposta do Irã: uma nova e grave escalada de muitas décadas
Neste corte do Economia É Fácil, o economista Almir Cezar Filho analisa a crise militar que Israel enfrenta na Faixa de Gaza e o fracasso do governo Netanyahu em alcançar seus objetivos estratégicos. O vídeo mostra como, apesar da brutalidade dos ataques, a resistência popular palestina permanece firme e impõe limites concretos à ocupação: 🟥 Objetivos militares declarados por Israel seguem não atingidos, mesmo após meses de bombardeios. 🟥 A dificuldade de anexar e expulsar a população torna o projeto colonial insustentável. 🟥 O isolamento internacional de Israel cresce com protestos e campanhas de boicote em todo o mundo. 🟥 A crise política e social interna se aprofunda, ameaçando a estabilidade do governo Netanyahu. Destaca que Gaza tornou-se o símbolo da luta anticolonial do nosso tempo — e que a solidariedade internacional é decisiva para derrotar o projeto de limpeza étnica. 🔗https://youtu.be/hdKrC0Kd8Yk
👍Dê seu like, 💻deixe o seu comentário e ↪️ Compartilhe nas suas redes sociaisdomingo, 22 de junho de 2025
sábado, 21 de junho de 2025
Marina Silva sofre ataque no Senado, enquanto Congresso tenta passar boiada com o PL da "Devastação"
sexta-feira, 20 de junho de 2025
Irã x Israel: Nova Escalada. Oriente Médio em Chamas e os Riscos ao Mundo - Quem é que lucra?
Bolsonaro e aliados no banco dos réus no STF pela trama golpista. 02 nos EUA: sanção contra Xandão?
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quinta-feira, 19 de junho de 2025
Novo giro internacional de Lula: França (UE), Canadá (G7). Uma alternativa à dominação dos EUA? Geopolítica ou Imperialismo
Mais um vídeo do Economia É Fácil, o seu canal de economia e conjuntura com linguagem fácil e na perspectiva dos trabalhadores. Corte da entrevista com Cyro Garcia, historiador e professor de Direito.
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quarta-feira, 18 de junho de 2025
A Rússia e Ucrânia está longe de um cessar-fogo. É o imperialismo que não deixa
Mais um vídeo do Economia É Fácil, o seu canal de economia e conjuntura com linguagem fácil e na perspectiva dos trabalhadores. Corte da entrevista com Cyro Garcia, historiador e professor de Direito.
segunda-feira, 16 de junho de 2025
Gaza: ONU denúncia os massacres. Europa ameaça romper com Israel. Netanyahu prossegue com guerras.
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quarta-feira, 11 de junho de 2025
PROFESSORES EM GREVE, ESCOLA EM CRISE: QUEM PAGA ESSA CONTA?
🗓 Quinta, 12/06 – às 21h
📍 Rádio Censura Livre
👨🏫 Entrevista com o professor Paulo Reis, da rede pública do DF, e profª Vanessa Portugal, da rede de Belo Horizonte/MG sobre:
✅ Greve, corte de ponto e repressão judicial
✅ Ataques ao Fundeb e arrocho salarial
✅ Saúde mental, assédio e metas abusivas
✅ Riscos do “apagão” de professores
✅ O papel da educação no orçamento público
✊🏾 Educação é investimento, não despesa. Valorizar o magistério é lutar pelo futuro do país!
#educação
#professor
#greve
#fundeb
sábado, 7 de junho de 2025
A Economia e a Revolução: os elementos básicos para uma Economia Política da Transformação Social no Século XXI
Por Almir Cezar Filho
Introdução
Este capítulo introdutório propõe reunir os fundamentos de uma teoria contemporânea do desenvolvimento econômico capitalista à luz do marxismo, articulando a dinâmica da economia com os processos políticos, a estrutura social e as determinações extraeconômicas que moldam o movimento do capital e da luta de classes.
A partir do princípio do desenvolvimento desigual e combinado — que recusa as falsas simetrias dos modelos linear-evolutivos —, buscamos uma abordagem dialética e tridimensional da realidade. O desenvolvimento não se dá como trajetória homogênea ou universal, mas como expressão de múltiplos modos de produção articulados desigualmente dentro de um sistema global hierarquizado. Essa heterogeneidade é constitutiva do capitalismo, que, ao se expandir e buscar sua autorreprodução, incorpora formas sociais e produtivas distintas em escalas nacional e internacional. Portanto, a teoria do desenvolvimento deve partir da totalidade concreta, reconhecendo as mediações entre as estruturas econômicas nacionais, as lutas de classe e a inserção no sistema interestatal capitalista.
A revolução — entendida como salto histórico, ruptura da continuidade evolutiva e precipitação de contradições não resolvidas — é um elemento essencial para compreender tanto as mutações estruturais do capitalismo quanto as possibilidades de sua superação. Mais do que consequência de crises econômicas, a revolução pode ser seu motor. A história do século XX oferece múltiplas expressões dessa dinâmica: do Estado operário burocratizado à social-democracia do bem-estar, passando pelos nacionalismos desenvolvimentistas da periferia. Tais experiências, ainda que marcadas por limites e derrotas, alteraram profundamente as formas de organização produtiva, o papel do Estado e as mentalidades sociais — elementos que permanecem decisivos na configuração do presente.
Este texto parte, portanto, da premissa de que o capitalismo deve ser apreendido como totalidade contraditória, cuja estrutura e dinâmica são determinadas por leis econômicas internas (como a lei do valor e da acumulação) e por determinações extraeconômicas (como a política, a ideologia, a moral, o direito e as relações interestatais). A análise da conjuntura, das flutuações cíclicas, da política econômica e da inserção internacional de cada país não pode ser feita sem essa perspectiva de longa duração, que recusa o imediatismo da análise econômica convencional e resgata o horizonte da transformação revolucionária como categoria estratégica e analítica.
1. O Conceito de Desenvolvimento Econômico na Tradição Marxista
sexta-feira, 6 de junho de 2025
STF começa julgar Bolsonaro pelo 8/01: A esquerda pode acreditar em punição aos golpistas?
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quinta-feira, 5 de junho de 2025
Da Ucrânia a Gaza, do G7 ao STF | ECONOMIA É FÁCIL
📺 ECONOMIA É FÁCIL #ConjunturaMensal | Com Cyro Garcia 🌍 O mundo está em chamas — e o Brasil no centro de disputas cada vez mais intensas. Nesta edição de Economia É Fácil, o historiador, professor e militante de esquerda Cyro Garcia analisa conosco os principais fatos da conjuntura nacional e internacional:
quarta-feira, 4 de junho de 2025
Lula amigo de Xi e Putin? Articulações geopolíticas do Brasil na Rússia e na China
terça-feira, 3 de junho de 2025
Coerência Motivacional Retroativa - Infográfico Conceitual
1️⃣ Problema: O Sentido da Ação Histórica
❓ O que justifica uma ação política ou histórica?
✔️ Vencer uma batalha é suficiente?
✔️ Impedir uma medida regressiva basta?
🔑 Ou precisamos garantir que a vitória preserve a razão pela qual lutamos?
2️⃣ Hipótese Central
🌀 Coerência Motivacional Retroativa
Alterar o passado é possível, desde que o novo futuro justifique a motivação original da ação.
Síntese:
✔️ O tempo pode mudar → mas não pode perder o sentido que o impulsionou.
✔️ A ação só é válida se manter ou recriar a motivação que a originou.
segunda-feira, 2 de junho de 2025
A guerra comercial EUA vs. China esconde uma luta pela ordem global capitalista, por Cyro Garcia
https://youtu.be/ALJCqgBu-Ho?si=tK0L2YqRnOFj43fw
domingo, 1 de junho de 2025
Ucrânia e Gaza: Duas guerras, um mesmo interesse do imperialismo
🔗https://youtu.be/9fJZHzvcDlw?si=QbtKJvD9cGcs3rUG
sábado, 31 de maio de 2025
sexta-feira, 30 de maio de 2025
quinta-feira, 29 de maio de 2025
TEMPO, PLANEJAMENTO E TRANSFORMAÇÃO: A coerência motivacional retroativa como princípio para a teoria econômica, a política pública e o fomento ao desenvolvimento
Um ensaio heurístico-dialético aplicada à Economia
Nesse caso, os sujeitos sociais/agentes econômicos exigem mudanças, ou até reversão, na política econômica, mesmo que ainda esteja em curso ou até nem tenha completado/finalizado a sua atuação. Isto é, a ação entra em contradição retroativa: os meios deslegitimam o fim.
quarta-feira, 28 de maio de 2025
Uma teoria dialética da coerência temporal com implicações para a economia, a história, a luta social (…e a ficção científica)
PARADOXOS TEMPORAIS: Causalidade retroativa, plasticidade do tempo e preservação motivacional
Uma Teoria Dialética heurística da Coerência Temporal com usos para a Economia, História, Luta Social (…e Sci-Fi)
Por Almir Cezar Filho
Assista também: https://youtube.com/shorts/MVdN4IDnXzM
Vivemos um tempo em que a realidade parece escapar pelas frestas e o futuro se dissolve em incertezas. Talvez, diante disso, devêssemos pausar e encarar uma pergunta incômoda: o que realmente justifica uma ação política ou histórica? Basta vencer uma batalha? Impedir uma medida regressiva é suficiente? Ou é preciso mais: garantir que nossas vitórias preservem, no tempo, a razão pela qual lutamos?
Porém, a ficção científica nunca foi apenas escapismo. Ela funciona como um laboratório filosófico da razão humana, onde hipóteses radicais são testadas em cenários simbólicos. Em um mundo que parece girar mais rápido do que nossa capacidade de compreendê-lo, a sci-fi fornece não apenas metáforas potentes, mas estruturas lógicas alternativas para pensar tempo, causalidade, responsabilidade e agência. Ao encenar paradoxos temporais, a arte nos ensina a enfrentar as contradições do presente com rigor e, quem sabe, a encontrar saídas.




