por Almir Cezar, de Brasília
para o site da ANOTA
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A ceia deste Natal do brasileiro vai ficar mais cara, em média vai ficar 8,10% mais cara do que em 2012, segundo a pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). E ainda, o preço da ceia de Natal varia até 132% - no interior ainda chega a ser maior, 182% apurou a Fundação Procon-SP, fenômeno que se reflete por todo o Brasil. Então as famílias precisam levar em consideração a grande variação e o forte aumento nos preços dos itens na hora de escolherem qual será o prato principal da ceia de Natal.
Os levantamentos consideraram itens que devem fazer parte das compras de Natal: arroz branco, batata inglesa, cebola, couve mineira, frutas, farinha de trigo, frango inteiro, ovo, frango especial, lombinho suíno, pernil suíno, bacalhau, azeite de oliva, óleo de soja, maionese, azeitona em conserva, azeitona em conserva a granel e vinho.
Variação nos preços da ceia de Natal chega até a 182%
A Fundação Procon-SP encontrou uma diferença de até 132% nos preços dos itens da ceia de Natal na capital. No interior, a variação foi ainda maior, e chegou a 182%. A pesquisa foi realizada em 10 supermercados da capital e 78 em 14 cidades do interior nos dias 27, 28 e 29 de novembro.
Na capital, a maior diferença foi encontrada na farofa de milho de 500 g, da mesma marca. O produto custava R$ 5,78 em um estabelecimento e R$ 2,49 em outro. Uma diferença de R$ 3,29, ou 132,13%. Já no interior de São Paulo, a maior diferença foi encontrada em Sorocaba, onde um vidro de azeitona verde recheada com pimentão da mesma marca, 100 g, custa R$ 3,88 em um local e R$ 10,98 em outro, variação de 182,99%.
Os dados foram comparados com uma pesquisa similar realizada no ano passado e revelou variações médias de preços nos seguintes itens: azeites (17,07%), bombons (3,19%), carnes congeladas (0,47%), cereais e farofas prontas (11,77%), conservas (11,46%) e panetones (9,69%).
Itens que encareceram o Natal desse ano
Neste ano, a ceia de Natal vai ficar 8,10% mais cara do que em 2012. O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre) mostra que a inflação dos produtos consumidos na ceia subiu mais que a inflação média registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor 10 (IPC-10) no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2013, que foi de 5,48%.
Entre os itens que apresentaram maior aumento de preço, segundo o economista André Braz, responsável pela pesquisa, estão a farinha de trigo (30,56%), a batata inglesa (21,07%) e as frutas (15,41%).
Outros itens típicos da ceia de Natal também subiram acima da inflação, como os pães de outros tipos - panetone (15,31%), o azeite (13,67%), o frango (10,28%), o lombo suíno (10,07%) e a azeitona em conserva (9,50%).
Apesar disso, produtos importantes da cesta natalina tiveram queda de preços ou aumentos abaixo da inflação média, entre eles a cebola (-29,42%), o óleo de soja (-19,39%), o bacalhau (-9,69%), o arroz (-5,13%), o pernil suíno (3,44%) e o vinho (3,87%).
Uma boa notícia é que mesmo mais alta que no ano passado, a média dos preços dos presentes entre janeiro e dezembro de 2013 ficou abaixo da inflação medida pelo IPC-10 - 3,78% ante 5,48%. Numa lista de 22 produtos, aqueles que estão pesando mais no bolso são: bijuterias (14,25%), bicicleta (9,44%), cintos e bolsas (7,14%) e computador (5,41%).
Sugestão para a ceia ficar mais em conta
Agora as famílias estão sentindo realmente o custo da alimentação, pois elas não acompanharam a variação média da inflação, elas superaram esse patamar. Em termos reais, os alimentos ficaram mais caros nos últimos 12 meses, apesar das quedas recentes.
A sugestão ao consumidor para o caso da ceia de Natal ficar mais em conta é substituir os produtos que aumentaram de preço por itens que tiveram variação negativa no preço, como o bacalhau e pernil suíno. Por sua vez, com relação a variação nos preços, centrar a pesquisa exatamente nos itens que apresentam grande variação, ou que são mais caros ou tem maior peso no custo da cesta, como peru, nozes e frutas secas e cristalizadas.
E diante da falta de tempo para pesquisa, tanto pela dificuldade de acesso, como pelo custo para ir até esses estabelecimentos ou em cada um deles, o consumidor pode procurar efetuar a compra de todos os itens da ceia exatamente no local aonde há o menor preço desses itens específicos. Pois pode perder em um item, mas ganhará no total. Não muito diferente pode fazer com os seus presentes de Natal para pôr debaixo da árvore.
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