terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Economia brasileira caiu no 3° trimestre. Faturamento também caí, mas segue em alta no ano

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu 0,5% no terceiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior, refletindo a nova escalada de juros deflagrada pelo Banco Central a partir de abril, que vem travando a economia. O PIB totalizou 1,21 R$ trilhão no período de julho a setembro, segundo dados divulgados hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB se manteve estável no primeiro trimestre deste ano e cresceu 1,8% no segundo trimestre. Na comparação com o terceiro trimestre de 2012, a economia brasileira teve crescimento de 2,2 %. O PIB cresceu 2,4 % no acumulado do ano e 2,3% no acumulado de 12 meses. Por outro lado, apesar da queda de 1,2% registrada em outubro, na comparação com setembro, o faturamento da indústria acumula crescimento de 4,6% no ano, de acordo com os Indicadores Industriais de outubro, divulgados ontem (2) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Então, enquanto o faturamento acumulado no ano seguir em alta, apesar da queda na economia, não haverá "gritaria" contra as sucessivas altas dos juros.

PIB cai 0,5% em relação ao 2º trimestre de 2013 e chega a R$ 1,2 trilhão
Jornal do Brasil | 03.12.2013

O Produto Interno Bruto (PIB) apresentou queda de 0,5% na comparação do terceiro trimestre de 2013 contra o segundo trimestre do ano, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. Na comparação com igual período de 2012, houve expansão de 2,2%. No acumulado dos quatro trimestres terminados no terceiro trimestre de 2013, o PIB registrou crescimento de 2,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Já no resultado acumulado do ano até o mês de setembro, o PIB apresentou aumento de 2,4% em relação a igual período de 2012. Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre de 2013 chegou a R$ 1.213,4 bilhões, segundo o IBGE.

Em relação ao 2º tri de 2013, agropecuária cai e indústria e serviços ficam estáveis

A agropecuária recuou 3,5%. Já a indústria (0,1%) e os serviços (0,1%) mantiveram-se praticamente estáveis. Dentre os subsetores que formam a indústria, a extrativa mineral (2,9%) e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (0,9%) apresentaram resultados positivos. Em contrapartida, houve recuos na indústria de transformação (-0,4%) e na construção civil (-0,3%). Nos serviços, houve crescimento em transporte, armazenagem e correio (0,8%), administração, saúde e educação pública (0,8%) e serviços de informação (0,7%). O comércio (0,0%) ficou estável. As demais atividades apresentaram recuo do volume em relação ao trimestre anterior: outros serviços (-0,4%), intermediação financeira e seguros (-0,2%) e atividades imobiliárias e aluguel (-0,2%).

Sob a ótica da demanda, a formação bruta de capital fixo (FBCF) recuou 2,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Já o consumo das famílias cresceu 1,0%. Pela ótica do gasto, a despesa de consumo das famílias (1,0%) e a despesa de consumo da administração pública (1,2%) apresentaram crescimento em relação ao segundo trimestre do ano. Já a FBCF teve queda de 2,2%. No que se refere ao setor externo, tanto as exportações (-1,4%) quanto as importações de bens e serviços (-0,1%) apresentaram resultados negativos.

Na comparação com o 3º tri de 2012, serviços e indústria crescem

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB apresentou crescimento de 2,2% no terceiro trimestre de 2013. Sob a ótica da produção, a agropecuária recuou 1,0% em relação a igual período do ano anterior. A variação negativa pode ser explicada, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no terceiro trimestre, como laranja (-14,2%), mandioca (-11,3%) e café (-6,9%).

A indústria cresceu 1,9%, com resultados positivos em todas as atividades que a compõem. A indústria extrativa aumentou 0,7%, enquanto a indústria de transformação cresceu 1,9%. O resultado foi influenciado pelo aumento da produção de máquinas e equipamentos; máquinas e aparelhos elétricos; material eletrônico; equipamentos médico-hospitalares e indústria automotiva.

A construção civil também apresentou aumento de 2,4%, influenciada pelo crescimento do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos direcionados para financiamentos imobiliários (para pessoas físicas e jurídicas): expansão de 33,8%, em termos nominais, no terceiro trimestre de 2013. Já eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana cresceu 3,7%, puxado pelo consumo residencial de energia elétrica.

O valor adicionado de Serviços cresceu 2,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Todas as atividades que o compõem registraram variações positivas. Transporte, armazenagem e correio (que engloba transporte de carga e passageiros) cresceu 5,0%, seguido por serviços de informação (4,6%), intermediação financeira e seguros (2,6%), administração, saúde e educação pública (2,5%), comércio (atacadista e varejista), com 2,4%, e serviços imobiliários e aluguel (2,1%). A atividade de outros Serviços, que além dos serviços prestados às empresas, engloba serviços prestados às famílias, saúde mercantil, educação mercantil, serviços de alojamento e alimentação, serviços associativos, serviços domésticos e serviços de manutenção e reparação, variou 0,2% no trimestre.

Formação bruta de capital fixo sobe 7,3% em relação ao 3º tri de 2012

Dentre os componentes da demanda interna, a formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 7,3%, justificada pela expansão da produção interna de bens de capital. Após registrar queda nos quatro trimestres de 2012, a FBCF apresenta o terceiro resultado positivo consecutivo.

A despesa de consumo das famílias cresceu 2,3%, sendo a 40ª variação positiva consecutiva nessa base de comparação. Um dos fatores que contribuíram para este resultado foi o comportamento da massa salarial real, que teve elevação de 2,1% no terceiro trimestre de 2013. Além disso, houve um aumento, em termos nominais, do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas de 8,1% no terceiro trimestre de 2013. A despesa de consumo da administração pública também cresceu 2,3% na comparação com o mesmo período de 2012.

No setor externo, tanto as importações (13,7%) quanto as exportações de bens e serviços (3,1%) apresentaram expansão.

PIB cresce 2,4% no acumulado do ano e 2,3% em 12 meses

O PIB de janeiro a setembro de 2013 cresceu 2,4%, em relação a igual período de 2012, com altas na agropecuária (8,1%), na indústria (1,2%) e nos Serviços (2,1%).

Já o crescimento do PIB acumulado em quatro trimestres, após atingir 0,9% no terceiro trimestre de 2012, acelerou até alcançar 2,3% no terceiro trimestre de 2013, com elevações na agropecuária (5,1%), na indústria (0,9%) e nos serviços (2,3%).

No terceiro trimestre de 2012, PIB chega a R$ 1.213,4 bilhões

O PIB no terceiro trimestre de 2013 alcançou R$ 1.213,4 bilhões. A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2013 foi de 19,1% do PIB, superior à taxa referente a igual período do ano anterior (18,7%). Esse aumento foi influenciado, principalmente, pelo crescimento, em volume, da formação bruta de capital fixo no trimestre. A taxa de poupança ficou em 15,0% no terceiro trimestre de 2013 (ante 15,3% no mesmo trimestre de 2012).

Alta dos juros derruba PIB em 0,5% no 3º trimestre
Monitor Mercantil | 03/12/2013

ESCALADA DA SELIC INICIADA EM ABRIL PELO BC TRAVA CRESCIMENTO DA ECONOMIA BRASILEIRA

Refletindo a nova escalada de juros deflagrada pelo Banco Central a partir de abril, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 0,5% no terceiro trimestre, em relação ao trimestre anterior. De julho a setembro, o PIB totalizou R$ 1,21 trilhão, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre abril e setembro, o BC elevou a taxa básica de juros de 7,5% ao ano para 9%, alta de 33%. Ainda houve mais duas elevações em outubro e novembro, jogando a Selic a 10% ao ano.

O PIB ficou estagnado no primeiro trimestre do ano e cresceu 1,8% no segundo. Na comparação com o terceiro trimestre de 2012, a economia brasileira avançou 2,2 %. No acumulado do ano, o PIB cresce 2,4% e 2,3% no acumulado de 12 meses encerrados em setembro.

A queda de 3,5% da agropecuária foi o setor que mais contribuiu para o recuo de 0,5% do PIB pelo lado da produção, no terceiro trimestre sobre os três meses anteriores.

Segundo a pesquisadora do IBGE Rebeca Palis, a queda da agropecuária é reflexo da produção menor de produtos típicos do terceiro trimestre (como café e laranja) e do fim da safra de soja, que se concentra no primeiro semestre.

“Apesar de a agropecuária ser a atividade que mais cresce no ano (8,1%), não há mais a safra da soja, que é o produto que mais cresceu este ano e influenciou muito as altas taxas de crescimento da agropecuária no primeiro semestre”, destacou Rebeca.

Também registraram quedas no terceiro trimestre, outros serviços (0,4%), indústria da transformação (0,4%) e construção civil (0,3%). Esta queda levou ao recuo da formação bruta de capital fixo (investimentos) de 2,2% no trimestre.

Faturamento da indústria cai 1,2% em outubro, mas cresce 4,6% no ano
Stênio Ribeiro - Agência Brasil | 02.12.2013 | Edição: Juliana Andrade

Brasília – Apesar da queda de 1,2% registrada em outubro, na comparação com setembro, o faturamento da indústria acumula crescimento de 4,6% no ano, de acordo com os Indicadores Industriais de outubro, divulgados hoje (2) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A pesquisa da CNI aborda seis aspectos do comportamento da indústria, e revela que, “além do faturamento em alta gradativa, no médio prazo”, a tendência no ano tem sido de “queda pequena, mas constante” na utilização da capacidade instalada (UCI), segundo o gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.

Depois de registrar queda em setembro, a UCI ficou em 82,1% nem outubro, sem variação na relação mensal. Mas, comparado a outubro de 2012, houve retração de 0,3 ponto percentual. No ano, houve queda de 0,5 ponto percentual.

Renato da Fonseca ressaltou que o aumento da atividade industrial não se reflete de forma disseminada entre os indicadores do mercado de trabalho, uma vez que a massa real de salários caiu 1,3% em relação a setembro, enquanto o nível de emprego aumentou 0,2% e as horas trabalhadas cresceram 0,7%.

Os indicadores de comparação mensal não são os mais otimistas, segundo Fonseca, mas, quando se observam os números no ano, a situação é melhor, salvo com relação à UCI, que caiu de 82,4% para 82,1%.

No acumulado até outubro, o faturamento real evoluiu 4,6%, a massa salarial real cresceu 1,9%, o rendimento médio real do trabalhador teve expansão de 1,3%, o nível de emprego aumentou 0,7% e o número de horas trabalhadas manteve-se estável, com evolução de 0,1%.

Entre os setores avaliados na pesquisa da CNI, metalurgia, máquinas e equipamentos tiveram bom ritmo de atividade no ano. Em contrapartida, o setor farmacêutico apresentou o pior desempenho, com quedas de 13,3% no faturamento, 7,1% na massa salarial, 7,1% no rendimento médio real, 3,8% nas horas trabalhadas e 3,5% na UCI. O emprego, no entanto, ficou estável no setor.

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