sexta-feira, 18 de maio de 2012

Brasil não globalizou Educação e Saúde. País investe menos da metade da média global.

Brasil não globalizou a Educação e a Saúde: país investe menos 30% na primeira e 46% na segunda do que a média global. Saúde precária nos hospitais públicos: país teria de dobrar verbas para chegar à media mundial em 10 anos

Brasil não globalizou a educação e a saúde
Monitor Mercantil, 15/05/2012

País investe menos 30% na primeira e 46% na segunda do que a média global

Apesar de terem crescido nos últimos dez anos, os investimentos públicos nas áreas de saúde, infra-estrutura e educação no país, ainda estão longe dos padrões internacionais, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre 2010.

O estudo Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas Públicas destaca o papel que as áreas sociais desempenharam, na primeira década dos anos 2000, para sustentação e dinamização da economia.

Na educação, os investimentos públicos representaram 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o Plano Nacional de Educação, o padrão internacional, de 7%, só seria alcançado em 2020. Há dez anos, a educação recebia apenas cerca de 3% do PIB.

Na saúde, os investimentos somaram 3,77% do PIB. Em dez anos, houve crescimento de 1,27 ponto percentual.

"Seria necessário quase dobrar os investimentos para alcançar o padrão internacional de 7%", destacou Aristides Monteiro Neto, coordenador do estudo.

Os recursos para infra-estrutura de transporte, por sua vez, foram aquinhoados com só 0,7% do PIB, contra 3,4% do padrão internacional. Há dez anos, o percentual era de 0,2%.

Os padrões têm como base os membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que agrupa os países mais industrializados do mundo.

"Temos um caminho ainda de construção de investimento na área social. O desafio é fazer isso sem comprometer as exigências do investimento em infra-estrutura", disse o presidente do Ipea, Marcio Pochmann.

Um dos caminhos apontados pelo estudo é estimular investimentos pelo setor privado. Segundo o documento, o setor público atuou fortemente no estímulo a atividade produtiva nos últimos anos, mas a capacidade de investimentos já chega a um limite. O trabalho, porém, não menciona que quase dois terços dos recursos públicos são esterilizados no pagamento de juros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário