sábado, 18 de dezembro de 2010

RJ cortou 26% da Segurança em 2009

Fora dos holofotes da mídia, investimentos em segurança recuam. Cabral nega o inegavel. O resultado sabemos.

Rio cortou 26% da Segurança em 2009
Monitor Mercantil, 14/12/2010

ESTADO FOI O QUE MAIS REDUZIU NO SETOR. ALÉM DELE, SÓ RORAIMA CORTOU

O Rio de Janeiro é o estado que mais reduziu investimentos em segurança pública entre 2008 e 2009: 24,58%. O dado consta do 4º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, lançado em São Paulo.

No Rio, os investimentos em segurança caíram de R$ 4,9 bilhões em 2008, para R$ 3,7 bilhões em 2009. A redução das aplicações em Informação e Inteligência foi o que mais colaborou para a queda dos investimentos no estado: de R$ 70,6 milhões para R$ 26 milhões (-63,14%) no período.

"O Rio teve o Pan em 2007. Precisou investir muito em segurança na época e isso, talvez, explique a redução agora", disse o secretário-geral do fórum, Renato Sérgio de Lima.

Entre 2003 e 2009, os investimentos públicos em segurança dobraram no Brasil: de R$ 22,5 bilhões para R$ 47,6 bilhões, incluídos União, estados e municípios.

O aumento, porém, não resultou em melhora nos índices de criminalidade. O de mortes por agressão, por exemplo, passou de 28,9 por 100 mil habitantes, em 2003, para 25,6, em 2008 (dado mais recente). Nos últimos anos, a taxa tem permanecido em torno de 26 mortes por 100 mil habitantes.

Segundo o anuário, além do Rio, só Roraima reduziu investimentos no setor: de R$ 137 milhões para R$ 127 milhões (-7,59%). São Paulo permanece como estado com o maior investimento no setor: R$ 10,1 bilhões em 2009, 12,96% mais do que em 2008.

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), contestou os dados. Segundo ele, os gastos com inativos e pensões de PMs e policiais civis passaram a ser contabilizados como custos de previdência, e não mais como segurança: "Para que se possa fazer a comparação correta, deve-se incluir na conta de 2009 esses mesmos gastos. Feito isso, a despesa com segurança cresceu: de R$ 4,4 bilhões, em 2008, para R$ 4,9 bilhões, em 2009", afirmou.

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