Cedendo ao mercado financeiro Dilma corta de R$ 44 bilhões do Orçamento para ampliar o superávit primário. Presidenta amplia aperto fiscal para gastança com juros. Medida será inócua para a dívida pública, porém terá forte impacto na demanda agregada numa economia já parada.
Dilma cede à banca e tira R$ 44 bi da economia
Monitor Mercantil | 20/02/2014
Com economia parada, presidente amplia aperto fiscal para gastança com juros
Obedecendo à pressão do mercado financeiro, o governo anunciou que o corte no Orçamento da União de 2014 alcançará R$ 44 bilhões. Apesar do crescimento medíocre da economia, a medida visa a viabilizar um desvio de 1,9% do setor público consolidado para pagar juros (superávit primário), somente na esfera da União. Dos R$ 44 bilhões, R$ 13,5 bilhões são despesas obrigatórias e R$ 30,5 bilhões correspondem a despesas discricionárias.
As previsões do governo foram feitas com base na manutenção dos seguintes parâmetros da economia brasileira: superávit primário de 1,9% do PIB; inflação de 5,3% e dólar na faixa de R$ 2,44.
“O famigerado superávit primário não consegue diminuir o ritmo do endividamento público interno bruto, como é seu objetivo, e ainda subtrai recursos de áreas importantes, como investimento e gastos sociais”, critica o economista Paulo Passarinho, do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro (Corecon-RJ).
Passarinho lembrou que esse modelo está em vigor no país desde a crise de 1998-1999, quando o país fez novo acordo com o FMI. E nem com o aumento do superávit, decidido já no primeiro mandato do então presidente Lula, o país conseguiu evitar que a dívida interna continuasse crescendo.
“A dívida interna já supera R$ 2 trilhões, evidenciando que o processo de endividamento continua em curso. E nas prestações de conta do governo não está claro que a conta de juros se refere apenas ao juro real (excluída a inflação). Ou seja, parte da despesa deveria ser incluída como amortização”, defende.
Como o mecanismo não diminui a dívida bruta, Passarinho considera o superávit primário mera sinalização ao mercado de que o modelo de abertura indiscriminada nas esferas comercial e financeira vai continuar vigente: “Esse modelo neoliberal nos leva à vulnerabilidade, mas parece haver um consenso político favorável a ele”, lamenta o conselheiro do Corecon-RJ.
Enxugando gelo
Monitor Mercantil | Fatos & Comentários | 21/02/2014
Enquadrado pelo mercado financeiro, o governo da presidente Dilma Rousseff promete cortar R$ 44 bilhões do Orçamento, apesar do forte impacto decorrente da redução da demanda agregada sobre uma economia já raquítica. Além de contribuir para deprimir ainda mais o crescimento econômico, que, durante o mandato de Dilma, gira em torno de medíocres 2% ao ano, o corte será inócuo do ponto de vista de contenção de despesas não financeiras para gastar com juros.
Com uma dívida pública que fechou 2013 em R$ 2,122 trilhões, dos quais 19,1% corrigidos pela taxa básica de juros (Selic), cada ponto percentual de aumento da Selic representa uma sangria extra de R$ 9,5 bilhões aos cofres públicos – noves fora os efeitos sobre a colocação de papéis com juros prefixados, aos quais estão indexados 34,5% da dívida.
Projeção de crescimento do PIB cai para 1,67%
Agência Brasil | 24/02/2014
A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia, este ano, caiu pela terceira semana seguida. Desta vez, a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 1,79% para 1,67%. Para 2015, a projeção para o crescimento do PIB também caiu, pela segunda semana consecutiva, ao ser ajustada de 2,1% para 2%.
Essas projeções fazem parte da pesquisa semanal do BC em instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia. A estimativa para a expansão da produção industrial passou de 1,93% para 1,87%, este ano, e de 2,89% para 3%, em 2015.
A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi ajustada de 34,8% para 34,7%, em 2014, e segue em 35%, em 2015. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) permanece em US$ 7,9 bilhões, este ano. Para 2015, a previsão passou de US$ 11,5 bilhões para US$ 10,5 bilhões.
A estimativa para o saldo negativo em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) foi ajustada de US$ 74,6 bilhões para US$ 75 bilhões, este ano, e de US$ 68 bilhões para US$ 67,8 bilhões, em 2015.
A projeção para a cotação do dólar subiu de R$ 2,48 para R$ 2,50, ao final de 2014, e segue em R$ 2,55, no próximo ano. A expectativa das instituições financeiras para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) subiu de US$ 58 bilhões para US$ 58,8 bilhões, em 2014. Para o próximo ano, segue em US$ 57,3 bilhões.
Projeção de crescimento do PIB cai para 1,67%
Agência Brasil | 24/02/2014
A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia, este ano, caiu pela terceira semana seguida. Desta vez, a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 1,79% para 1,67%. Para 2015, a projeção para o crescimento do PIB também caiu, pela segunda semana consecutiva, ao ser ajustada de 2,1% para 2%.
Essas projeções fazem parte da pesquisa semanal do BC em instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia. A estimativa para a expansão da produção industrial passou de 1,93% para 1,87%, este ano, e de 2,89% para 3%, em 2015.
A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi ajustada de 34,8% para 34,7%, em 2014, e segue em 35%, em 2015. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) permanece em US$ 7,9 bilhões, este ano. Para 2015, a previsão passou de US$ 11,5 bilhões para US$ 10,5 bilhões.
A estimativa para o saldo negativo em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) foi ajustada de US$ 74,6 bilhões para US$ 75 bilhões, este ano, e de US$ 68 bilhões para US$ 67,8 bilhões, em 2015.
A projeção para a cotação do dólar subiu de R$ 2,48 para R$ 2,50, ao final de 2014, e segue em R$ 2,55, no próximo ano. A expectativa das instituições financeiras para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) subiu de US$ 58 bilhões para US$ 58,8 bilhões, em 2014. Para o próximo ano, segue em US$ 57,3 bilhões.
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