Monitor Mercantil | 14/02/2014
Nos últimos 12 meses, os produtos de alto consumo no verão subiram mais do que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que está em 5,59%. A chamada “inflação de verão”, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), ficou em 8,61%.
O economista responsável pelo levantamento, André Braz, destaca que o maior aumento foi no preço das bebidas, e diz que isso não é efeito apenas do forte calor que tem feito desde o início do ano. Ou seja, não é um aumento sazonal.
“Esses aumentos não aconteceram exclusivamente no verão de 2014, são aumentos que aconteceram do verão passado ao atual. Então, em relação a 2013, bebidas de vários tipos, como chope, cerveja, refrigerante, água, subiram mais do que a inflação média, até mais de 10% em alguns casos”.
No acumulado de 12 meses, até janeiro de 2014, a erva mate ficou 67,75% mais cara. No consumo fora de casa, os sucos de fruta subiram 13,83%, cervejas e chopes tiveram 10,92% de aumento, enquanto refrigerantes e água mineral ficaram 9% mais caros. Para a compra nos supermercados, o aumento foi de 16,16% nas polpas de fruta, de 11,69% nas cervejas, refrigerantes e águas. Item fundamental para encarar o sol, o protetor solar ficou 8,48% mais caro.
Por outro lado, o preço de ar-condicionado subiu 3,77% e os ventiladores e circuladores de ar ficaram 2,27% mais caros. De acordo com Braz, a concorrência pode ter segurado os preços.
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