Eduardo Araujo Almeida, do Rio de Janeiro
local onde será construída o "paredão" em Itaocara/RJ |
Após a retirada do MST/MAB (Movimento dos Sem Terra /Movimento dos Atingidos por Barragens), em Itaocara, município no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, o consórcio liderado pela companhia elétrica Light, veio com toda força sobre a população, já começando a dragagem do rio Paraíba do Sul, no local que será construída uma barragem que inundará toda a região. O mais grave é que as resistência local ficou totalmente sozinha na luta, e só não foram assassinados porque os interessados pelo projeto também são seus parentes. Um caso muito sério em que lideranças e dirigentes com suas cúpulas e acordos com os governos não poderiam deixar os trabalhadores locais sem nenhum auxílio.
Esperamos que o Prefeito eleito de Itaocara Sr. Gelsimar do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) se posicione o mais rapidamente sobre o caso, pois a população nem sequer sabe como e quando serão indenizadas, outro problema é que o próprio Consórcio anuncia o canteiro de obras para março de 213, mas o esvaziamento da região já começou, mas nenhuma placa sequer foi posta para e como orientação.
Até quando as lideranças dessas organizações nacionais tem o direito de fazer isso? Onde está a ética militante? E a solidariedade humana, por que a direção do MAB são contra Belo Monte mas se retiram da região devido a um acordo com o governo federal pois não apoiam as grandes barragens mas apoiam e se calam diante projetos de médio porte? Tive em todo minha vida militante referências em entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o MST, mas hoje muito decepcionado com a direção dessas entidades que dão total apoio as ações que envolvem o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal e com isso estão jogando fora sua história de luta, um pena mas vida que segue.
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