Coincidentemente a eleição presidencial dos EUA, inicia-se mais um encontro do G20 (grupo dos 20 países mais ricos do mundo, que incluí o G7, e economias emergentes, inclusive os BRICS). Durante o encontro do G20, em meio a uma crise econômica mundial que não dá sinais de acabar, um novo foco de preocupação entrou no radar das maiores economias globais: o "abismo fiscal" dos EUA, ou justamente a tentativa de seu governo de saná-lo, sejam um entrave à expansão global, e arraste a maior locomotiva do planeta para a recessão em 2013. Na tentativa de sanar o rombo de US$ 600 bilhões previsto para 2013 nas contas do governo estadunidense, a Casa Branca suspenda os pesados cortes de gastos e o fim das isenções tributárias concedidas para reanimar a economia daquele país.
Há ainda às elevadas dívidas dos países europeus, que se veem aplicando severas medidas de "austeridade fiscal". Acresce-se a isso, um potencial aperto fiscal promovido pelo Japão e choques adicionais de fornecimento em alguns mercados de commodities possam aumentar os riscos de que a recuperação seja mais lenta do que se previa anteriormente.
Há ainda às elevadas dívidas dos países europeus, que se veem aplicando severas medidas de "austeridade fiscal". Acresce-se a isso, um potencial aperto fiscal promovido pelo Japão e choques adicionais de fornecimento em alguns mercados de commodities possam aumentar os riscos de que a recuperação seja mais lenta do que se previa anteriormente.
G-20 alerta para abismo fiscal nos EUA e endividamento na Europa
Jornal O Globo - 05/11/2012
Com eleição americana, corte de gastos e alta de impostos são incertos
Cidade do México Os ministros de Finanças das 20 principais economias do mundo fizeram um alerta ontem quanto ao abismo fiscal dos Estados Unidos e às elevadas dívidas dos países europeus. Reunidos na capital mexicana para um encontro do G-20, eles temem que, caso o Congresso americano não chegue a um acordo sobre os cortes nos gastos governamentais de cerca de US$ 600 bilhões e o aumento de impostos, o país volte à recessão, afetando o crescimento global.
Com as eleições presidenciais nos EUA, as negociações em torno do déficit fiscal foram adiadas. Além disso, em primeiro de janeiro, expira a lei decretada pelo ex-presidente George W. Bush que determinou redução de impostos. Caberá ao novo presidente - seja o democrata Barack Obama ou o republicano Mitt Romney - decidir se adotará a medida impopular de não renovar os cortes. Em breve, o Congresso também terá que elevar o limite da dívida do país para evitar um calote.
- O que continua a ser uma espécie de aspecto-chave é que os EUA não estão respeitando os compromissos atuais (para reduzir seus déficits) e não têm um plano de consolidação orçamental crível - disse um funcionário europeu que participa da cúpula.
Diante desse cenário indefinido, o esboço do comunicado final da reunião do G-20, a que a agência Reuters teve acesso, revela preocupação com a economia global.
"O crescimento global continua modesto e os riscos continuam elevados, incluindo possíveis atrasos na implementação complexa dos recentes anúncios de políticas na Europa, um potencial aperto fiscal agudo nos Estados Unidos e no Japão, crescimento mais fraco em alguns mercados emergentes e choques adicionais de fornecimento em alguns mercados de commodities", diz o documento. Formalmente, o encontro começou ontem.
Com eleição americana, corte de gastos e alta de impostos são incertos
Cidade do México Os ministros de Finanças das 20 principais economias do mundo fizeram um alerta ontem quanto ao abismo fiscal dos Estados Unidos e às elevadas dívidas dos países europeus. Reunidos na capital mexicana para um encontro do G-20, eles temem que, caso o Congresso americano não chegue a um acordo sobre os cortes nos gastos governamentais de cerca de US$ 600 bilhões e o aumento de impostos, o país volte à recessão, afetando o crescimento global.
Com as eleições presidenciais nos EUA, as negociações em torno do déficit fiscal foram adiadas. Além disso, em primeiro de janeiro, expira a lei decretada pelo ex-presidente George W. Bush que determinou redução de impostos. Caberá ao novo presidente - seja o democrata Barack Obama ou o republicano Mitt Romney - decidir se adotará a medida impopular de não renovar os cortes. Em breve, o Congresso também terá que elevar o limite da dívida do país para evitar um calote.
- O que continua a ser uma espécie de aspecto-chave é que os EUA não estão respeitando os compromissos atuais (para reduzir seus déficits) e não têm um plano de consolidação orçamental crível - disse um funcionário europeu que participa da cúpula.
Diante desse cenário indefinido, o esboço do comunicado final da reunião do G-20, a que a agência Reuters teve acesso, revela preocupação com a economia global.
"O crescimento global continua modesto e os riscos continuam elevados, incluindo possíveis atrasos na implementação complexa dos recentes anúncios de políticas na Europa, um potencial aperto fiscal agudo nos Estados Unidos e no Japão, crescimento mais fraco em alguns mercados emergentes e choques adicionais de fornecimento em alguns mercados de commodities", diz o documento. Formalmente, o encontro começou ontem.
Abismo fiscal dos EUA assombra o mundo
Deco Bancillon | Jornal Correio Braziliense - 05/11/2012
Com o mundo ainda tentando encontrar saídas para a crise financeira que se arrasta desde setembro de 2008, um novo foco de preocupação entrou no radar das maiores economias globais: a possibilidade real de que o chamado “abismo fiscal” dos Estados Unidos arraste a maior locomotiva do planeta para a recessão em 2013.
O medo de que os pesados cortes de gastos e o fim das isenções tributárias concedidas pela Casa Branca para reanimar a economia daquele país sejam um entrave à expansão global tornou o assunto o tema dominante das conversas envolvendo ministros de finanças e presidentes de bancos centrais que participam, desde sábado, da reunião do G-20, grupo que reúne as 19 principais economias do mundo e a União Europeia, na Cidade do México.
Por conta do alto índice de violência que assola o México, onde 60 mil pessoas morreram nos últimos anos vítimas do confronto entre as forças armadas e o narcotráfico, o governo local preparou um rigoroso esquema de segurança para impedir ataques terroristas.
A dúvida que paira sobre os governantes é se haverá tempo hábil e, principalmente, vontade política para que o já fragmentado Congresso dos EUA aprove um acordo para sanar o rombo de US$ 600 bilhões previsto para 2013 nas contas do governo norte-americano. Com a eleição presidencial marcada para esta terça-feira, os líderes decidiram adiar as discussões até que se tenha um horizonte melhor de como se dará a nova política econômica da Casa Branca.
Para um observador das conversas, não há dúvidas de que mesmo os norte-americanos reconhecem que esse é um problema. “O governo dos EUA diz que não quer cair no abismo fiscal. Mas, agora, ele não pode nos dizer exatamente como vai lidar com isso, porque essa questão ocorre antes da eleição”, disse à Reuters uma fonte que participou das reuniões do G20.
Baixo crescimento
Além do “abismo fiscal” dos EUA, outro tema que permeou as discussões no México foi como se dará o crescimento global em um cenário de restrição da demanda. Foi levantado que um potencial aperto fiscal promovido pelo Japão e choques adicionais de fornecimento em alguns mercados de commodities podem aumentar os riscos de que a recuperação seja mais lenta do que se previa anteriormente. Todos esses temas devem constar no documento que será finalizado hoje pelas autoridades.
Presidente do G-20 em 2012, o México pediu que países do grupo que estiverem em melhores condições fiscais deem estímulos às suas economias como forma de reanimar o crescimento global. O ministro das Finanças mexicano, José Antônio Meade, afirmou que “cada país tem que encontrar a melhor política com base em suas próprias limitações, sua própria realidade”. Ele alertou, no entanto, que cada ação dos governos deve ser balizada pela prudência, para que novas economias não entrem em colapso fiscal, como ocorreu com a Grécia, a Irlanda e a Espanha.
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