por Almir Cezar Filho
As notícias recentes sobre a construção de "ecolimites" nas favelas cariocas me parecem não ser não apenas uma nova panáceia das elites sobre o controle das favelas. Mas na verdade esconde uma nova estratégia de controle social e aproveitamento econômica da mão-de-obra de reserva dessa população.
Os ecolimites seriam muros contruidos no entorno das favelas de encostas visando restringir a ocupação irregular impedindo novas contruções além de muros que a limitariam com a mata atlântica. Esses muros já tinham sido propostos em anos atrás, é famosa inclusive a repercussão negativa quando o então prefeito do Rio, Luís Paulo Conde, prometeu contruir muros cercando as favelas, com a mesma finalidade. Na época foi a proposta foi padeceu de muita rejeição, contudo agora está sendo perigosamente aplaudida pela mídia e a classe média.
Os ecolimites e a nova política de segurança pública de ocupação permanente de favelas, inaugurada no Morro Santa Marta, mas não menos ainda, outra ação estatal um pouco diferente, as obras do PAC, são parte combinadas de uma nova política de controle social das favelas cariocas e visa o aproveitamento da mão-de-obra de reserva dessa população. Militarizam e cercam.
A primeira imagem que me veio a mente foi a semelhança com o Gueto de Vársovia. Um imensa comunidade criada com o confinamento de uma parcela da população.
Esse tema outro dia volta a escrever, aproveitando para esmiuçar mais meus argumentos.
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