O melhor indicador de recuperação ou não da economia é verificar a confiança e as atividade das pequenas e microempresas.
Segundo dados do Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria, 27% dos empresários entrevistados disseram que demitiram em março, contra 21% na pesquisa anterior, de fevereiro. No caso das contratações, somente 9% abriram novas vagas, contra 10% no índice do mês anterior.
Encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi) ao Datafolha, a 49º rodada do indicador também mostra que a expectativa para abril continua em baixa. 85% dos entrevistados não preveem novas contratações, enquanto 13% dizem que irão demitir futuramente.
A maior parte dos donos de micro e pequenas indústrias aponta a ausência de capital de giro como um dos principais obstáculos enfrentados. 64% deles afirma que o capital disponível é muito pouco, e, na cidade de São Paulo, somente 10% conseguiram usar linhas de crédito para pessoas jurídicos em fevereiro. Outros 21% utilizaram o cheque especial e 5% usaram empréstimos pessoais em bancos.
O indicador também revela um alto endividamento das empresas, sendo que 51% das micro e pequenas indústrias sofreram calotes nos últimos 30 dias, e 32% não conseguiram arcar com algum imposto em fevereiro.
“Tivemos um aumento de demissões, não existe capital de giro no mercado, a inadimplência ao empresário segue alta e a indústria continua tendo problemas com os impostos. Medidas são anunciadas, mas não chegam na ponta, ao empresário. Não adianta aumentar o valor do crédito disponível aos bancos, por exemplo, enquanto a burocracia e o acesso a ele continuar limitado”, critica Joseph Couri, presidente do Simpi, que também afirma que são necessárias ações governamentais para retomar o crescimento econômico.
Com informações: Jornal GGN
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